Ao longo dos anos, fui conhecendo todos os meandros do
Côa no concelho do
Sabugal, bem como os moinhos que outrora transformavam o grão em farinha. Nas diversas caminhadas a que chamei a "
descida pedestre do Côa", em 2010 e 2011, percorri mesmo todo o curso do Côa no "meu" concelho.
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Sabugal, 8.03.2014, 8:45h - Rio Côa, tema central desta actividade |
Mas apesar de já conhecer, um convite para participar numa caminhada de "descoberta" do Côa no Sabugal ... tornou-se irrecusável. Organizada pelos Caminheiros "Diz que sim", um grupo de caminheiros da
Serra da Estrela, na cidade da
Covilhã, o dinamizador desta caminhada era um amigo de longa data ... que até hoje o era apenas virtualmente...
J. Era chegada a hora do conhecimento pessoal ... e numa actividade pedestre melhor ainda! Por outro lado, sendo uma actividade aberta, sabia de antemão que vinham alguns meus companheiros de anteriores "aventuras". O grande atractivo da caminhada era a presença quase constante do rio, do vale e das suas margens.
A minha "pequena arraiana" hoje também me acompanhou. Mas a infeliz circunstância do falecimento de um familiar próximo, em
Vale de Espinho, obrigou-nos contudo a regressar antecipadamente à aldeia.
Partindo de junto à nova ponte do Côa, o percurso começou por atravessar o centro histórico do Sabugal, incluindo o Largo do Castelo, para logo descer à zona ribeirinha, pelo caminho da Devesa e da Cavada, na margem direita do Côa. Tivemos então ocasião de atravessar o paredão da
Barragem da Srª da Graça, que armazena a água que virá durante os meses secos a irrigar os campos da Cova da Beira.
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Subimos ao belo |
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Castelo das 5 Quinas |
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O Sabugal, visto da Cavada |
Atravessado o paredão da Barragem, chegámos ao Centro de Educação Ambiental da Reserva Natural da Serra da Malcata, que igualmente atravessámos. Mas nem lá nem noutro local tivemos a sorte de observar alguma das várias lontras que já povoam novamente o rio.
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No Centro de Educação Ambiental da Reserva Natural da Serra da Malcata |
Já de novo no sentido sul/norte, rumámos à açude do
Cascalhal, em cujo pontão regressámos à margem direita, para visitar o velho
Moinho do Cascalhal e o seu sempre simpático proprietário, o amigo Zé Martins, que com os seus mais de 90 anos continua a fazer chegar a água ao seu moinho e a moer o seu grão! E do Moinho do Cascalhal à Praia Fluvial do
Sabugal fomos sempre bordejando o rio … até às mesas onde a organização tinha providenciado um simpático reforço alimentar.
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O Côa junto à açude do Cascalhal |
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Moinho do Cascalhal |
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Belas margens do Côa, entre o Moinho do Cascalhal e o Sabugal |
Na praia fluvial do
Sabugal, pelas razões já invocadas, abandonámos o grupo, com pena, para regressarmos a
Vale de Espinho. O grupo seguiria até à zona dos Moinhos da Volta, onde o Côa, nos seus meandros, se dirige já para a Quinta das Vinhas.
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E o Côa segue o seu curso... |
Sem dúvida uma excelente organização, estando bem evidentes o cuidado e o gosto postos nesta actividade. Aos Caminheiros "Diz que sim" e ao seu dinamizador ... os meus sinceros parabéns!
1 comentário:
Foi sem dúvida uma bela caminhada pelas margens do Rio Côa, muito bem organizada e com a simpatia das pessoas sempre presente....como sempre superiormente documentada pelo meu amigo....um abraço
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