Por
Caminhos de Santiago e de Fátima, por terras de
Somiedo, "
Por fragas e pragas..." as mais diversas ... a minha "estrela arraiana" tem andado arredada da maioria das minhas "aventuras" de ar livre. Que saudades, já, das autonomias que fizemos a dois no nosso amado
Gerês; que saudades, já ... que as minhas "aventuras" sejam as nossas "aventuras"! E que pena que a minha estrelita, companheira de todos os dias e da Vida, mãe dos meus filhos, avó dos meus netos ... não tenha sentido até agora a energia e a motivação para um Caminho de Santiago. Mas ... há já muito tempo que um
Caminho, também ele mágico e místico, também ele ligado de certa forma aos mitos e lendas de
Santiago ... andava no meu imaginário e nos meus Sonhos. Como diz a minha Mana Paula ... "
onde há um Sonho há um Caminho"; ou, como canta o Sebastião Antunes ... "
no canto de cada Sonho nasce a Vontade". Refiro-me ao
Caminho de Santo André de Teixido, nos confins do noroeste galego; faz parte do
Camiño de Santiago do Mar, uma variante do
Camiño do Norte, ou do
Camiño Inglés.
"
A San Andrés de Teixido vai de morto o que non foi de vivo..."; este ditado popular galego deriva de uma lenda que conta que
Santo André estava triste, porque o seu templo era pouco frequentado, ao contrário do de
Santiago. Santo André pediu então ajuda ao Senhor. Um dia, apareceu-lhe o Todo poderoso acompanhado por S. Pedro.
Ao ver Santo André tão desanimado, prometeram-lhe que ao seu templo acudiriam todos os mortais ... e aquele que não o fizesse de vivo, faria-o depois da morte, reencarnado num animal. E assim o Santuário de
Santo André de Teixido, tambem chamado de
San Andrés do Cabo do Mundo, converteu-se no segundo centro de peregrinação de toda a Galiza!
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Baía de Cedeira à vista, 7.07.2017, 17h45 |
Antes de reencarnarmos num animal ... foi portanto para o
Caminho de Santo André de Teixido que consegui cativar a minha estrela. Cerca de 50 km, desde próximo do porto de
Ferrol; três dias, nas calmas, embora com etapas desproporcionadas, dada a inexistência de Albergues ou mesmo de uma capaz cobertura de alojamentos a preços peregrinos. E cá estamos.
Xa fomos a Teixido en vida ... xa non iremos despois de mortos... 😊
Depois de uma viagem de 650 km desde Lisboa, na sexta feira, sábado o carro ficou em
Cedeira, de onde fomos de autocarro para Freixeiro, a paragem mais próxima do
Mosteiro do Couto, em
Narón, paredes meias com
Ferrol, onde começa o chamado
Camiño vello a Teixido. O Mosteiro do Couto, ou Mosteiro de
San Martiño de Xubia, é um Mosteiro beneditino fundado pelos Condes de Traba. Em 1735, aqui chegou Frei Martín Sarmiento, o "
Pai Sarmiento", dirigindo-se em peregrinação a
Santo André de Teixido. Local de passagem obrigatória na primeira etapa do
Caminho Inglês, junto aos tradicionais marcos do Caminho de Santiago destacam-se, a partir do Mosteiro do Couto, outros marcos decorados a vermelho, com um peixe: são os marcos do
Camiño de Santo André de Teixido.
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Mosteiro do Couto, ou de San Martiño de Xuvia, Narón, 8.07.2017, 10h20 |
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E ei-las ... as mágicas setas amarelas...
E os marcos do peixe vermelho...
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Regressado dos Caminhos há pouco mais de um mês ... que emoção foi voltar a ver as setas amarelas e os marcos jacobeus. Uma emoção que só quem já fez o Caminho consegue entender; uma emoção sentida e vivida! O
Caminho de Teixido começa por acompanhar o fundo da
Ria de Ferrol, até à foz do
Rio Freixeiro, onde se localiza o
Moinho de Cornido, construído em finais do sec. XVIII. Pouco depois, o
Caminho Inglês contorna a ria e segue para sul, enquanto o "nosso" Caminho segue para norte, rumo a terras de
Valdoviño e à
Costa Ártabra. Os ártabros eram uma tribo celta que povoou o noroeste galego. Fascinados pela formosura deste litoral, espalharam-se por estas terras selvagens até à chegada de Júlio César.
Artai, filho primogénito de
Breogán, teria sido o fundador do povo ártabro.
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Moinho de Cornido, na foz do Rio Freixeiro na Ria de Ferrol |
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Direcção ... Teixido...
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A nossa primeira etapa em terras ártabras revelou-nos a magia dos bosques atravessados. Junto com o colorido das flores e o verde da ramagem, na neblina ... só faltavam saltar das árvores os duendes e
as fadas de extraño nome...
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Através da magia dos bosques... |
O nosso primeiro "albergue" foi a "
Casa Veiga", uma casa de aldeia com mais de um século, transformada numa muito agradável hospedaria rural. A segunda etapa era a mais longa, pelo que saímos pouco depois das nove horas. O dia parecia cinzento, tal como o primeiro, mas um cinzento que apenas significava os deuses a protegerem-nos do calor do Sol aberto.
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9.07.2017, 9h30 - Começáramos a segunda etapa do |
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nosso Caminho a San Andrés de Teixido |
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Terras de Valdoviño e o mar, ao fundo, da subida ao Coto do Esperón |
O
Coto do Esperón constitui a maior altitude da zona, embora pouco ultrapassando os 300 metros. Para sul, lá estava
Ferrol e
Narón, de onde tínhamos partido na véspera. Passámos à porta do parque temático "
Aldea Nova", que recria o ambiente rural de há várias décadas ... mas que estava fechado. E lá fomos atravessando os campos, até um lugar de nome estranho:
Vella Morta. A que se deveria semelhante topónimo? Uma pesquisa pela net deu-me a resposta: em vários locais na Galiza "
un terreo brando, debido a unha fonte que non sae á terra, é unha vella morta". Estamos sempre a aprender.
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Dois peregrinos pelos campos... |
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Há topónimos meio estranhos... 😊 |
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E há matos a desbravar... 😉 |
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Faltam as fadas e os duendes... |
Pouco depois da uma da tarde estávamos a cruzar a barragem de
Las Forcadas. E o almoço não poderia ser em local mais indicado, junto à
Capela da Fame, junto à pequena aldeia de
Liñeiro. Servia de lugar de repouso espiritual e de paragem no Caminho de
San Andrés de Teixido, para que os peregrinos recobrassem forças.
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Barragem de Las Forcadas |
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Capela de Nosa Señora da Fame (Liñeiro) |
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A entrega às forças da terra |
Pouco depois das três e meia estávamos em
Porto do Cabo, antigo porto fluvial no rio Mestas, sobre o qual passa uma ponte medieval. Porto do Cabo era uma referência na rota dos peregrinos a Teixido, contando mesmo na altura com uma antiga hospedaria. Como actualmente não existe alojamento para peregrinos, tínhamos de regressar à nossa "base" em
Cedeira, fazendo portanto uma variante ao
Camiño vello a San Andrés de Teixido, mas que nos permitiria maiores panorâmicas de mar.
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A caminho de Porto do Cabo, 15h30 |
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Ponte medieval de Porto do Cabo, sobre o Rio Mestas |
Às cinco da tarde estávamos à vista de
Cedeira. O
Hostal Chelsea, onde já tínhamos ficado sexta feira, ia de novo ser a base para as duas próximas noites ... antes e depois da derradeira etapa a
Teixido.
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Cedeira à vista, 17h05 |
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Cedeira, 9.07.2017, 20h20 |
A terceira e última etapa fizemo-la portanto pela variante da
Ruta dos Peiraos, com início em
Cedeira. A
Associação de Amigos do Camiño a San Andrés de Teixido, se quiser, tem o dever de divulgar ainda mais este velho Caminho como rota de peregrinação e de dinamizar a criação de pelo menos um ou dois Albergues que o tornem acessível a todas as bolsas. Em Teixido aliás não existe qualquer possibilidade de alojamento, nem transporte público. O regresso a Cedeira só pode ser de táxi ...
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Cedeira, 10.07.2017, 10h20 |
A expectativa era grande para esta derradeira etapa, não só pela chegada ao termo como também pelas panorâmicas que se nos iam abrir. E efectivamente a
Ruta dos Peiraos correspondeu à expectativa ... mas durinha qb, em termos de desníveis e de piso. Que o diga a minha "pobre" estrelita ... que quase não chegava a
Teixido de vivo... 😓
Saímos de Cedeira pela antiga
Porta de Rebordelo, da antiga muralha, subindo o velho caminho que leva à Capela de
San Antón de Corveiro. Frente ao mar, tal como o Cristo no Cruzeiro próximo, aquele é sem dúvida um lugar mágico, onde apetece estar em silêncio, meditar.
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Ermida de San Antón de Corveiro ... um lugar mágico |
E o percurso segue ao longo da
Serra da Candieira, caminhando para norte, ora por entre vegetação densa ora a ver a costa, escarpada e abrupta. Almoçámos sobre a
Ponta da Candieira, com uma fabulosa panorâmica do alto dos seus quase 370 metros de altitude, que já tínhamos subido desde o nível do mar ... como principalmente a minha estrela já acusava...
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Diferentes formas de apreciar a Natureza, até à Ponta da Candieira |
Pelas duas e meia da tarde, quando o trilho começa a rumar a leste ... ao fundo começámos a ver
San Andrés de Teixido, encravada na vertente da
Serra da Capelada, uma das zonas mais abruptas da costa galega. Ainda faltavam cerca de 5 km, mas tínhamos o objectivo à vista. Cavalos semi selvagens vagueavam pelas alturas, aproveitando os prados sobranceiros ao mar, enquanto a tarde ia trazendo o Sol ... e o calor. O trilho ziguezagueia num quase permanente sobe e desce, até ao chamado
Chao do Monte e ao
bosque petrificado, onde a erosão moldou as rochas com formas tão diversas, que muitas parecem ramos e troncos de um mitológico bosque perpetuado em pedra.
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E de repente, ao fundo ... San Andrés de Teixido! |
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O cansaço acumulado fazia-se sentir... |
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Também eles vagueiam |
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por esta costa selvagem |
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Caminho do Chao do Monte ... um pouco de prado para amenizar da pedra |
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Chao do Monte, 17h40 ... e estávamos sobre San Andrés de Teixido |
Passava já das cinco e meia quando chegámos ao miradouro do
Chao do Monte, onde reentrámos no
Camiño vello a Teixido que tínhamos deixado em
Porto do Cabo. Estávamos perto ... mas descer a
San Andrés de Teixido faz parte da penitência da peregrinação. O trilho ziguezagueia encosta abaixo, quase permanentemente sobre pedra, a muita pedra que, ao longo de séculos, permitiu aos peregrinos a formação dos chamados
milladoiros, ou
amilladoiros. Um
amilladoiro é um amontoado de pedras deixadas em determinados locais; segundo a tradição, quando chegar o dia do juízo final as pedras falarão e darão o testemunho da peregrinação. A maioria dos
milladoiros foram Cristianizados e encimados por uma cruz ... a lembrar a Cruz de Ferro do Caminho Francês a Santiago.
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Amilladoiro na descida a San Andrés de Teixido |
À medida que descemos, as borboletas esvoaçam à nossa volta; uma ou outra lagartixa aparece tímida; as lesmas aproveitam a humidade da chuva da noite anterior. E estes seres ... podem ser velhos peregrinos reencarnados, já que a alma
do que non foi de vivo a
San André ... tem de ir por três vezes
despois de morto...
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Por entre as almas |
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de velhos peregrinos ... |
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... a penitência continua ... |
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... até que, pouco antes das 18h30 ... entramos em San Andrés de Teixido |
Entrar em
San Andrés de Teixido não tem hoje naturalmente a mesma carga - ou pelo menos não a teve para mim - que entrar em
Santiago de Compostela ao fim de 10, 20 ou 30 dias a caminhar. Mas o simbolismo daquele Santuário, a verdadeira penitência que foi lá chegar - a minha pequena grande estrela que o diga... - e as muitas lendas ligadas a Santo André conferem ao local a mística e a magia suficientes para nos sentirmos pequenos ... para entrarmos no Santuário e agradecer às forças do Universo, a algo superior a nós ... para entrarmos no Santuário e ajoelharmos...
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Santuário de San Andrés de Teixido ... o fín do Camiño |
Um pouco abaixo do Santuário, visita obrigatória em Teixido é também a
Fonte dos 3 Canos, ou
Fonte do Santo. Reza a tradição que, quando se pede um desejo a Santo André, se deve beber água sucessivamente de cada um dos três canos, atirando-se de seguida uma migalha de pão ao tanque. Se a migalha flutuar o desejo será atendido ... se se afundar bem podemos perder a esperança...
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Fonte dos Três Canos, ou Fonte do Santo. Não pedimos desejos... 😊 |
Não pedimos desejos ... mas o romance estava garantido...; à nossa volta, tanto no penoso Caminho como ali, na
Fonte dos Três Canos ... havia muita "
herba de namorar"... 😌. É mais uma lenda entre tantas, em
San Andrés de Teixido: na noite de S. João, há que meter uns ramitos da "
herba de namorar" (
Armeria maritima) no bolso da pessoa cujo amor se quer conquistar ... mas sem que a mesma se dê conta. Eu e a minha estrelita ... já estamos conquistados há muitas luas... 😆
Eram quase sete e meia quando deixámos
San Andrés de Teixido, à luz mágica do entardecer. O regresso a
Cedeira foi rápido ... de táxi entretanto chamado. Estava terminada a nossa "peregrinação" ... mas não a nossa digressão por esta selvática e mágica
Costa Ártabra.
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San Andrés de Teixido, 10.07.2017, 19h20 |
A componente pedestre completara-se nos três dias que nos levaram do
Mosteiro do Couto a
Santo André de Teixido. Mas a
Costa Ártabra não se esgotara na peregrinação. Para norte e leste de Teixido, a
Serra da Capelada constitui a continuação natural da
Candieira, na qual percorremos a
ruta dos peiraos na 2ª feira. Até ao
Cabo Ortegal continuam a ser terras ártabras, lá onde o Atlântico contorna a Ibéria e se transforma no
Mar Cantábrico. Já em versão 4 rodas, terça feira foi dedicada aos confins da
Capelada e das terras ártabras ... para então rumar a sul e terminar na
Coruña.
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Cedeira, 11.07.2017, 10h30: o mar não é de ninguém... |
Bem mais rapidamente do que a pé, voltámos ao miradouro do
Chao do Monte, agora para seguir rumo ao Cristo e ao
Milladoiro dos
Carrís e ao Cruzeiro de
Teixedelo. A panorâmica do Cruzeiro é fabulosa. Ao longe, para sul, ainda se vê a baía de Cedeira; para norte, as falésias escarpadas da
Capelada, entre as mais altas da Europa, apenas ultrapassadas nalguns fiordes noruegueses.
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Milladoiro dos Carrís e, ao fundo, a baía de Cedeira
Em baixo,o Cristo dos Carrís, Serra da Capelada |
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Litoral da Serra da Capelada, a norte de San Andrés de Teixido, uma das zonas mais selvagens da Galiza |
Junto ao Cruzeiro de
Teixedelo, uma placa lembra a memória do actor britânico
Leslie Howard. Em 1 de Junho de 1943, um esquadrão da Luftwaffe derrubou o DC3 britânico em que o actor regressava de Lisboa ao Reino Unido, julgando que a bordo do mesmo seguia o primeiro ministro Winston Churchill. Os restos do avião e os corpos foram encontrados por pescadores nas encostas escarpadas e ventosas da
Capelada. Tal como para Ashley Wilkes ... "E Tudo o Vento Levou", ali, para Leslie Howard...
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Cruzeiro de Texedelo e placa erigida à memória de
Leslie Howard, que encontrou a morte nestas escarpadas
falésias em 1 de Junho de 1943 |
A estrada vai ganhando altitude. A mais de 600 metros sobre o mar, chegamos à
Garita da Herveira. Antiga guarita de vigilância sobre o Atlântico, chegar ali, parar ali, é uma autêntica jóia para os sentidos, fazendo com que o silêncio se apodere de nós para formar parte da Natureza que se abre diante dos nossos olhos. E, nesse silêncio ... começo a ouvir o som de uma gaita de foles! Estaria a delirar? Teria sido levado por forças ocultas para o paraíso celta? Não! Não tardei a perceber que o som vinha de uma gaita real, tocada por um gaiteiro real, que se passeava por trás da
Garita, sobre as falésias.
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Garita de Herveira, no alto da serra da Capelada, sobre o mar. E de repente ouve-se o som da gaita galega... |
Num intervalo da gaita, interpelei o gaiteiro. "
Sou português, mas apaixonado pela Galiza e pelas tradições e música galegas", disse-lhe ... e oiço como resposta que a Galiza é Portugal! Aquele gaiteiro, naquele local, sobre as falésias abruptas e o mar imenso ... pareciam ter saído de um sonho! Mas, ao afastar-me, o som da gaita lá continuava, dizendo-me que o quadro era bem real.
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Sobre a aldeia de Cariño e a ria de Ortigueira, 11.07.2017, 12h00 |
A jornada prosseguiu ao longo da serra da
Capelada, até onde a terra termina, no
Cabo Ortegal. Debruçada sobre
Cariño e a ria de
Ortugueira, sucedem-se as panorâmicas fabulosas de terra e de mar ... mar que, no Cabo Ortegal, se confunde entre Atlântico e Cantábrico.
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Cabo Ortegal ... onde o Atlântico dá lugar ao Cantábrico ... onde terminam as terras ártabras... |
O
Cabo Ortegal constituía o limite das terras ártabras. Para leste estende-se a vasta ria de
Ortigueira e, do lado de lá da mesma, a prolongada "estaca" que a terra lança de novo mar
adentro. É a chamada
Estaca de Bares, "espetada" para norte até ao ponto mais setentrional da Península Ibérica. Estando ali tão perto, fomos até àquele símbolo geográfico ... e não nos arrependemos.
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Frente ao imenso oceano na Estaca de Bares, o ponto mais setentrional da Ibéria. I believe I can fly... |
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Quem me dera |
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ser gaivota... |
O almoço foi no
Porto de Bares. Dir-se-ia que estávamos nas Caraíbas, ou nalgum outro paraíso tropical. Mas não, estávamos no extremo norte da Galiza, para cuja capital rumámos, a terminar esta peregrinação/digressão por terras ártabras. Antes das seis da tarde estávamos na
Corunha.
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Praia do Porto de Bares, 11.07.2017, 14h20 ... |
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... e já na Corunha, na célebre Avenida Marina, 21h05 |
Uma pequena volta à chegada à
Corunha ficou marcada por um episódio digno de registo. Jantados e a dar uma volta na capital da Galiza, chega uma altura eu digo: "
anda por esta rua" ... e, sem saber e sem dar por isso ... dou connosco na
Igreja de Santiago. O Caminho faz parte de nós...
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Igreja de Santiago, Corunha, 11.07.2017, |
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21h20 ... o Caminho faz parte de nós! |
Se o
Cabo Ortegal constitui o limite nordeste da
Costa Ártabra, a
Corunha limita-a a sudoeste. Hoje ... o dia foi dedicado à Corunha ... ou
Brigantia ... a cidade de
Breogán, personagem mítico, primeiro rei celta da Galiza ... "construtor" da
Torre de Hércules ... ou
Torre de Breogán.
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A mítica Torre de Hércules (ou de Breogán), Corunha, 12.07.2017, 11h45 |
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Panorâmica do alto da Torre de Hércules |
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12.07.2017, 15h55 - E o Sol iluminou os céus e o mar da Corunha |
E nas "caminhadas" pela
Corunha ... ainda percorremos sensivelmente 11 km os dois, mais entre 2 a 3 este peregrino dos caminhos e Caminhos. E, com eles, terminava esta digressão pelos confins do noroeste galego ... porque em cada Sonho há um Caminho. A
Santo André de Teixido ...
fun de vivo!
4 comentários:
Com interesse.Parabéns pela vossa disponibilidade para mais uma "aventura"
Tenho agendada a caminhada de Ribadeo até Vila Nueva de Arousa.
Estive a ler a descrição bem feita e confirma o que tenho lido.
Não há dormida em Teixido. Vai mesmo ter que ser em Cerdeira.
Tenho agendada a caminhada de Ribadeo a Vila Nueva de Arousa (por ser a única parte da costa atlântica ibérica, que me falta fazer)
Em Teixido julgava que havia hipótese mesmo remota de dormir.
Confirmo pelas várias leituras que só resta o táxi para Cedeira.
Mais uma bela reportagem,, mas esta,, algo me diz que,, de tão motivadora que se afigura,,, breve as minhas botas seguirão as tuas. Abraço
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