domingo, 31 de julho de 2016

Do Folk Celta … às memórias do Camiño (1)

A pretexto do Festival Folk Celta de Ponte da Barca, o meu "mano" Vítor propôs um complemento pedestre a "alguns lugares encantados das Serras da Peneda e do Soajo"; caminhadas curtas, acessíveis à minha "estrela arraiana"... J
Susana Seivane, no Folk Celta da Barca
Aceitando o "desafio" ... do Minho à Galiza e aos Montes de León era um salto ... e a oportunidade de reviver, por um lado, alguns dos locais mágicos do meu Caminho das Estrelas e, por outro lado ... de os dar a conhecer à minha "estrela"!
E assim nasceu o projecto ... do Folk Celta de Ponte da Barca às Memórias do Camiño ! Sete dias em que aliei três paixões: a música tradicional, as caminhadas ... e o reviver da magia de locais como o mítico Cebreiro e a Cruz de Ferro. E o périplo terminaria ... na "minha" Vale de Espinho... J.
Assim, sexta feira rumámos a norte, ao encontro dos outros seis companheiros que participavam no "Soajo ... Folk ... Peneda ... Celta", como o Vítor chamou ao evento. A "base", até domingo, era a muito simpática Pousadinha dos Arcos de Valdevez, onde nos reunimos antes da primeira noite do Festival. Para mim, o cartaz desta edição do Folk Celta tinha um nome que valia só por si a deslocação: Susana Seivane ... a magistral gaiteira galega, filha e neta de gaiteiros e artesãos de gaita galega, que começou a sua carreira ... aos três anos! Na noite de sexta feira, a actuação da Susana Seivane correspondeu à expectativa ... e de que maneira!

30 de Julho de 2016, 9:00h, na Pousadinha de Arcos de Valdevez
Por Caminhos do Vez e da Serra do Soajo
Os complementos ao Folk Celta escolhidos pelo Vítor foram parte da chamada Ecovia do Vez, no sábado, e dos Caminhos do Pão e da Fé, no domingo. Iniciámos a subida do rio Vez em Loureda. O percurso vai acompanhando o rio na sua margem direita, até Sistelo, o pequeno Tibete português.

No Poço das Caldeiras, Rio Vez, 30.06.2016
Sistelo à vista!
Quantos carros de bois aqui passaram, para deixarem tamanhas marcas na rocha!
E chegamos a Sistelo
Caminhos do Vez (Loureda - Sistelo)
As noites do Folk Celta acabavam tarde, como sempre nestes eventos ... e sábado mais tarde ainda do que na sexta. Por isso, as caminhadas não começavam naturalmente cedo. E, domingo ... tínhamos um almoço à espera no Soajo, pelo que o percurso se limitou a 5 quilómetros, de qualquer modo de um belo trilho serrano sobre a aldeia e nas encostas do rio Adrão.

Soajo, 31 de Julho, 10:45h - No PR Caminhos do Pão e da Fé
Depois do almoço ... vieram as despedidas. Nos dias seguintes, a minha estrela ... ia reviver locais emblemáticos e místicos do meu Caminho das Estrelas...
Soajo - Caminhos do Pão e da Fé
(Escrito n'O Cebreiro e Molinaseca, em 31 de Julho e 2 de Agosto)

sábado, 23 de julho de 2016

Por terras de S. Pedro de Moel e Pinhal de Leiria

Quarenta e um dias sem caminhar! Depois da longa e fabulosa vivência do Caminho de Santiago, só os dois fins de semana seguintes foram preenchidos por "aventuras" pedestres, nas fragas do Muradal e da Estrela ... até porque as pragas do destino passaram por um acidente de automóvel, felizmente sem consequências humanas...
S. Pedro de Moel, 23 de Julho de 2016, 09:15h
Há muitas e muitas luas que não passava tanto tempo parado. Já me sentia preso ... quase inválido... L. Assim que pude aceitar o desafio dos Novos Trilhos para um desenferrujar de pernas ... ganhei alento... J. E assim, com passagem por Santarém para recolher a minha Mana Paula ... antes das 9 da manhã estávamos em S. Pedro de Moel, para nos juntarmos ao resto da "equipa".
A caminhada começou por uma longa incursão pelo Pinhal de Leiria, acompanhando o chamado vale dos pirilampos e a Ribeira de São Pedro.

Ao longo da Ribeira de S. Pedro
O piso, sempre arenoso, constituía o único obstáculo com que tínhamos que "lutar". Bem ... para além de um ou outro ponto de subidas e/ou descidas, em que os ténis ficavam a carregar com mais peso. Abençoada hora em que a maioria decidiu não levar botas...

"Ao ataque" das dunas...
Rumo noroeste, ao longo do Pinhal
Por vezes por autênticas "selvas" de fetos e tojo, fomos rumando a noroeste. Os estômagos já exigiam "combustível", mas o objectivo era comermos junto ao mar. E assim foi, na praia das Pedras Negras, onde o vento suavizava o calor que mesmo junto ao litoral já se fazia sentir.

Praia das Pedras Negras, entre S. Pedro de Moel e a Praia de Vieira
O regresso a S. Pedro de Moel foi maioritariamente pelo passadiço da costa - passando pela chamada Praia Velha e pelo elegante farol - e pelas arribas costeiras ... até à praia da vila.

Ao longo da praia ... a minha mana faz voar as gaivotas...
Praia Velha
Farol de S. Pedro de Moel
E regressamos ao ponto de partida, na praia da vila agora apinhada de gente
Às quatro da tarde dávamos por terminada mais esta caminhada bem ao estilo Novos Trilhos. Tinha dado para desenferrujar as pernas ... e para quebrar uma paragem de mais de um mês...
Ver o álbum completo