Quando em Março passado aqui estive em
Vale de Espinho - quando descobri as
histórias da Coba Grande e das Guisias - testemunhei os efeitos da prolongada seca que foi o inverno de 2011/2012.
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Vale de Espinho, 10.05.2012 - A caminho das Veigas |
Agora, a passar de novo mais de uma semana nestas "minhas" terras raianas, testemunho extasiado o milagre da vida, os efeitos benfazejos das chuvas que, em Abril, caíram quase sem interrupção, alimentando rios e ribeiros, transformando os lameiros em viçosos campos de um verde cheio de esperança, a esperan-ça no ressurgir da vida que desponta nesta Primavera, tardiamente, mas com o encanto que só a Natureza sabe e pode oferecer.
O chamamento falava portanto bem alto dentro de mim. E respondi ao chamamento através de duas pequenas caminhadas, ontem e anteontem ... que me levaram ao paraíso das margens do
Côa, na área de Vale de Espinho.
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10.05.2012 - A moldura e o galho encenam o "portão" do lameiro das Veigas ... com memórias perdidas no tempo |
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Entre estas duas imagens há 39 anos de permeio!
Lameiro das Veigas, 19.04.1973
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Côa, 11.05.2012 - Espelho de vida, reflexos e reflexões, claustros de recolhimento... |
Em termos pedestres, nem poderei chamar caminhadas a estes dois passeios. Foram jornadas de descanso à beira rio, de meditação, de introspecção. No verde dos lameiros, ao som das águas do Côa
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"Tudo aquilo que vejo, levo comigo,
e é meu! " (António Mousinho) |
e do cantar alegre da passarada, eu sentia-me fazer parte deste mundo natural. Como um grande amigo comentou na foto à direita ... "
Tudo aquilo que vejo, levo comigo, e é meu! ".
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Açude junto ao moinho da "Nozeira", 11.05.2012 |
Junto ao velho Moinho da "Nozeira" - que foi de familiares da minha pequena arraiana - deixei-me levar pela porta aberta do velho abrigo, junto ao rio. Uma porta aberta para o paraíso ... mas também uma porta aberta para uma viagem no tempo, a viagem ao passado daquelas pedras e das vidas que as mesmas viram passar. Uma viagem contada também pela abandonada pedra da mó, ou pelo carcomido braço da "burra" de tirar água, coberta de líquenes e de memórias.
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"Burra", ou picota, junto ao Moinho da Nogueira (ou "Nozeira"), 11.05.2012 |
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"E as águas continuam na corrida, Côa abaixo, sem um
aceno para quem as contempla!" (António Mousinho) |
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Bom dia, meus bons amigos! |
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Vida que nasce e se renova! |
Nesta saudação à Primavera, não podia deixar de visitar um dos locais para mim mais mágicos em terras de Vale de Espinho, o
Moinho do Rato. O local mágico já tantas vezes
referido neste
blog, onde nos damos conta de envelhecer ... "
a ver envelhecer estas pedras que não envelhecem".
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"E de repente damo-nos conta de envelhecer, a ver envelhecer estas pedras que não envelhecem" (Sérgio Paulo Silva) |
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Moinho do Rato, 11.05.2012 |
Das margens do Côa subi ao
Cabeço do Colmeal, para depois descer ao vale da ribeira do
Alcambar. A giesta branca já pinta estas encostas, a amarela começa agora timidamente a despontar. E cheguei a casa com pouco mais de 10 km percorridos nos dois dias ... mas com mais de 200 fotografias das cores, brilhos e reflexos, da vida que a água trouxe às terras do
Côa e de
Vale de Espinho!
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Vale de Espinho, do Cabeço do Colmeal, 11.05.2012 |
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Ribeira do Alcambar |
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Alcambar - a estrada
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que nunca acabou
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Alcambar - água, fonte da vida |
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O Côa na Ponte Nova, Vale de Espinho, 11.05.2012 |
Segue o álbum completo da selecção de fotos. Selecção que apesar de tudo ... tem mais de 100 imagens!
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