Ontem chegámos a Lobios, terminada a nossa "aventura" do solstício, no Gerês. Hoje ... deambulei pelo planalto de Castro Laboreiro, em demanda de um percurso viável para fazer com a "família" Caminheira, daqui a pouco mais de um mês, na actividade de verão. Lobios é uma boa base para explorar toda esta zona, de ambos os lados da fronteira. Mas esta ronda por terras de Castro Laboreiro acabou por ser uma caminhada a solo; a minha valente acompanhante ... preferiu descansar, em Lobios ... e recarregar baterias para as "aventuras" que nos esperam em Somiedo!
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22.06.2011 - Miradouro do Gerês / Xurés, na estrada Entrimo - Castro Laboreiro |
Assim, pouco depois das oito da manhã, saí do "Lusitano" rumo a Entrimo e à fronteira da Ameixoeira. A ideia original era uma caminhada circular baseada no "trilho castrejo", um dos diversos trilhos marcados daquelas terras "perdidas" no NW do Parque Nacional da Peneda-Gerês e de Portugal. Castro Laboreiro seria o ponto de início e fim da caminhada, mas agora, nesta prospecção, eu podia começá-la na aldeia de Curveira, na estrada entre a fronteira e a vila. E em boa hora o fiz...!
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Aldeia de Curveira (Castro
Laboreiro), 9h:25 - Vai começar a "Ronda de Anamão" |
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Um belo exemplar de Castro Laboreiro |
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E atravesso a aldeia de Curveira |
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Rocha do Bico do Patelo, sobre o vale da Curveira |
Após uma pequena descida para a ribeira da Curveira, o trilho sobe a bom subir, ganhando rapidamente uma perspectiva quase aérea sobre a zona a sul de Castro Laboreiro, até ao
Alto das Manguelas, a 1050 metros de altitude. Depois, entro num mundo completamente rural, onde pessoas e gado se misturam na lavoura das pequenas parcelas de terra que se me deparam. Inflectindo agora completamente para SE, começa a surgir no horizonte a silhueta enorme da
Pena de Anamão, silhueta que, à distância, eu já conhecia até da grande caminhada das Sombras, em Outubro passado.
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Alto das Manguelas (1052m alt.): panorâmica sobre a Curveira e a zona a SE de Castro Laboreiro |
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Mundo rural...! Por trás, começa a
surgir a Pena de Anamão |
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Aqui trabalham-se os campos! |
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Pena de Anamão, face norte |
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No cruzeiro de Anamão |
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Panorâmica para sul: ao fundo ... o
Gerês! |
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O "monstro" de Anamão |
A
Pena de Anamão é um monolito granítico que se vislumbra de quase todo o território de Castro Laboreiro e do Gerês luso-galaico. Tendo possivelmente vestígios de cultura castreja, deu mais tarde origem à edificação de uma pequena Ermida, a sul do Cruzeiro de Anamão. Embora não muito longe, a Ermida ficava contudo fora da rota. Do cruzeiro segui para as aldeias de
Seara e
Padrosouro, através de belas panorâmicas do planalto castrejo.
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Elementos naturais |
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Aldeia de Seara |
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A caminho da aldeia de Seara |
Depois de
Padrosouro, o trilho desce entre muros de pedra, sempre com belas panorâmicas. A
Pena de Anamão continua altaneira, vigiando o horizonte. Um troço de alcatrão faz-me voltar atrás, procurando um velho trilho que a carta assinala. E encontro-o; com os Caminheiros, desceremos esse velho trilho até à ponte de
Cainheiras, outra aldeia "perdida" no planalto de Castro Laboreiro.
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Entre Padrosouro e Cainheiras, vou-me afastando do Anamão |
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Ponte de Cainheiras |
Por esta altura começo a abandonar a ideia de fazer o trilho castrejo completo, com o grupo. Não sendo difícil, o percurso já feito apresenta contudo a grande subida entre Curveira e o Alto das Manguelas; e o resto não é propriamente fácil para alguns elementos do grupo, além de que em
Castro Laboreiro também convém ter algum tempo de visita. A caminhada, no próximo mês, pode portanto terminar na aldeia de
Bico, abaixo de
Cainheiras, ou então mantê-la circular ... se encontrar um caminho entre Bico e
Curveira sem ser pela estrada. À procura dessa hipótese, atravessei a aldeia de
Bico ... onde não vi vivalma. Sem trilho mas em terreno bom, fui-me aproximando de Curveira, a leste da estrada ... mas quando o declive se acentuou a vegetação também aumentou substancialmente. E foi através de um denso emaranhado vegetal que cheguei às proximidades da aldeia ... onde ainda havia uns muros para saltar! Decididamente ... para o mês que vem não será por ali...
J!
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E, por montes e vales, desço da aldeia de Bico para a de Curveira; o caminho por enquanto ainda era transitável... |
E depois desta pequena "aventura", o carro lá estava à minha espera, em
Curveira. Ainda fui a
Castro Laboreiro e ao seu castelo, visitando no caminho a simpática tartaruga de rocha que ali jaz há milénios. Regressado a
Lobios ... postei as fotografias no
Picasa e escrevi estas notas ... que no entanto só serão publicadas quando o "Por fragas e pragas..." chegar à actualidade...
L!
Amanhã vamos sair de Lobios e do Gerês ... rumo a outras terras mágicas... J!
1 comentário:
Conheci esta regiao este ano, e fiquei deslumbrada com tanta beleza! Todo aquele planalto é sagrado....voltarei um dia,nem que seja pelas minhas cinzas, que escolhi aí serem derramadas!
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