Há exactamente 10 anos, em
Março de 2015, o Grupo de Caminheiros Gaspar Correia comemorou os seus 30 anos de
actividades em
Évora, percorrendo o trilho daquela que foi a principal
fonte de abastecimento de água à cidade. Dez anos depois, repalmilhámos o
Aqueduto da Água da Prata
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10.04.2025 - Quatro prospectores tinham ido reconhecer o terreno
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quais formigas no carreiro da alegria, da amizade... da Vida! E para isso ...
4 prospectores foram reconhecer o trilho, um mês antes da caminhada, a 10 de
abril ... para que a 10 de maio cerca de meia centena de "gasparitos" pudessem
avançar.
E assim, antes das dez e meia da manhã, estávamos a começar uma bela
caminhada, no final da estrada do Senhor dos Aflitos. O dia alternou
entre o Sol e céu limpo ... e alguns borrifos para alegrar o decano do grupo e
mentor desta caminhada. Nada que impedisse nada... principalmente a diversão.
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Coloridos são os campos alentejanos... 10.05.2025, 10h50
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Seguindo a água da prata. a caminho de Évora
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Pouco depois das três estávamos em
Évora. Tal como tínhamos verificado
um mês antes na prospecção ... a parte final do
PR
está bastante descuidada, obrigando a um pequeno troço de mato (e arames...)
para ir ter à estrada Évora - Arraiolos. Infelizmente muitos municípios
inauguram os seus percursos pedestres com "pompa e circunstância" ... mas
depois não cuidam da respectiva manutenção. Há 10 anos, atravessámos a Quinta
da Manizola no regresso a Évora, o que agora se revela manifestamente
impossível.
Em Évora, a actividade terminaria com uma componente cultural, com uma visita
à Universidade, a segunda a ser fundada em Portugal.
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E terminámos a actividade com uma visita à
Universidade de Évora, a 2ª Universidade fundada em Portugal, em 1559
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Ainda que a ideia original para a sua criação tenha pertencido a D. João III,
a concretização coube ao Cardeal D. Henrique. Interessado nas questões de
ensino, começou por fundar o Colégio do Espírito Santo, confiando-o à então
recentemente fundada Companhia de Jesus. Quando a conjuntura política e
cultural de meados do século XVIII se começou a revelar hostil aos jesuítas, a
Universidade de Évora transformou-se num alvo da política reformadora e
centralista do Marquês de Pombal. Em 8 de Fevereiro de 1759 - duzentos anos
após a fundação - a Universidade foi cercada por tropas de cavalaria, em
consequência do decreto de expulsão dos jesuítas. Em 1973, por decreto do
então ministro da Educação, José Veiga Simão, foi criado o Instituto
Universitário de Évora, que viria a ser extinto em 1979, para dar lugar à nova
Universidade de Évora.