Pelo segundo ano consecutivo, o
Grupo Desportivo Unidos do Arco, de Corroios, pôs de pé uma prova de resistência pedestre, não competitiva,
com a qual pretende mostrar a Costa Azul aos caminheiros de todo o país.
Com partida do Santuário de
Nossa Senhora do Cabo (Cabo Espichel), a
Marcha Oceânica
desenvolve-se ao longo da costa, com vistas excepcionais para o Oceano
Atlântico e as suas praias, passando em vários locais históricos e de rara
beleza paisagística, até ao Santuário do
Cristo Rei.
Já anteriormente uma outra colectividade do Concelho do Seixal tinha realizado
provas idênticas, em que nunca se proporcionou participarmos, pelo que em
Maio de 2018
a minha "Mana" Cristina quis palmilhar aquela costa, embora numa versão um
pouco mais curta do que esta
2ª Marcha Oceânica do
GDUA, em que ambos participámos ... juntamente com os mais de 250 outros
caminheiros inscritos. E foram ... 45 km de Sol a Sol ... 45 km de festa, de
divertimento, de alegria. No dia 1 de Abril, dia das mentiras ... a
grande
Marcha Oceânica foi verdade!
Desde início que começámos a testemunhar uma logística muito bem montada e
organizada. O ponto de encontro foi no
Pavilhão Multiusos da Quinta da Marialva, em Corroios, a umas madrugadoras 5 horas da manhã, onde quem ainda não o
tinha recebeu o kit de participação, constituído por um "passaporte" para
carimbar nas sucessivas etapas da Marcha e algumas lembranças ... e onde nos
esperava o primeiro de vários reforços alimentares extraordinariamente bem
servidos, em quantidade e diversidade. Às seis horas, dali partimos em seis
autocarros para o
Cabo Espichel; sim, leu bem, seis autocarros ...
estavam inscritos 254 caminheiros, individualmente ou das mais diversas
colectividades!
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Com a "Mana" Cristina, que regista o Sol nascente ...
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... caminhamos na escarpa norte da Praia dos Lagosteiros
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Com cerca de hora e meia de Marcha estávamos na praia da Foz e meia hora
depois no
Campimeco,
onde se encontrava o primeiro controlo de passagem ... e o segundo reforço
alimentar. O destino seguinte era a
Praia do Meco (ou do Moinho de
Baixo), passando junto ao Memorial aos seis jovens que ali morreram afogados
em 15 de Dezembro de 2013, na prática de praxes académicas na praia, à noite;
as reais circunstâncias da morte nunca foram completamente esclarecidas.
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Sobre a Lagoa de Albufeira, 10h45 - Mais um dos muitos e bem
recheados reforços alimentares desta Marcha Oceânica
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Na Lagoa de Albufeira ... tinha um
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"encontro imediato" à minha espera 😂
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E a Marcha prossegue para norte ... agora rumo ao mar ...
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Mas tal como para Moisés no Mar Vermelho ... o mar abriu-se para
deixar passar o "povo" caminheiro 😅
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A norte da
Lagoa de Albufeira, seguiram-se os trilhos entre o mar e a
Herdade da Apostiça, até às instalações da NATO, rumo à
Fonte da Telha, onde nos esperava
um belo almoço nas instalações do
RAC - Bateria da Raposa. Toda esta logística e organização foi realmente cinco estrelas.
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20 km percorridos ... e ainda não era meio dia
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Depois do almoço entrámos na
Mata Nacional dos Medos
e na
Arriba Fóssil da Costa da Caparica. O dia, que raramente esteve de Sol aberto, encobriu-se e chegaram a cair
algumas gotas de chuva, poucas, mas as arribas litorais e o mar apareciam por
entre a mata, enquanto a Marcha avançava célere para os
Capuchos, cujo
Convento
se encontra em obras de restauro.
A norte dos
Capuchos e com a
Costa da Caparica à vista,
cruzada a A38 - a via rápida da Caparica - ainda inflectimos para ocidente,
para uma zona que pessoalmente desconhecia totalmente, junto ao
Alto da Raposeira e às ruínas do
Forte de Alpena, com
uma espectacular panorâmica sobre a Caparica, a
Trafaria, a foz do
Tejo, a linha de Cascais e a Serra de Sintra, nas nuvens.
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Panorâmica de perto do Alto da Raposeira para sul e para
noroeste, sobre a Caparica e a foz do Tejo
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Cinco minutos antes das seis da tarde estávamos com 40 km percorridos, entre a
Trafaria e o
Monte da Caparica onde tínhamos o penúltimo carimbo
no "passaporte" ... e o último reforço alimentar em Marcha, nas instalações da
Escola Profissional da Federação de Campismo e Montanhismo - FCMP.
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18h45 - Fome ninguém passou seguramente, nesta Marcha Oceânica 2023 😂
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Estávamos a menos de três quilómetros do destino ... que contudo só começámos
a ver pouco antes de cruzar a A2, junto às portagens da Ponte 25 de Abril.
Subimos o
Pragal ... e às 19h45, com 45 km nos pés ... o
Cristo Rei recebia-nos de braços abertos e com fanfarra! A
grande
Marcha Oceânica 2023 tinha sido de Sol a Sol, mas tinha sido também uma grande festa de
confraternização e de alegria!
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Cristo Rei, 19h45 - Missão cumprida (Clique na foto para
ver o
álbum completo)
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Clique no mapa para ampliar ou
aqui
para ver no
Wikiloc
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O
Grupo Desportivo Unidos do Arco
está sem dúvida de parabéns. A
2ª Marcha Oceânica
foi um sucesso a todos os níveis e um exemplo de organização e de controlo
logístico. As pausas para reforço alimentar pareceram longas, mas tratando-se
de uma prova de resistência, não competitiva, o objectivo foi manter o maior
número possível de participantes ... e o objectivo foi francamente conseguido,
já que houve muito poucas desistências entre os mais de 250 inscritos que
compareceram à partida.
No final, de regresso ao
Pavilhão Multiusos da Quinta da Marialva, em Corroios ... ainda nos esperava um belo caldo verde e umas belas bifanas ... regadas com as bebidas que cada um quisesse e acompanhadas com o muito que sobrou dos reforços alimentares: fruta, salgados, doces ... dos quais o meu eleito, os rectângulos de farinha torrada típicos de Sesimbra e "arredores". Apesar dos 45 km ... não emagreci... 😂
1 comentário:
Magníficas fotos...esta era uma marcha que eu adorava ter feito...se soubesse...
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