Para este último sábado de verão, as "
Rotas e Trilhos na Natureza" desafiaram as hostes caminheiras para uma "aventura" de grau 5, entre os Mosteiros de
Alcobaça e da
Batalha, incluindo a travessia parcial da
Serra dos Candeeiros. Às nove da manhã estávamos assim a começar a caminhar, depois de uma madrugadora viagem de autocarro desde Lisboa.
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Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça ... aqui em Abril de 2015 |
Como a jornada era longa, apenas passámos nas traseiras do velho Mosteiro, rumo à aldeia do
Carrascal e à Serra de Candeeiros, que "crescia" no horizonte, a nascente. A boa média, os primeiros 10 km foram feitos em pouco mais de duas horas, com a primeira das três paragens previstas em
Molianos, terra de mármores, a partir de onde se iniciava a subida.
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Eu subo, subo, subo ... |
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... mas este acompanha-me sempre! |
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Subida da encosta oeste da Serra de Candeeiros |
Pouco depois do meio dia tínhamos ultrapassado já os 500 metros de altitude. O rumo era agora nordeste, ao longo da cumeada da serra e dos seus lapiás. E à uma da tarde estávamos no geodésico da
Zelha, a 601 metros de altitude. Do grupo que aceitou este desafio, faziam parte os meus "Manos" Cristina e Zé Manel ... pelo que a "foto de família" se impunha... 😜
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Na imensidão dos lapiás da cumeada da Serra de Candeeiros |
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Geodésico da Zelha (601m alt.) - Foto de família... 😋 |
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Rumo a norte, junto ao
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geodésico de Vale Grande (615m alt.)
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Na paragem para almoço já passava das duas da tarde, mas o local não poderia ter sido melhor escolhido. Em plena serra, na encosta sobre a aldeia da
Bezerra, o
Monte do Carvalho é um pequeno "retiro", com algumas semelhanças com a mítica "cabana do Elias", a que várias incursões na serra de Candeeiros já me levaram. Ali há mesa, bancos, assador, um amplo e aprazível espaço no meio do arvoredo ... tudo o que proporciona um momento de descanso e de convívio.
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Chegada ao local de almoço ... um paraíso em plena serra! |
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Haja um bom almoço!... 😛 (Foto: Paulo Cardigos) |
Faltavam-nos ainda cerca de 15 km ... pelo que o descanso não podia ser prolongado. Sempre em direcção nordeste, rumámos aos
Penedos Negros e aos Moinhos da
Corredoura, de onde começámos a avistar
Porto de Mós, junto à ecopista da antiga linha da mina da Bezerra.
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Rumo ao geodésico dos Penedos Negros (547m alt.) |
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Moinhos da Corredoura |
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Porto de Mós à vista, com 25 km percorridos |
Pelas quatro e meia estávamos a entrar em
Porto de Mós, onde fizemos a terceira e última paragem. Junto ao Castelo, seguimos depois o curso do
Lena, rumo a norte ... e à
Batalha. Ao verem passar um numeroso grupo de caminhantes ... ainda fomos advertidos de que
Fátima não era por ali... 😊
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Entrada em Porto de Mós |
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Vinhas da encosta poente do vale do Lena |
Já passava das seis e meia, no grupo havia muitos e muitas a perguntarem: "
Onde está o Mosteiro da Batalha? Nunca mais se vê "... 😜. Percorríamos um belo trilho, entre a
Quinta do Sobrado e a
Batalha, quando de repente, ao cimo de uma leve subida ... lá estava ele, o histórico Mosteiro.
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Ao longo do "trilho dos escuteiros",
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pouco antes de entrar na Batalha
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E de repente ... afinal ele existe!... |
Cinco minutos depois das sete, o autocarro esperava-nos na
Batalha. Com 36 km percorridos e um desnível que rondou os 1200 metros ... o desafio tinha sido vencido por todos. Na fachada principal ... lá tinha
Santiago à minha espera, infelizmente sem o braço que segurava o bordão.
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Mosteiro da Batalha, 16.Setembro.2017, 19h05 |
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Santiago ao centro, na fachada principal do Mosteiro |
E restava o regresso a Lisboa, com as boas recordações deste último sábado de verão. Com a minha "Mana" Cristina ... já não caminhava desde Janeiro...!