No último sábado do ano,
os "Novos Trilhos" levaram-me ao coração da região saloia, numa caminhada circular com início e fim junto ao vetusto Convento de Mafra e passando por pitorescas aldeias, como Igreja Nova, Cheleiros e Carvalhal, pelos montes e vales da Ribeira de Cheleiros e do Rio Lizandro.
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28.12.2013 - Tínhamos começado uma bela caminhada por
montes e vales da região saloia |
Cheleiros, Igreja Nova, Mafra ... esta zona saloia trazia-me recordações de infância, já que há 50 anos era por aqui a velha estrada que da Amadora, com meus pais e irmão, me levava à praia de
Santa Cruz.
Com a
Serra de Sintra ao fundo, por volta das dez horas parecia que vinha lá grande borrasca, mas o dia foi maioritariamente solarengo ... apenas com um pequeno "dilúvio" quase no final, quase a entrar de novo em Mafra.
O primeiro vale foi o da
Ribeira da Mata, junto às aldeias de
Mata Grande e
Mata Pequena. Uma velha ponte da época romana parece perdida no meio das silvas que a ladeiam, mas à entrada de Mata Grande a bonita
Fonte da Bica encontra-se bem recuperada, orgulhosa dos seus mais de 120 anos de história.
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Descendo para o vale da Ribeira da Mata |
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"Perdida" nas silvas, a velha ponte de |
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época romana sobre a Ribeira da Mata |
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Fonte da Bica (de 1889), à entrada de Mata Grande |
A aldeia de
Mata Pequena tem a curiosidade de já ter sido uma aldeia abandonada mas que, actualmente ... pode ser alugada total ou parcialmente! A
aldeia de Mata Pequena constitui um inovador projecto de turismo de habitação, exemplo possível para tantas outras aldeias por esse país fora.
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Ao longo da Ribeira da Mata ... |
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... e da Ribeira de Cheleiros |
O percurso ao longo da
Ribeira da Mata, até Cheleiros, tem troços paradisíacos, de frondosa vegetação ribeirinha. Pena é que as águas não sejam mais límpidas. E
Cheleiros oferece igualmente belas imagens, com a sua ponte velha, de construção possivelmente do período medieval, tendo sido realizada sobre uma antiga estrutura romana.
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Cheleiros, à volta da sua Ribeira e das pontes, a velha e a nova |
Cheleiros marcou o extremo sul desta jornada. Dali rumámos a noroeste, rumo à aldeia do
Carvalhal, deixando na colina oposta a aldeia fantasma de
Broas. E mais uma vez o curso do rio, agora do
Lizandro, antes e depois do Carvalhal, empresta à paisagem imagens a que apenas falta o azul das águas.
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Um belo campo de azedas, quase à entrada da aldeia do Carvalhal |
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O Lizandro na aldeia do Carvalhal |
Do Carvalhal subimos ao Alto do Timóteo, de onde já se avistavam os torreões de Mafra. Cruzada a A21 ... o já referido "dilúvio" obrigou-nos a abrigar num providencial lavadouro público ... mas foi de curta duração e
Mafra recebeu-nos antes das três da tarde. Tínhamos percorrido cerca de 22 km em sensivelmente 5 horas e 15 minutos de andamento ... pelos montes e vales da região saloia. Previsivelmente a última caminhada do ano de 2013...
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Mafra, com destaque para a velha Igreja de S. André. Mas ... vinha lá borrasca... |
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... que se concretizou! |
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Valeu-nos um tradicional lavadouro público. |
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Na recta final... |
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E antes das três da tarde estávamos de novo em Mafra |
1 comentário:
Parabéns pelo espetacular percurso que fizeram!
Excelentes fotografias!
Um abraço,
António
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