Quando se fala e se pensa na
Foz do Arelho, normalmente pensa-se nas
paisagens da
Lagoa de Óbidos, na foz dos rios Real e Arnoia, na própria
foz da lagoa para o mar, no mar, em dias de boa visibilidade com o arquipélago
das
Berlengas ao fundo. Quando se fala e se pensa na Foz do Arelho ...
raramente se pensa no lado de terra, na
Serra do Bouro ... e muito
menos em matas luxuriantes e em campos verdes, amarelos, violetas, nas cores
explosivas de uma
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Foz do Arelho, 06.Maio.2021, 9h45
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Primavera que vai a meio.
Ao idealizar esta caminhada, para além dos
múltiplos trilhos partilhados no
Wikiloc, despertou-me a
atenção um trilho que aparece nas cartas do
Locus e não só, com a
designação de "trilho dos túneis". Não havendo registo de galerias, ou túneis,
naquelas paragens ... teria de ser outra coisa. E assim nasceu a ideia de uma
caminhada a partilhar por três jovens sexagenários: o autor destas linhas ...
a respectiva estrela raiana ... e a respectiva
panaymi "peruana"
😉
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Tapetes verdes ... matizados de cores ... e lá vamos nós de costas
para o mar ... rumo à Serra do Bouro
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Antes das dez da manhã e depois de uma "recolha" em terras de
Adão Lobo (Cadaval), estávamos no Miradouro Atlântico da
Foz do Arelho, de
onde partimos ... de costas para o mar. Passando por trás das ruínas da antiga
discoteca
Green Hill, logo começámos a ver que a escolha tinha sido
boa: tapetes verdes ... matizados de cores ... e até a entrada para uma
autodenominada ... "Quinta do Amor"... 💖
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"Quinta do Amor" ... ali deve-se ser Feliz...
Mas nestes campos é-se Feliz...
(ao fundo a Lagoa de Óbidos)
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E entramos no fabuloso Trilho dos Túneis
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Diversas linhas de água sulcam esta Serra do Bouro. Por entre o amarelo do
tojo, descemos para o "vale grande". Em frente, o "trilho das cabras" subia a
encosta fronteira, mas o trilho que seguimos parecia desaparecer na vegetação
... e aí começou o "trilho dos túneis"; e que fabulosos túneis de vegetação
ali encontrámos! O nome que me despertara a atenção não podia estar melhor
atribuído.
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Trilho dos túneis ... só este troço valeria a deslocação e
a caminhada...
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Campos da Serra do Bouro, com Casais Antunes nesta
2ª foto e em ambas, ao fundo, a Serra de Montejunto
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Finalizado o trilho dos túneis, junto à variante atlântica da estrada da Foz
do Arelho às Caldas da Rainha, virámos rumo a norte. O almoço foi próximo de
Casais Antunes ... no quintal abandonado de uma casa abandonada 🙄.
Depois, rumámos ao mar, às chamadas
Quebradas, como se chamam neste
troço da costa oeste os sulcos das diversas linhas de água que se dirigem ao
Atlântico.
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Mar à vista! Com as Berlengas e os
Farilhões ao fundo.
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E à vista do azul do mar, o verde da terras férteis destas quebradas é
salpicado de ondas violetas, numa explosão de cor que enche a alma e nos faz
... mergulhar neste "mar" de cor e de esperança.
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Mergulhando nas ondas de um mar violeta e verde...
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Com as Berlengas e os
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Farilhões ao fundo
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Ao longo das Quebradas do Vale Longo e das Mós
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Pouco depois das três e meia estávamos cerca de 2 km a norte do miradouro onde
iniciáramos a caminhada, entre a Quebrada das Mós e a
Quebrada do Surdão. A minha "velha" companheira de "aventuras" já
acusava algum cansaço ... e também ainda tínhamos um lanchinho em vista, em
terras de
Adão Lobo (Cadaval). Assim, entendemos aligeirar um pouco o troço final, um pouco
mais pelo interior e, portanto, com bastante menos desnível. Cinco minutos
depois das quatro horas estávamos assim de regresso, nos passadiços da
Foz do Arelho ... e com uma bela caminhada para contar.
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Entre a Quebrada das Mós e a Quebrada do Surdão
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E nos passadiços da Foz do Arelho, sempre com as
Berlengas e os Farilhões à vista
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E assim fechámos este circuito a norte e leste da Foz do Arelho, mais
conhecida pelas suas praias do que por estes trilhos da Serra do Bouro e
Quebradas do Atlântico. Depois ... depois regressámos a
Adão Lobo para largar uma menina ... e não só; mas o "
não só" não se
conta... 😋🤣
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Adão Lobo (Cadaval), 19h40 - Ao fundo a
Serra de Montejunto (Clique
aqui
para ver o
álbum completo
de fotos)
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