Desde Abril que não caminhava com os
Novos Trilhos, que entretanto têm estado a percorrer a costa Oeste, da Ericeira para norte. Hoje era a vez do troço desde a praia da
Areia Branca a
Peniche e ao contorno da península do
Cabo Carvoeiro ... e hoje pude mais uma vez acompanhá-los.
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Praia da Areia Branca, 29.07.2017, 09h05 ... com o nevoeiro típico do Oeste |
Às nove da manhã estávamos assim a partir da
Areia Branca. Alguns carros haviam ficado em Peniche, para a logística inerente a uma caminhada linear. Sempre pelas praias e falésias, como mandava o programa, fomos subindo e descendo, descendo e subindo, acompanhados - eu diria que felizmente - pela neblina típica da costa oeste; felizmente ... porque o calor húmido, com Sol aberto ... seria bem duro. E antes das dez estávamos no
Forte de Paimogo. Já em 2014 ali tinha andado com os
Novos Trilhos, altura em que descrevi
alguma da história deste Forte.
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Subindo e descendo, descendo
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e subindo, rumo ao ...
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... Forte de Paimogo ... |
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... e a Praia de Paimogo |
E a jornada prosseguiu rumo a norte. Pouco depois das onze estávamos em
S. Bernardino e ao meio dia na
Consolação, considerada a melhor praia do mundo para os ossos.
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A caminho de S. Bernardino ...
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seguindo o voo das gaivotas
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Praia de S. Bernardino |
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Praia sul da Consolação |
Junto ao
Forte da Consolação, a paisagem muda completamente. Das rochas e falésias escarpadas, passamos para um areal que se estende por três quilómetros, até Peniche. É a praia do
Medão Grande, mais conhecida por
Supertubos, paraíso dos surfistas, graças às ondas muito tubulares e rápidas. Antes da uma da tarde estávamos em
Peniche, com 13 km percorridos desde a Areia Branca.
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Praia do Medão Grande, ou Praia dos Supertubos, com Peniche ao fundo |
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E em Peniche |
O almoço não foi em nenhum dos muitos restaurantes repletos de passeantes e turistas. Sentámo-nos no velho Portinho, junto à Cidadela, deliciando-nos como habitualmente ... com as sanduíches de cada um... 😊. Depois ... faltava a segunda parte da caminhada, a volta quase completa à Península do
Cabo Carvoeiro. Perdi a conta, ao longo de meio século, às vezes que já percorri os caminhos do Cabo, dos Remédios, da Papoa ... mas nunca me canso de os voltar a percorrer.
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Caminhos do Cabo Carvoeiro, pela costa sul ... até à Nau dos Corvos, com as Berlengas ao fundo |
Só nesta segunda parte da caminhada o Sol abriu, mesmo assim de início tímido. As
Berlengas viam-se no horizonte, mas ainda um pouco perdidas na bruma. E, na ponta do Cabo e no
Cruzeiro dos Remédios ... a bruma fez-me também perder no Tempo, recuar mais de 4 décadas. Já perdi a conta a quantas vezes ali fui ... mas as memórias levam-me sempre para Agosto de 1973 (pois, já lá vão 44 longos anos), quando namorava uma moçoila que me acompanharia vida fora ... e acampei à porta da colónia de férias onde ela estava, junto ao Santuário da Senhora dos Remédios... 😊
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Nos Remédios, Peniche ... quando o tempo se cruza com o Tempo... |
O regresso foi pela costa norte da península, agora sim com o Sol a iluminar o mar e as
Berlengas. O pequeno istmo da
Papoa também não faltou ... e pouco depois das três e meia estávamos de regresso aos carros que haviam ficado em
Peniche. Tínhamos percorrido 26 km de belas paisagens, por praias e falésias ... por trilhos bem à medida dos
Novos Trilhos. Obrigado, companheiros!
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As Berlengas, para lá do mar do Carvoeiro |
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A caminho da Papoa |
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Na Papoa ... |
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... e a terminar, à vista das muralhas e da praia norte de Peniche |
1 comentário:
Mais uma vez uma excelente reportagem. Cheguei a pensar que ia conseguir participar neste evento, mas não foi possível.
Dei conta do que "perdi".
Abraço
JoãoJFonseca
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