"Não há nada mais gratificante do que o afecto correspondido, nada mais perfeito do que a reciprocidade de gostos e a troca de atenções" (Marcus Tullius Cícero)
Com este mote, recebi do Mano Vítor, antes da partida para o meu
Caminho das Estrelas, um convite para um fim de semana em terras do alto
Zêzere, com base nas aldeias de
Janeiro de Baixo,
Janeiro de Cima e
Orvalho. A ideia era percorrer parte do GR38, o chamado
Trilho dos Apalaches ... mas a ideia era também, principalmente, celebrar o encontro com uma nova fase da Vida ... de uma Vida de certo modo renascida em
Fisterra, lá nas terras do "fim do mundo" ... no memorável "
Caminho da Aventura" de 2014. Por caminhos, montanhas e vales ... os afectos nascem e crescem...
Com a minha estrela e os Manos Messias e Cristina, na sexta feira instalámo-nos em
Janeiro de Cima, na simpática "
Casa da Pedra Rolada". E no sábado às oito e meia da manhã encontrávamo-nos com o Vítor, a Paula e o resto do grupo, na aldeia de
Orvalho; no resto do grupo ... também estava a Mana Anabela.
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Orvalho, 4 de Junho de 2016 |
O "trilho português dos
Apalaches" consiste numa Grande Rota, com cerca de 37 km, situada integralmente na
Serra do Muradal, concelho de
Oleiros. O seu nome, "
Grande Rota Muradal-Pangeia", refere-se à emblemática montanha quartzítica onde se desenvolve, mas também ao continente que, há 200 milhões de anos, reunia todos os continentes actuais. Iniciámos o percurso na aldeia de
Estreito; um percurso sinuoso, como se esperava, mas com panorâmicas fabulosas.
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Ao longo da crista quartzítica do Muradal (Foto superior: Cristina Ferreira) |
Do geodésico do
Zebro (878m alt.) descemos ao vale da
Ribeira do Mosqueiro, com o almoço - e o banho, para os corajosos - junto às cascatas do
Poço Mosqueiro.
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Miradouro sobre a Ribeira do Mosqueiro |
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Descida ao vale, por entre uma floresta de fetos |
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Ribeira e cascata do Mosqueiro |
Avessa a grandes desníveis, a minha "estrela arraiana" aceitou de bom grado a proposta de darmos por terminado o nosso percurso em
Vilar Barroco, com 14 km percorridos; o resto do grupo ainda subiu aos cumes do
Muradal, terminando a jornada em
Orvalho. Mas a ideia subjacente a este fim de semana era, como escrevi no início ... celebrar o encontro com uma nova fase da Vida do meu "irmão" Vítor ... de uma vida a dois com a estrela que o passou a iluminar. A montanha ligou-os ... e daí esta celebração com os amigos da montanha ... entre montanhas, vales e afectos. E a celebração propriamente dita foi ao jantar, nas margens do
Zêzere, no restaurante do Parque de Campismo da aldeia de
Janeiro de Baixo.
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O Zêzere nas margens do Parque de Campismo de Janeiro de Baixo, 4.06.2016, 20:30h |
A manhã de domingo foi ainda dedicada a um troço circular da
Georota de Orvalho, muito idêntico ao que havíamos feito com os Caminheiros Gaspar Correia em
Maio de 2014 ... curiosamente pouco depois de os caminhos, montanhas e vales terem feito nascer e crescer os afectos agora aqui celebrados!...
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Georota de Orvalho, 5 de Junho de 2016 |
E com um almoço no excelente Restaurante "
Fiado", em
Janeiro de Cima, selaram-se as despedidas ... e os votos de que, por caminhos, montanhas e vales, os afectos continuem a crescer!
Vítor e Paula ... façam o favor de ser felizes!
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