sábado, 15 de dezembro de 2018

Passos Conventuais ... nos "mistérios" dos Capuchos, Serra de Sintra

Chegados há menos de 24 horas da Grécia … não podíamos faltar à última caminhada da "família" Caminheira Gaspar Correia de 2018. Pouco depois das nove e meia da manhã,
Junto ao Convento dos Capuchos, 15.Dez.2018, 10h15
mais de meia centena de "gasparitos" estavam a partir do parque de estacionamento do Convento dos Capuchos, na sempre bela Serra de Sintra … para uma caminhada simples, curta, mas belíssima ... tanto mais que as organizadoras eram um grupo de "monjas" muito especiais... 😊
O percurso seguiu para as tapadas das Roças e do Mouco, sempre através de um belo coberto florestal. E na Tapada do Mouco ... as "monjas" tinham preparado uma agradável surpresa: no interior do mágico "convento", do nada surgiu um "frade franciscano" a brindar-nos com números de magia!...


As "monjas" abrem o "Convento"...
... e da floresta surge o "frade franciscano"
que vai dar início às magias... 😋
Pelo meio da ramagem que envolve o "Convento" ... o Palácio da Pena surge soberbo!
O percurso da caminhada foi circular, com o regresso ligeiramente a sul, bordejando a Tapada do Saldanha. E antes das três e meia da tarde estávamos de regresso ao ponto de partida.

E os "frades" e "freiras" regressaram aos Capuchos ... 😊
Para os Caminheiros Gaspar Correia ... em 2019 haverá mais...
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sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Santorini e Atenas ... a ilha vulcão e o berço da democracia

Santorini (Σαντορίνη), oficialmente Thira (Θήρα), em grego, é uma ilha do arquipélago das Cíclades, no sul do Mar Egeu, cerca de 200 km a sudeste da Grécia continental.
É a maior ilha que restou de uma gigantesca erupção vulcânica, que se estima ter ocorrido em meados do segundo milénio a.C., no auge da civilização minoica. A erupção deixou uma cratera gigante, rodeada por depósitos de cinzas vulcânicas. Ao entrar em colapso, a caldeira ligou-se ao mar, originando a actual baía interior. Algumas teorias relacionam a erupção de Santorini com certos mitos gregos; a destruição da cidade minoica de Akrotíri, no sul da ilha, inspirou possivelmente a lenda platónica da Atlântida. E o próprio colapso da civilização minoica em Creta, pouco mais de uma centena de quilómetros a sul, poderia dever-se ao gigantesco tsunami resultante da erupção de Santorini.
Piscina e esplanada do "Milos Villas Hotel" … a "nossa casa" em Santorini
Porquê Santorini, nestas minhas fragas e pragas? Bem, a comemoração de uma data especial levou-nos a terras gregas, à minha companheira do Caminho da Vida e a mim, começando precisamente por um "salto" aéreo Lisboa - Roma - Santorini. Sábado, às duas da tarde de Lisboa, quatro na Grécia … estávamos a aterrar na velha Thira. E durante 3 dias o nosso "refúgio" ia ser no acolhedor "Milos Villas", junto à capital, Fira, com vista para o Mar Egeu.
Costa sul de Santorini, próximo de Akrotíri, 9.Dezembro.2018
O apelo pedestre é sempre grande, mas numa jornada deste tipo há que optar por um ou dois percursos ou conhecer o mais possível da ilha.
Farol de Akrotíri, extremo SW de Santorini
Caminhada propriamente dita, portanto, limitámo-nos a cerca de 8 km em Fira, a capital, incluindo a descida ao velho porto. O primeiro dia, que acordou cinzento e com alguma chuva, foi maioritariamente de carro, alugado por uns módicos 57 euros por três dias à "Santorini Holiday Cars" … mas com a gasolina na ilha ao exorbitante preço de 1,89 € o litro...
Há figuras mitológicas, nas rochas do Cabo Akrotiri...
Costa SW de Santorini vista do Cabo Akrotíri … e o Mar Egeu de todas as ilhas e de todos os mitos...
Ao fundo ... parecia que víamos neve no cimo da(s) ilha(s). Mas não, claro que não era neve ... eram casas, miríades de casas brancas, cobrindo alguns cumes, como se de um manto branco se tratasse.
O cume da ilha coberto de neve, ao fundo ... será?
Não ... são as casas brancas típicas das ilhas Cíclades
Entretanto o dia ia melhorando substancialmente. O Sol, que tudo ilumina, já iluminava as praias da costa sudeste. Praias de areia negra, vulcânica, mas com o mar a chamar ... pelo menos na época alta, conforme testemunham as muitas instalações existentes nas praias de Perivolos e Perissa.

Costa SE de Santorini, ao longo da zona balnear de Perivolos e Perissa
Depois de um almoço em Perissa, subimos aos quase 600 metros de altitude do cume de Santorini, onde se localiza o Mosteiro do Profeta Elias. A panorâmica é impressionante ... mas o vento também.

Subida ao cume da ilha (567m alt.): vista para norte e poente
Mas um dos principais ex-libris de Santorini é o pôr-do-Sol em Oía, na costa NW, muitas vezes referenciado como o mais bonito pôr-do-Sol do Mundo! E como a tarde foi limpando os céus, fomos rumando ao extremo norte, para assistirmos ao espectáculo a que uma apreciável quantidade de turistas iria também assistir. Oía não é Fisterra ... mas é o fim da terra em Santorini.

E ... no extremo noroeste de Santorini, chegamos à mágica Oía
16h25 ... Oía começa-se a preparar para o pôr do Sol
Até amanhã Universo!...
O segundo dia em Santorini reservámo-lo para Fira, a capital. Ao contrário do anterior, um dia que começou soalheiro mas depois se transformou numa descomunal trovoada ... a tempo, contudo, de nos deixar percorrer as ruas típicas e de descer e subir a pé ao velho porto. Só há 3 opções: a pé, de teleférico ... ou de burro. Com o vento que estava, o teleférico encontrava-se encerrado. Descemos a pé e, apesar das muitas propostas de regressar no lombo de dois pobres burros ... preferimos voltar a subir os mais de 600 degraus da escadaria que liga Fira ao velho porto de Thira.

Fira, capital de Santorini, 10.Dez.2018 ... um dia muito ventoso...
Descida ao velho porto de Thira ... e não faltam
propostas para regressar no lombo de um burro...
No velho porto de Thira, em dia de vendaval e de mar revolto

Ao iniciarmos a subida, de repente ... chegou a chuva.
Mas os deuses mandaram-na quando tínhamos um abrigo...
Agora é sempre para cima ...
... mas os céus pareciam ir-se desfazer em tormenta, que mais tarde se concretizaria
Uma merecida pausa... 😊
Já não faltam todos... 😋
De regresso a Fira, sobre a caldeira do velho vulcão
Regressados à capital da ilha vulcão, enquanto a chuva permitiu percorremos algumas ruas ... e recolhemo-nos na Igreja de S. João Baptista, a Catedral católica, construída em 1823.

Catedral católica de S. João Baptista, em Fira
Da Catedral ainda fomos à Igreja, também católica, dedicada à Virgem Maria, mais conhecida pelas suas cúpulas azuis e pelos seus sinos, os Three Bells of Fira ... que a chuva já não nos deixou apreciar devidamente. Estava a acabar a estadia em Santorini ... em comemoração da data especial...

Igreja católica da Virgem Maria, Fira
Fira sob um céu de chumbo. Vinha aí outra vez borrasca grossa...
Terça feira ... mudámo-nos de Santorini para Atenas. Íamos passar também quase 3 dias na cidade berço da civilização ocidental e da democracia. Optando por andar a pé ... acabámos por fazer mais quilómetros em Atenas ... e também alternadamente debaixo de chuva ou de um Sol esplendoroso.
Goodbye Santorini ... Welcome to mainland Greece ... a ver a Acrópole do quarto do Minoa Hotel
Para a nossa subida à Acrópole e visita aos principais locais históricos de Atenas, os deuses do Olimpo deram-nos um dia fabuloso. Sol e céu azul ... com panorâmicas a perder de vista das colinas do Parthenon e do Areópago. Para poente víamos o mar, o porto do Pireu e até alguns barcos.

Atenas, 12.Dez.2018, 10h30: Templo de Hefesto, na velha Ágora
Na Ágora, com a Acrópole atrás de nós
No Forum romano de Atenas
No cume da colina do Areópago. Ao fundo, o Monte Licabettus, a que subiria no dia seguinte
Subida à
Acrópole
E estamos no histórico Parthenon (Παρθενώνας), templo dedicado à deusa Atena, construído no Séc. V a.C.
Atenas é uma cidade monumental, com mais de 3 milhões de habitantes, quase um terço da população total da Grécia. Vista da Acrópole, é impressionante a dimensão que se espraia 360º em redor.

Vista panorâmica da Acrópole: a cidade e o mar (foto superior), com o porto do Pireu ao fundo
Colina de Lycabettus, à direita
O Templo de Zeus Olímpico, visto da Acrópole
O Pórtico das Cariátides, que parecem olhar a cidade que cresceu à volta da Acrópole
E enfim, descemos. Aqui a Acrópole vista do Teatro de Dionísio
Descendo do Olimpo ... perdão, da Acrópole, atravessámos o típico e velho bairro de Plaka Anafiotika. A minha "musa grega" foi visitar o Museu da Acrópole. Antes das cinco começa a escurecer ... e pela nevrálgica Praça Syntagma regressámos ao "nosso" Minoa Hotel. Quinta feira contudo acordou bem diferente de quarta; chuva, fraca mas persistente ... e lá fomos em busca do que faltava ver.

Kerameikos Cemetery, o ancestral cemitério de Atenas, 13.Dezembro.2018
Praça Monastiraki, uma das mais típicas praças de Atenas
Templo Olímpico de Zeus
Mais dada a museus, a "estrela" visitou o Museum of Cycladic Art. Eu ... estava com pena de a meteorologia não me permitir subir ao Monte Lycabettus. Mas eis que, depois de uma manhã de chuva ... os deuses do Olimpo abriram os céus, para eu poder subir ao morro mais alto de Atenas.

Subida ao Monte Lycabettus (277m alt.)
Mais alto do que a Acrópole, a subida ao cume do Lycabettus é como que uma subida ao céu de Atenas, até porque a colina é também um pulmão verde da cidade. No alto, para além das fabulosas panorâmicas, situa-se a Igreja Ortodoxa de Agios Georgios, no mesmo local onde terá existido um Templo de Zeus. A zelosa guardiã do templo deixou-se fotografar no interior.


A entrega aos deuses do Olimpo ...
... com a Acrópole aos meus pés. Ao fundo o mar e o porto do Pireu
Igreja Ortodoxa de S. Jorge Lycabettus, fundada em 1834,
com a sua zelosa guardiã
E começou a descida ...
... o Lycabettus ficou para trás. E Atenas também estava quase a ficar...
O salto à antiguidade clássica estava a acabar. Próximo do "nosso" hotel, o Balkan Restaurant foi "eleito" para os 3 jantares que fizemos em Atenas; sem dúvida recomendável. No dia seguinte ... seria o regresso. Num voo directo de 4 horas, cruzámos o Mediterrâneo de ponta a ponta.
Uma bela semana a dois ... comemorativa de 45 anos de uma Vida a dois!

O Sado e a Costa da Galé vistos do voo da Aegean Airlines que nos trouxe de Atenas, 14.Dez.2018
Sesimbra à esquerda e o Cabo Espichel ao fundo
E ... a Torre de Belém. Estamos em casa!
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