Quatro anos depois de deixar o ensino, fiz hoje um pequeno percurso pedestre na Serra de Sintra ...
com alunos. Um companheiro da minha habitual "família" Caminheira convidou-me a acompanhá-lo e aos seus alunos de fotografia nesta curta caminhada, muito idêntica à que, em 1992, organizei para o meu velho Clube "Amigos da Natureza". Foi por isso um reavivar de memórias escondidas na bruma de 20 anos ... até porque o dia esteve de brumas e cacimbas ... ou não fosse Sintra o Monte da Lua de todos os segredos e misticismos...
"Sintra de há mil séculos, caminho das estrelas que nos conduzem a casa, Sintra das noites de tempestade, oculta da realidade, das nossas memórias acesas, dos templos que não foram construídos, para além de toda a lógica dos sentidos, Sintra dos segredos embutidos nas histórias e nos caminhos secretamente percorridos, Sintra onde houve, e há, um tempo para além do absurdo, do possivel, onde o incrível é do tamanho do mais alto grito, mudo e atirado connosco para o infinito, para onde as respostas, gastas e insistentes, se derramam como os passos num caminho sobre o asfalto, e o milenar granito..."LM Vendeirinho
Tal como há 20 anos, o transporte foi de comboio na ida e na vinda. E por velhas calçadas e escadinhas lá fomos subindo, até "sobrevoarmos" Sintra do Castelo dos Mouros e dos acessos à Pena. Mas, diferente de há 20 anos ... actualmente para ir à Cruz Alta é obrigatório o pagamento da entrada no Parque da Pena ... que não é barato. Tratando-se do ponto mais alto da Serra de Sintra, a 529 metros de altitude, é no mínimo anacrónico este acesso proibitivo.
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