Um amigo das lides pedestres publicou há dias numa rede social: "
Convite para quinta-feira dia 23 de Janeiro.
Longa Rota de 30km, com muitos pontos de interesse:
Grutas das Lapas, túneis de arenito, Almonda, rio e nascente, moinhos, Serra d´Aire, Gruta do Almonda". Havendo disponibilidade ... teria de pensar duas vezes?...
J.
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Serra d'Aire ... aí vamos nós para mais uma bela jornada! |
Responderam ao desafio 14 candidatos ... e pouco depois das nove da manhã estávamos a partir junto ao castelo de
Torres Novas. O dia ... não poderia ter estado melhor!
Pouco mais de 20 minutos depois da partida estávamos na aldeia de
Lapas, cujas grutas constituíam o primeiro motivo de interesse da jornada. As
Grutas das Lapas são caracterizadas por formações labirínticas desde sempre dadas a interpretações fantasiosas. As suas origens não são conhecidas, mas alguns estudos datam-nas da época romana. As galerias hoje abertas ao público são apenas parte de uma rede mais vasta, que percorria quase todo o morro onde assenta a povoação. A geologia do solo – calcário mole conhecido por "tufo" – explica a relativa facilidade com que, em tempos, a mão do homem talhou esta singular preciosidade arqueológica.
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Grutas das Lapas |
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O Almonda em Lapas |
Mas para além das grutas,
Lapas também nos ofereceu as primeiras e belas imagens ribeirinhas do
Almonda. Depois ... a caminho da
Serra d'Aire. Pelo
Alto de Pedrógão e cruzando a
Ribeira das Mouriscas, chegámos a
Alqueidão ... para o primeiro reforço alimentar...
J. A seguir vinha a primeira subida digna desse nome, ganhando belas perspectivas sobre a charneca e os
Arrifes do Alqueidão.
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Alqueidão ... |
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... e os Arrifes na Serra |
Caminhando agora no sentido nordeste/sudoeste, dirigimo-nos para as nascentes do
Almonda. Antes ... fizemos nova paragem para o segundo reforço alimentar no
Centro de Interpretação da Gruta ... bem fechado e abandonado, como "mandam as regras" neste país...
Pouco depois das duas e meia da tarde, com 19 km percorridos, estávamos a descer a vertiginosa parede para a nascente do
Almonda, nas traseiras da represa criada para abastecer a velha fábrica da Renova e por cima da gruta do Almonda ... onde há mais de 40 anos andei um dia, nos velhos e gloriosos "
anos loucos" da Espeleologia e do Mergulho Amador...
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Descida para a represa da nascente do Rio Almonda |
A
Gruta do Almonda desenvolve-se ao longo de mais de 10 km, constituindo um verdadeiro santuário da espeleologia nacional. Representa a mais extensa rede cársica actualmente conhecida em Portugal, composta de várias ribeiras subterrâneas que dão origem ao Almonda.
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Represa nas traseiras da velha fábrica da Renova, nas nascentes do Almonda |
E a jornada prosseguiria pelo
Vale das Sesmarias e
Casal da Pinheira, rumo a
Ribeira Branca, de novo junto ao
Almonda e onde fizemos um pequeno percurso de ida e volta até ao que resta do velho
Moinho do Pego.
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Cruzando o Almonda, próximo de Casal da Pinheira |
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O Almonda em Ribeira Branca |
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Ruínas do Moinho do Pego |
De
Ribeira Branca ao final levámos pouco mais de 50 minutos ... e às cinco e meia estávamos de regresso a
Torres Novas, fazendo questão de terminar a jornada contornando o Castelo ... para a foto de grupo com que terminaríamos este belo dia de uma caminhada intensa, feita ao bom ritmo de quase 5 km/h de média em andamento. Obrigado, companheiros!
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Castelo de Torres Novas à vista, 17:30h, com quase 31 km nos pés... J |
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Torres Novas ... e o Almonda |
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E terminámos mais uma bela e intensa jornada... |
2 comentários:
Muito bom dia este, obrigado pela partilha e pela companhia...
Excelente artigo. Dá gosto ver blogs assim!
Venham mais dias destes e claro, nesta boa companhia.
Obrigada
Cris
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