Trinta anos e uns dias depois de ter regressado de Marrocos pela terceira e última vez na vida ... antes das 5h da manhã do penúltimo dia de Agosto estava no Aeroporto da Portela, preparado para a aventura delineada desde há meses atrás.
A equipa era de onze ... mas não, não íamos jogar à bola... J. O autor destas linhas e os seus "manos" Cristina e Zé Manel, a Dina, Miguel e André, a Anabela, a Luísa, o Arménio e o Vicente, e, claro, o Nuno, o nosso guia da Outside, todos tínhamos estado em contagem decrescente, para o início da aventura. E apesar da greve da Groundforce, a "aventura" começou apenas com 20 minutos de atraso, recuperados em voo: às 8:50h estávamos a aterrar em Marrakesh, a "cidade vermelha".
O aeroporto de Marrakesh Menara é um aeroporto como qualquer outro, mas desde logo sentimos que mudámos de Continente, que penetrámos noutro povo, noutro mundo. Não basta apresentar o passaporte, é necessário preencher uma ficha onde fica registado de onde viemos, para onde vamos, o que viemos fazer. E é necessário ... trocar euros por dirhams. 100 EUR valeram 1040 MAD; para facilitar as contas, passámos a considerar que cada nota de 100 dirhams corresponde a 10 €
Duas carrinhas esperam-nos para nos levar à cidade ... e para os primeiros passos no ventre cultural desta nação muçulmana que, nos conturbados tempos que vivemos, se vai conservando felizmente calma e acolhedora. À chegada ao "Hotel du Tresor" ... somos desde logo recebidos com o tradicional chá de menta e uns simpáticos bolinhos, à beira da piscina interior ... e onde cantámos os parabéns à aniversariante do dia... J.
Recepção, no "Hotel du Tresor" ... e parabéns à Cristina... J |
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Muito perto do bulício do Souk e da mítica Praça de Djemaa El Fna, o hotel revela-nos também o outro mundo onde estamos; alguns quartos ... parecem saídos das histórias das Mil e Uma Noites. Mas assim que arrumámos as "tralhas" ... fomo-nos embrenhar na mistura absorvente de cheiros e cores da medina, daquela praça mágica, dos sabores que a brisa por vezes nos traz, tentando suavizar o calor e a humidade crescente. Ouvem-se sons estridentes, encostamo-nos às paredes ante a passagem rápida das muitas motorizadas que circulam nas estreitas ruas do souk, tomamos um café num terraço sobre uma panóplia de cores, vamos até à Mesquita e à Torre da Koutoubia, regressamos à Djemaa El Fna. Estamos bem no coração da "cidade vermelha".
E são horas
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de almoçar...
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Marrakesh, Praça Djemaa el Fna ... 30 anos antes (2 de Agosto de 1985). Ainda existirás, encantador encantado?... J |
Com o calor, a humidade agarra-se à pele. Recolhemos ao nosso Riad, descansamos um pouco (que o dia começou bem cedo...), refrescamo-nos na piscina interior ... e voltamos a sair. O fim do dia começa a cair como um manto. O Sol desce, num espectáculo de cores e de pratas...
Um jantar de aniversário, debruçados sobre o bulício de Djemaa el Fna |
Ao encontro do Toubkal (1) (Álbum completo) |
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