Longe vão já os tempos da minha descoberta da
Malcata, percorrendo os velhos trilhos da Pelada, do Espigal, da Quinta do Major, da Marvana, as margens do Côa e do Bazágueda, as Mesas ... e tantos e tantos outros lugares, numa
Melodia a 4 Estações, que um dia cantei em
vídeo. Estar em
Vale de Espinho sem uma ou mais jornadas pedestres ... seria insólito. Por pequenas que sejam as saídas, há um local a que volto com frequência: as minhas "sagradas"
Fontes Lares ... o meu "santuário".
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Trilho do Ribeiro da Presa, a caminho das Fontes Lares, 25.Jun.2019, 14h15 |
Mais um regresso às
Fontes Lares, na terça feira passada, não seria motivo de uma entrada nestas minhas fragas e pragas, como algumas outras visitas anteriores ao "santuário" não o foram. Mas, dois factos ditaram que acabasse por incluir esta "peregrinação" nas minhas "memórias": terça feira ... forças ocultas levaram-me a construir algumas "esculturas", que deixei a assinalar o caminho onde ele quase se perde na serra; e depois, a publicação dessa curta "aventura" nas redes sociais despertou a saudade de um filho da terra ... que quis ir comigo àquele lugar mágico. E assim, com 3 dias de intervalo ... fui por duas vezes às "minhas" Fontes Lares!
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Apesar da beleza, a velha quelhe das pedras |
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está praticamente intransitável |
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Panorâmica para sudeste, com as colinas da Malcata ao fundo |
Muitos dos velhos caminhos que eu próprio conheci vão sendo gradualmente tomados pelo mato. A velhinha "quelhe das pedras" está praticamente intransitável, tomada por fetos e silvas. Hoje, com o Carlos Malhadas, optámos pelo percurso mais aberto dos Linhares ... ou
Nheres, como dizem os valespinhenses. Mas mais acima, cruzado o caminho que leva às Guizias, o caminho para as Fontes Lares também praticamente se perde na serra ... e nas memórias de quantos o percorriam.
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"Mariolando" o trilho para as Fontes Lares, 25.Jun.2019 ... para que o caminho não se perca... |
Construídas as "esculturas" - as mariolas a assinalar o caminho - cheguei à velha casa do T' Zé Tomé, paredes meias com a que foi da família materna da minha "estrelita arraiana". Ambas em ruínas ... mas a "minha", a "sagrada" casa das
Fontes Lares ... cada vez mais tomada pelo mato.
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Nas ruínas da velha casa do T'Zé Tomé ... e no mato |
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em que se transformou a velha casa das Fontes Lares |
Hoje, com o Carlos Malhadas, claro que tinha de lhe mostrar o que resta do interior da velha casa ... onde repousam as "
minhas velhas botas, cardadas", que palmilharam "
léguas sem fim"...
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A Natureza vai reconquistando aquilo que,
em tempos, foi conquistado pelo homem... |
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Dois pares de velhas botas Meindl jazem há
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5 anos por entre as ruínas das Fontes Lares
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Fontes Lares: histórias, memórias, nostalgia, vida ... Sonhos... |
O Carlos já não ia às Fontes Lares há alguns anos ... e adorou. Com um potente bordão artesanal a apoiar uma ou outra passagem, não ficou para trás em nenhum ponto do percurso. Tenho esperança de chegar aos seus 81 anos com o mesmo vigor ... e alguns mais...
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No barroco "sagrado" a solo, terça feira (25 de Junho) e com o Carlos Malhadas, hoje (29 de Junho) |
De novo pelo caminho do
Seixel e da
Có Pequena, como terça feira, regressámos a
Vale de Espinho, entrando pelo
Areeiro. A minha "estrelita" ficou admirada quando me viu entrar ... pouco depois das dez da manhã...
😊. Ir e vir às
Fontes Lares é uma caminhada curta - 8 km, sensivelmente ... mas tal como o Caminho não é o chão que pisamos, também os caminhos não se medem pelos quilómetros percorridos. Obrigado Carlos, foi um prazer!
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Clique para ver o percurso no Wikiloc |
2 comentários:
Dois jovens a palmilharem veredas da memória de tantos outros jovens de Vale de Espinho que vagueiam pelo mundo.
Imagino-vos a caminhar pela paisagem e a saboreardes essa aventura pelo mato.
Gostei de vos ver juntos por aí.
Abraço para ambos
Aurora Madaleno
E eu gostei muito das suas palavras, Aurora … outra jovem de Vale de Espinho. Tenho a certeza que o Carlos também há-de gostar.
Um abraço em nome de ambos
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