domingo, 16 de janeiro de 2022

XI Marcha Nacional de Montanha

Torre de Quintela - Sirarelhos - Arnal - Lamas de Olo - Cume do Alvão

Desde 2018 que tenho participado sempre na Marcha Nacional de Montanha, primeira actividade anual da FPME, organizada pelo Grupo de Montanhismo de Vila Real.
A pandemia impediu a realização da XI edição em 2021, mas apesar de a praga não nos ter ainda deixado ... em 2022 houve Marcha! E como as saudades eram muitas ... Vivi estes dois dias em terras transmontanas com o maior grupo de sempre! Entre "Mano(a)s" e Amigos próximos ... juntámo-nos 10 apaixonados da Montanha e dos grandes espaços ... incluindo o(a)s cinco do sábado anterior em terras da minha velha Serra d'Aire.
A concentração foi, como quase sempre, em Vila Real. A noite de sexta para sábado já tinha de ser lá ... já que às 7h30 da manhã de sábado, antes de o Sol nascer ... tínhamos de estar em Lamas de Olo. Os carros ali ficaram a descansar; a organização providenciara o transporte em autocarro para Torre de Quintela, onde começou a etapa principal desta XI Marcha Nacional de Montanha.

Torre de Quintela e descida para a Ribeira da Marinheira, afluente do Rio Cabril e, por sua vez, do Corgo
A Torre de Quintela marcou o briefing e ponto de partida para esta 11ª Marcha Nacional de Montanha; edificada no reinado de D. Afonso III, durante um curto período pertenceu à Ordem dos Templários.
Cruzada a Ribeira da Marinheira, a jornada seria uma ascensão quase permanente, com um acumulado de quase mil metros. No início ... a temperatura era de zero graus.
09h50 - Sobre o vale de Quintelas e da Ribeira das Pedras (Foto: Luís Martins)
Subida para Sirarelhos, com quase 400 metros de desnível vencidos
Com quase três horas de Marcha, a aldeia de Sirarelhos marcaria a entrada na serra pura e dura, mais despida de vegetação, embora felizmente com todas as linhas de água bem cintilantes e sonantes. O rumo era a aldeia de Arnal, onde a organização providenciara um reforço alimentar bem variado e reconfortante, desde a broa de milho à morcela, à bola de carnes e a uma saborosíssima e quentinha sopa de cebola ... sem esquecer os tradicionais pitos de Vila Real, uns deliciosos pastéis recheados com doce de abóbora. O dia esplendoroso ajudou a que o convívio fosse ao ar livre, como mandam as regras em tempos de pandemia, mas o ponto de apoio foi o renovado refúgio do Grupo de Montanhismo de Vila Real, à entrada da aldeia.

Reforço alimentar no Refúgio de Arnal,
do GMVR - 12h50, com 11 km percorridos
We can fly
in Alvão
E assim vamos subindo a Serra, rumo a Lamas de Olo
Às três e meia da tarde estávamos junto ao paredão da Barragem Cimeira, acima já dos mil metros de altitude e próximo de Lamas de Olo, onde chegaríamos com 19 km percorridos.
Barragem Cimeira, 15h35, a 1070m altitude
No planalto ... temos Lamas de Olo à vista. E cruzado o Rio Olo estávamos no final da 1ª etapa da Marcha
Já com as cores do pôr-do-Sol, a barragem de Lamas de Olo deu-nos este belo quadro final de dia
1ª Etapa da 11ª Marcha Nacional de Montanha
(clique no mapa para ampliar ou aqui para ver no Wikiloc)
Por culpa da pandemia, este ano não houve o tradicional jantar de grupo, no sábado da Marcha Nacional de Montanha. Os participantes eram mais de 60, vindos dos "quatro cantos" de Portugal. Assim ... juntámo-nos 10 "Mano(a)s" e Amigos chegados à volta ... d'"A Mesa lá de casa" ... e à volta de umas belas postas transmontanas.

Domingo o despertar era um pouco mais tarde. O programa da segunda etapa era uma caminhada circular, de novo a partir de Lamas de Olo e tendo por temas a encosta poente do alto Olo e o cume da Serra do Alvão. Pouco depois das oito e meia estávamos assim a subir a serra, à vista da aldeia.

Lamas de Olo, 16.jan.2022, 8h40 - E lá vamos
subindo a serra ... com o Marão em pano de fundo
Pouco depois das onze cruzávamos de novo o Olo, já a caminho dos 1200m de altitude. Os lameiros verdejantes contrastavam com as cores invernais de alguns pequenos bosques. O rumo era agora o Alto dos Fornos e a cumeada da Serra do Alvão, fugindo o mais possível ao estradão das eólicas.


No vale do alto Olo ... que banho de Natureza ...
que música divinal...
Meditando e
contemplando...
Subida ao geodésico das Caravelas, cume da Serra do Alvão (1330m alt.)
Este fabuloso fim de semana aproximava-se do fim. Do cume do Alvão descemos a encosta da "fonte do marquês", de regresso à entrada de Lamas de Olo e aos carros, completando pouco mais de 14 km nesta segunda etapa, circular, da XI Marcha Nacional de Montanha.

Descida do Alvão de regresso a Lamas de Olo, terminando um fabuloso fim de semana de serra e de convívio
2ª Etapa da 11ª Marcha Nacional de Montanha
(clique no mapa para ampliar ou aqui para ver no Wikiloc)
E assim terminou esta XI Marcha Nacional de Montanha ... a primeira em que tive tantos Amigos chegados ... a que chamo "família" 💖. A Vida é para ser Vivida dia a dia ... todos os dias ... e neste fim de semana Vivemo-la! E se eu estava a precisar de um banho destes! Um banho de Natureza ... de espaços ... de despoluição física e psíquica ... de Amizade ... de Convívio! Obrigado a todos os que participaram e fizeram destes dois dias inesquecíveis ... particularmente àqueles que me acompanharam e acompanham mais de perto 🙏🤗.
"Gracias a la Vida ... que me ha dado tanto! "
E como que a dizer-nos que tínhamos vivido dois dias no Paraíso ... o Universo brindou-me a mim e aos meus companheiros da deslocação Lisboa - Alvão - Lisboa ... com estas magníficas cores de fim de tarde ... ao passarmos para cá dos montes...
Fechando com chave d'ouro um fim de semana de ouro 💖 (na auto-estrada A24, à saída ... dos montes do Marão / Alvão)

1 comentário:

Teresa Gomes disse...

Muito bonito e alguma aguinha para animar.