Seis amigos ... uma vontade comum ... eu diria uma necessidade comum:
caminhar ... apanhar ar ... espairecer! E esquecer ... esquecer este ano de
2020 que foi especial sim ... mas pelas piores razões.
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A ribeira tem água ou vai secar?... 😂 (Foto e legenda: Fernando
Damil)
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E portanto, no penúltimo dia do ano ... juntámo-nos ali num cantinho quase
colado ao MARL ... numa área urbana da grande urbe ... para irmos caminhar por
um bocadinho de serra onde mesmo assim ainda é possível encontrar trilhos ...
bosques ... cascatas ... e muita lama... 😉
O Fernando Damil, que sabe os santos dos dias todos, diz que hoje foi dia de
São Rugero ... e nós acreditamos nele. E o São Rugero deu-nos um dia de bom
Sol, intervalado de algumas nuvens.
Saindo do Quintanilho, ali quase em Vialonga, rumámos a oeste
contornando o MARL, em direcção à aldeia do Zambujal e ao vale do
Trancão. A várzea espraiava-se aos nossos pés, do Tojal ao
Caminho dos Peregrinos, com o Pico da Aguieira e
Unhos do lado de lá.
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Do Quintanilho aos Moinhos do Zambujal, na
encosta sul da Serra do Serves ... para depois subir o vale do
Trancão
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Trilho a meia encosta poente da Serra do Serves ... já com
Bucelas ao fundo.
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Estávamos agora a contornar as faldas da margem esquerda do
Trancão. É
quase impensável falar-se em trilhos de denso bosque ... no qual a Madalena se
apercebeu que tinha perdido um casaco ... que alguém tinha recolhido ... mas
avisando só quando já estávamos a voltar para trás numa tentativa de
resgate... 😂. E começávamos a ver também
Vila de Rei ... a zona
do arinto.
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Por belos trilhos que acompanham a margem esquerda do Trancão,
chegamos à vista das terras do arinto
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Agora ... era a subir a bom subir a encosta norte do Serves
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Pouco depois da uma da tarde estávamos no cume do
Serves, a 351 metros
de altitude. Perdi a conta às vezes que já ali subi, mas a panorâmica é sempre
sublime. Deixamos os campos de Bucelas e, a poente, o maciço vulcânico de
Lisboa, para se abrir, a sul, o vale do
Tejo, a Ponte Vasco da Gama e
mesmo, ao fundo, o perfil da
Arrábida, com o morro de Palmela
igualmente recortado. As nuvens que se tinham concentrado, algumas cores já de
pôr-do-Sol quatro horas antes dele, tudo nos fazia sentir ... que íamos entrar
no paraíso. E de certo modo íamos ... a descida seria pela
Mata do Paraíso!
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