sábado, 14 de abril de 2012

Na senda das abetardas, em terras de Castro Verde

De novo com a minha "família" Caminheira, este sábado rumámos a sul, à estepe cerealífera de Castro Verde. O chamado Campo Branco alentejano é a área mais importante para a conservação das aves estepárias em Portugal, nomeadamente da abetarda, a mais pesada das aves europeias ... mas também uma das mais difíceis de observar.  Há um mês atrás, com 4 companheiros da "família", partici-
Abetarda (Otis tarda) - Origem: Naturlink
pei na prospecção para mais esta actividade. Vimos abetardas ... mas depois de muitos saltos no compartimento de carga de uma camioneta, cujo condutor já desesperava por não no-las conseguir mostrar, onde ele achava que era suposto encontrá-las.
Hoje, pelas 10:00h, estávamos assim um grupo de mais de 50 caminheiros na povoação de Entradas, 10 km a norte de Castro Verde, preparados para percorrer os caminhos da estepe ... na senda das abetardas. Ao contrário do dia da prospecção, hoje o céu esteve cinzento, principalmente de manhã, descarregando de quando em vez a chuva que tanta falta tem feito. As ribeiras de Terges e de Cobres são as únicas linhas de água nesta vasta estepe ondulada, onde nos 17 km percorridos o relevo varia apenas entre os 130 e os 190m de altitude.
Bando de abetardas em voo, nos campos de Castro Verde, 15.03.2012
Para que conste, fica a foto das abetardas que efectivamente vimos no dia 15 de Março... J! Hoje ... bem perscrutámos os campos e os ares. Alguns afortunados ainda conseguiram ver duas ou três abetardas em voo; outros viram dois veados, perdizes, lebres e coelhos. Mas todos fugidios ao grupo e às fotografias. Ficam as fotos possíveis de mais um dia passado no são convívio dos amigos desta verdadeira família. Fica também o percurso efectuado ... e o respectivo vídeo.
A seara ondulante nos campos de Castro Verde
Caminheiros em acção, 14.04.2012
Ribeira de Cobres
Campos de esteva
Monte dos Penedos
É assim o "campo branco" alentejano
E de regresso a Entradas, Castro Verde, 14.04.2012


1 comentário:

Ismael Vigário disse...

Pelas fotografias, esta zona aletejana é mesmo especial. A planura do espaço a planura e o céu tão perto a submergir o caminheiro. A vegetação rasteira a entrar pelos olhos e a propiciar, ao mesmo tempo a meditação. Tenho a sensação que na planície entramos mais dentro de nós, do nosso interior. Tocamos e embatemos na existência que nos habita: grande, pequena, apenas a existência de cada um.