Em Maio passado,
três jornadas consecutivas lançaram-me na senda das primeiras águas que correm para o
Côa, percorrendo as primeiras barrocas e ribeiras que, com mais ou menos caudal, fazem dele o grande "Rio Sagrado". Agora, passada a estação estival e recomeçadas as chuvas, aproveitando uma longa estadia em
Vale de Espinho, era altura de continuar aquele projecto, avançando para oeste, entre os Foios e Vale de Espinho.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZb6RMCtA76DvwGwqgJ4fFB-VZBdeU0Y_GAWuAY_ypkwuDjCBZklBHyFHpOxkv0qEQjC_S_1h4R1LSibar-AIRoQoUPOaO6Lr_QkAXw1FvKeInhLrpAp95WFQRYegkqDKEXaIJsfiRq69N/s400/070.JPG) |
A caminho da Fontanheira, 20.10.2012, 9:30h, 5ºC
A terra liberta os seus mistérios... |
Para oeste, da cumeada dos
Fontanhões e da
Arraia descem para a margem esquerda do Côa essencialmente três linhas de água: a ribeira das
Colesmas e o ribeiro
Salgueiro, e, mais a poente ainda, o
Ribeiro do Meio, que depois se "transforma" na
Ribeira dos Abedoeiros. Os dois primeiros - Salgueiro e Colesmas - juntam-se a poente do Cabeço do
Canto da Ribeira. Infelizmente o canto das ribeiras já não faz jus a este atractivo topónimo; grande parte das linhas de água estão secas, e onde não o estão a água cintila e canta pouco. Tenhamos esperança num inverno chuvoso, que as ponha a cantar.
No sábado passado, dia 20, não saí cedo para esta jornada. Já passava das 9 da manhã, uma manhã soalheira, depois de dois dias e meio de chuva quase ininterrupta; soalheira ... mas com 5ºC que se notavam bem nos campos, libertando os seus mistérios sob a forma de nevoeiros mágicos, misturados com as cores do Outono que avança a passos largos.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmFPNdvREgk56QoqpFCr39DftOl4R5OWL60aMkAaZFCkVd2VssZNip4mBUIx6rSbK20srYRrb3LtNN1MWjUPwFerS40M-0ujxAAi4WqXw6y4HQ1etcGtRMRZ_7QulyXHDu6W1lnHF7UpHe/s320/077.JPG) |
quadro de magníficas cores outonais
|
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7MFGvn3O4khOwcuhPrmMqrebLdnyMigEdAuLvUhMtUXWzLEZgW1hycRs9lG-yLXUJU0yy-UGRqTbRKgtpMBMYmxGLQmMQwb_YNhOetQ_s6Iv_6sxCGL0EVOh1L99WdIMMglsKKtOQUFmR/s320/071.JPG) |
Junto à casa florestal do Canto da Ribeira, num
|
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhIP-jCWPqEGJRranRyBRpgnsyamg_Dt4hz9X4zYcBO-XXb0WaEvxkkdIpRgYC3DtjFCropRxcf1kgpbS2Gfeten5ldpkmStsu3InKndo4BN29tCoR1bRB9Ns6W765zn1xUfiLt6CzoDyw/s320/096.JPG) |
Para um belo |
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTPDujt-1NMojwjtBiP2XI9Pj9ILOk13onvKmqjqbxXleWa7_eofil2Ta_IevkR4SglnqIPdwr1PEikCFVz8iFvSnoM-kLZsTe3i_c8J7ob1RESTCObjOlipLDMH9R6O3eaouPORrjGoX1/s320/097.JPG) |
arroz de tartulhos... |
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiG2pQk46TtPqA9ZASEUfWUFriUyAL0MqGekLKAeZmVSTrS3-swpa2jOR0KcNVc3ZefDOjM9-ENoLHhlgDt1MAcBTuO1PB1_uIctsODuzIm3JOzqVvQQTS-YbcyvT1vcftiahbx7e3dA3a2/s640/102.JPG) |
Cabeceiras da Ribeira das Colesmas, 20.10.2012 |
Cruzei o Côa na
Fontanheira, rumo à casa florestal abandonada (como todas...). Várias pequenas linhas de água provêm da raia, para formar a ribeira das Colesmas. Percorri o mais possível essas cabeceiras, só vendo de quando em quando pequenos vestígios de água. Mais abaixo, contudo, a ribeira já era ribeira. Desci-a até onde se lhe junta o ribeiro Salgueiro ... voltando depois a subir de novo em direcção à raia, acompanhando o bonito curso daquele. Tal como em Maio ... foi frequente saltar muros e arames...
J.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizCTTqTe-eiM_BRA9iHLO7Fy3MD4kmjYFmU5uVIHA2byTXmWW-Zs4UwUVF0FXbU_gSOQnGhGeI6oDceRf-hWiubeXbz5zo-BRVsZJsdTLkQ7WGAcYzL5MZH1Qw1GFPEBWs79AAaTEKw2tu/s200/105.JPG) |
Ribeira das Colesmas, |
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhf919Gl_lpvH9z6Uu2EK1qQ7RMLfDRP48_OxZs1K8NHf2MfuQXZaZGUmZG0Hp-15zcNC1dDBPrOnyQG8CQex3SpUtmE1scVQgXmaB-b3eDQeaqKU7SpSjVhEbHFPV6QNkI-IjMdAl0X7-6/s640/107.JPG) |
pouco antes da foz do Ribeiro Salgueiro, 20.10.2012 |
![](http://1.bp.blogspot.com/-uzhB7QmmjkM/S5f8krgrNlI/AAAAAAAAGzw/9JnYkGnTk54/s640/SNC00062.jpg) |
Vale da Ribeira das Colesmas, já próximo da foz no Côa, 10.03.2010 |
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0-nZpG7MX5KbP5uj5Ua1bUKHSQc35uq8kB9ECJHj0qghH1rOnLKoYvXKG54uutSucMZPymMx98Wuihvc0whisb9AOJv1ziFYKIOqOkrmbT__JMV0ddAAe2_deSwl2-QxdZdOW9DqzS2Zv/s640/115.JPG) |
Subindo o vale de Ribeiro Salgueiro, 20.10.2012 |
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6hEuZaw23cbzVNESweqqHA3Yl8BomnxQ2v7gNQZ6LIW8DNP7XkfR8CkGAL4EMzrkuDYtq2bDyNmLkehmcdVDndf0amVrEMH-nHmCVfwumXtG3XiAkUSoJVXdTgxZC5N2DZWMSZVXHBQGR/s640/138.JPG) |
Quinta do Rato, no vale de Ribeiro Salgueiro |
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX65YRSWIbEGBJlBbIVe-rdyrma3BRdLTAGty9vXw_SD463YuMlbHDTzs8OGby0S-ZmNLfsODJzcR5oLXr6dr-iWk_yiArP2XqGThDqbd8DAM8AMLkLhPiTV9CYLAzlgFZ1CMFBGBGvibU/s640/141.JPG) |
Na raia, perto do vértice onde se juntam os limites das Beiras e da Extremadura espanhola |
Retomei a descida acima da
Quinta do Rato e muito perto do vértice onde se juntam os limites das Beiras e de
nuestros hermanos, agora ao longo do vale do
Ribeiro do Meio e atravessando a
Quinta do Passarinho. Entre os morros do Cabeço Redondo e da Cruz Alta, as cartas topográficas passam contudo a chamar ao Ribeiro do Meio
Ribeira dos Abedoeiros, designação por que é mais conhecida e que perdura até à sua foz no grande
Côa, não muito longe das
Veigas, do velho "
Engenho" e da velha ponte romana de
Vale de Espinho.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFZOcSLUGWQ-7g4EwQzNeuntLyi9tbHndqdUtcAJWgduYp6CE9y-sykvPBWWymxUY37WumyMdPEXuieVh69xZBwq9347TNzd1f6FzOt5gzcLQz9QOhuLlSToPTo9sLhGIOuRRkiiF6dOWS/s640/144.JPG) |
Quinta do Passarinho, 20.10.2012 |
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFmNsXxBTfeQ98SuGldbyLW39hM2VxG90HbJy_LbHhvQ8l4e28TVFwXMe-tOmKup4i9HUxfLIFRcDsJGIZBANIfGk-WOCQloO8QGMOJtyq9LpCVd8vRF6IZsduHxxAGloMrUPWLT32gJqN/s320/154.JPG) |
Quinta e charca no |
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgxzEuNWhy0bTu6reyCW4taLDwCI_xnna7X08ikq3zgE52369_CiW6JIW5CFuQYkTh7x_3aF_6l4-0FH2mPLneCZWcIdBtoqk-ivKWWjuyxiFgM2j7d2D3-JDR5ndF_CYzadXYvXZWtOrs/s320/155.JPG) |
Ribeiro do Meio |
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFoUZ8QbHuBMe4gcKHnrE9RTxZgf7f44DjP_KTOAG8P8awm_3ahQXoVEqmpdaRFQMeobplIlSu9RDxvIbsvZOXHEulX7UOCmY0RUXsB6F4nqU6mgI242vLASHK1DAfvOthAzEZSR-qwetD/s640/167.JPG) |
Ribeira dos Abedoeiros |
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtM4p-EInJc_R9qJozr_VuftqVq9NeT_b5svfg7TcdkcMbKmIIw6B5_X6-9L7EnIg7S0UFljPGqgb9g-oZXXLKrC-Qb35IwkmMY91CnASbf5N7pclPOW_64axlQGZlZOCYPq_NzblXf9Mk/s640/176.JPG) |
Vale da Ribeira dos Abedoeiros, já próximo da foz, no Côa, 20.10.2012 |
Com 22 km percorridos, estava terminada mais uma bela jornada na senda das águas que correm para o Côa! O álbum completo de fotos pode ser visto no
Picasa, como habitualmente. E aqui fica também o percurso desta "peregrinação".
Sem comentários:
Enviar um comentário