"Saímos do Clube de Futebol da Azoia, descemos em pé posto para as paredes de escalada rochosa, descemos à Praia da Baleeira, Forte da Baralha e Chã de Navegantes até ao Espichel.
Passaremos pelas falésias dos dinossáurios, Praia da Foz e regressaremos a Azoia (~22 Km durinhos)."
Rezava assim o convite que, há umas semanas atrás, um dos meus mais movimentados companheiros de "aventuras" lançara no Facebook. Apesar de conhecer ... não podia deixar de aceitar o desafio...
J
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Litoral da Serra da Azóia, Arrábida, 25.Março.2014, 9:15h |
E o desafio foi tão "durinho" ... que os 22 km se reduziram a 18. Com algumas semelhanças com o primeiro de dois dias em
Novembro de 2013, começámos por descer às paredes rochosas da
Serra da Azóia, ricas em grutas a convidar a uma viagem à pré-história.
Junto ao
Casal da Serra, ruínas viradas ao mar continuam a contar a história de uma construção desregrada. Descemos aliás quase até ao mar, ao longo do que resta do muro de vedação daquela antiga propriedade.
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Grutas nas paredes rochosas da Serra da Azóia
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Directo ao mar... |
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E vá de trepar... |
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E vá de descer de novo... J |
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Vista para nascente, a caminho da Praia da Tranca |
Sempre com rumo a ocidente, fomos calcorreando as falésias, sempre à espreita de possíveis caminhos entre diversas varandas de pescadores. A Primavera incipiente já se faz sentir por aquelas paragens...
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Garganta da Ribeira da Praia da Tranca |
Pouco depois das onze horas estávamos na
Praia da Baleeira,onde também havíamos descido em
Novembro de 2013. O esforço dispendido e a beleza do local levou a uma primeira maior paragem ... e um primeiro "pic-nic" com o farnel que cada um levou...
J.
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Descida à Praia |
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da Baleeira |
No regresso ao cimo das falésias, reparámos numa autêntica "cova" no azul profundo do mar. O que seria? Um OVNI que ali mergulhou...
J? Efeito de ventos cruzados, provavelmente.
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Há uma "cova" no Azul Profundo do Mar... |
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Terá sido um OVNI?... |
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E já de novo sobre a Praia da Baleeira |
Da
Baleeira rumámos ao
Forte da Baralha, depois de contornar o vale da
Ribeira da Mareta. No
Forte da Baralha, a imaginação leva-nos sempre para longe deste tempo e deste mundo...
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Forte da Baralha ... um convite à contemplação e à meditação |
Pela
Chã dos Navegantes e o seu monumental arco natural, continuámos em direcção ao
Cabo Espichel. No regresso ao topo das falésias, surgiram-nos núcleos de
Euphorbia pedroi, a eufórbia da Arrábida, ou trovisco, endemismo apenas presente nestas arribas e escarpas calcárias.
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Chã dos Navegantes, a oeste do Forte da Baralha |
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Arco natural na Chã dos Navegantes ...
e os "Fernão Capelo" da costa encantada da Arrábida |
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Rumo ao Cabo Espichel |
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Subida das arribas a oeste da Chã dos Navegantes |
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Núcleos de Euphorbia pedroi, |
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endemismo destas escarpas da Arrábida |
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Cabo Espichel ... onde a terra se acaba e o mar começa... |
Eram já duas e meia quando chegámos ao
Cabo Espichel ... onde a terra se acaba e o mar começa ... e onde estava, como ali é habitual, um vendaval que quase nos levava a voar nas nuvens, que aliás por instantes despejaram grosso aguaceiro. E da ponta do Cabo contornámos a
Praia dos Lagosteiros, para ir ver as lajes calcárias de ambas as encostas desta praia, onde há milhões de anos se passeavam os dinossáurios que ali deixaram o testemunho da sua passagem.
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Nas pegadas de dinossauros das |
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arribas da Praia dos Lagosteiros |
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A Praia dos Lagosteiros e a famosa Pedra da Mua, vistas da arriba Norte |
A
Praia dos Lagosteiros e as pegadas da
Pedra da Mua trouxeram-me, claro, a recordação das várias vezes que, por incrível que possa parecer, a subi com grupos de alunos, creio que a última vez
em 1999 ... numa "pré-história" não tão antiga como os dinossauros mas quase...
J
O projecto era de avançar ainda para norte até à
Praia da Foz, para depois regressar ao ponto de partida mais ou menos ao longo do vale da
Ribeira das Lajes. Mas a caminhada tinha realmente sido "durinha" e as horas aconselharam ao regresso com uns quilómetros a menos. Passava já das quatro e meia da tarde quando voltámos ao campo de futebol da
Azóia, no fim de mais uma bela (e "durinha"...) actividade em terras da
Arrábida. Obrigado, mais uma vez, ao "mentor" destas "expedições" à Arrábida...
J
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