Em "ano especial" ... este "rapaz pacato", que há mais de meio século começou
a sua vida de ar livre, não podia faltar ... tanto mais que iria participar em
família, com três dos "Mano(a)s" que o Universo lhe trouxe. E assim ... sexta
feira à tarde foi a viagem para Mondim de Basto, o "acampamento base"
da maioria dos participantes, mais uma vez vindos dos mais diversos grupos de
montanhismo e ar livre de quase todo o país. Pela 5ª vez consecutiva
representei o
Clube de Montanhismo da Guarda, o meu distrito adoptivo ... e arriscaria dizer que esta foi a melhor edição
de sempre em que participei, a todos os níveis. Dois percursos fabulosos, dois
espectaculares dias de Sol de Inverno, panorâmicas fabulosas, luz e cores numa
atmosfera límpida, o som das abundantes águas do Olo e de outras
linhas de água, o estar em família e o convívio em geral com todo o grupo, do
qual uma larga maioria são já "velhos habitués" desta excelente organização
... tudo contribuiu para um fim de semana inesquecível.
Próximo da Capelinha do Fojo, com o Monte Farinha à
vista, e próximo de Alvadia, 28.Jan.2023, 08h20 ... com 4º
negativos...
A "primeira etapa" da Marcha, sábado, começou próximo de Alvadia,
vertente norte da Serra do Alvão, para onde os participantes foram
transportados de autocarro desde o Fojo, local já habitual de
2 Manos enregelados, na encosta do Cabeço da Portela
concentração e onde terminaríamos a travessia, ao final da tarde. Não ilustro
esta "crónica" com muitas fotos ... já que a ilustro com um pequeno vídeo que
as engloba e no qual procuro mostrar ... o inilustrável. No sentido nordeste /
sudoeste, esta etapa de travessia caracterizou-se pelas amplas panorâmicas,
cruzando o planalto de Bentozelo e as aldeias de
Travassos (onde tínhamos o tradicional almoço),
Bilhó e Vila Chã.
À conquista do Planalto de Bentozelo (956m alt.),
11h15
Do cume do Bentozelo a vista alarga-se para norte, até terras do
Gerês e de Manzaneda, mais a leste, onde se percebia bastante neve. Mas a
sudoeste o Monte Farinha (ou da Senhora da Graça) sinalizava o nosso
rumo ... com o reforço alimentar a cargo da organização, como habitualmente,
na aldeia de Travassos. À semelhança do ano passado ... uma saborosa
sopa de cebola fez as delícias dos "adoradores" de cebola (conheço um...) ...
e a quase "repulsa" de outros... 😂
Cascatas da Fraga Negra, ou de Bilhó, 16h50
E a chegar ao Fojo, em final da "1ª etapa" da XII Marcha
Nacional de Montanha, 17h40
Com 25 km nos pés e os pulmões e a alma cheios de ar puro, regressámos ao
"acampamento base" de Mondim de Basto, onde à noite se realizou o
tradicional jantar convívio da Marcha,
com a também tradicional entrega de lembranças aos participantes e aos grupos
e clubes representados.
A etapa de domingo, mais curta e circular, pode-se dizer que teve como polo
dinamizador o Rio Olo, conhecido pelas suas famosas
Fisgas de Ermelo, onde
há quase 30 anos
levei alunos, nos tempos áureos do "meu" ensino, e onde voltei várias vezes.
A segunda jornada da XII Marcha Nacional de Montanha começou no alto
da Toutuça ... aqui em foto de família 💞
Aldeia de Varzigueto e lameiros junto ao Rio Olo, a
norte das Fisgas de Ermelo, 29.Fev.2023, 9h55
Mas a XII Marcha Nacional de Montanha mostrou-me que afinal ... eu não
conhecia as Fisgas de Ermelo. O que conhecia, na margem direita do rio,
são os miradouros onde "toda a gente" vai ... e de onde se vê uma pequena
fracção das espectaculares "varandas" da margem esquerda, acessíveis por
trilhos a partir da aldeia de Varzigueto. Com a quantidade de água que
felizmente nos tem regado ... seguir estes trilhos é uma sucessiva descoberta
de novos ângulos, cantos e reflexos.
Fisgas de Ermelo, vistas dos miradouros do alto da
Cabeça Grande, na margem esquerda do Olo
Muito para além das fotos ... vejam o vídeo. Era quase meio dia quando
regressámos à aldeia de Varzigueto ... onde a
Taberna Martins se encheu e "distribuiu" belas sandes de presunto, queijo, cervejas,
cafés, enchidos...; meia hora de paragem ... e depois foi cruzar de novo o
Olo, contornar a Serra da Tontuça ... e regressar ao ponto de
partida ... com a alma cheia.
Ainda com o Rio Olo e a aldeia de Varzigueto à
vista ... e de regresso ao alto da Toutuça, com o
Monte Farinha à nossa frente
Era assim chegada a hora da despedida, que nunca é um adeus ... é só um até
breve; neste caso ... até de aqui a um ano. O
GMVR e
a FPME estão de novo
de parabéns por esta festa do ar livre, do convívio,
da paixão pelo montanhismo e pedestrianismo que juntou cerca de 8 dezenas de
apaixonados ... por esta festa da Vida. Quanto a nós, os 4 "Manos" que mais
uma vez nos juntámos ... ainda fomos provar um cabrito serrano na
Campeã ...
no regresso à base da grande Lisboa. Acabámos de Viver um fim de semana que, a
todos os títulos, ficará nas nossas memórias. E antes das oito horas já estava
no "ninho" ... onde me esperava uma certa estrelita arraiana 😍
Vídeo de 9 minutos deste fabuloso fim de semana da XII Marcha Nacional de
Montanha
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