sábado, 18 de janeiro de 2025

Regresso à Tapada de Mafra ... nos 40 anos do GCGC

Ao longo de meio século, desde os anos revolucionários que se seguiram ao 25 de abril de 1974, muitas foram as vezes que os bosques, os vales e as colinas da Tapada de Mafra conheceram o autor destas linhas e a sua "colega especial".
Tapada de Mafra ... 19.07.1975  😕
Nos "anos loucos" de 1974/75, como alunos da velhinha Faculdade de Ciências, com outros colegas e com o saudoso professor Carlos Magalhães, conhecemos aquele pedaço de Natureza ... chegámos a dormir lá, na "Pousada Real". Depois, mais tarde, já como professores, levámos largas centenas de alunos nossos a terem ali uma primeira abordagem às Ciências da Terra e da Vida, como então se chamava à disciplina que antes eram simplesmente as Ciências Naturais. Muitos desses alunos, também comigo, da Tapada de Mafra "deram o salto" para o Gerês, Doñana, S. Jacinto, Montesinho, Pirenéus, Cordilheira Cantábrica, Açores, Madeira...
Durante décadas, a Tapada de Mafra foi como que o cadinho que formou gerações. Ora, "velhinhos" de 40 anos, em 1985 nascia na Portela de Sacavém um grupo de Caminheiros que adoptou o nome da Escola em que nasceu: o Grupo de Caminheiros Gaspar Correia.
Vem tudo isto a propósito de, neste ano de 2025 em que o GCGC comemora 40 anos, a primeira actividade foi precisamente na "nossa" velhinha Tapada de Mafra, de tantas e tão boas recordações.

Tapada de Mafra, 18.01.2025, 10h00 ... quase 50 anos depois...
Num sábado bem soalheiro mas frio, a primeira actividade do GCGC no ano do 40º aniversário começou por um percurso de 10,5 km nos trilhos daquele velho pulmão com 280 anos de história. Os amplos horizontes deliciaram quem não conhecia a Tapada, mas, com um grupo tão grande ... a fauna mais típica - gamos, veados, javalis - andava fugidia.
O "sobreiro do Rei", o maior sobreiro da Tapada, com 385 anos e uma copa que ocupa uma área de 25 metros
Subida do Forno da Cal ao alto da Tojeira, um dos pontos mais panorâmicos e icónicos da Tapada de Mafra
Casa do Salabredo, a antigamente chamada Pousada Real ... onde há 50 anos chegámos a ficar alojados.
À esquerda, o rio Salabredo, também chamado Safarujo.
Regressados à porta do Codaçal, onde tínhamos entrado, à caminhada seguiu-se o almoço, no parque de merendas. E o programa da tarde era diversificado. Começámos por uma sessão de apicultura.
Uma assistência atenta, à sessão sobre apicultura
então sim, gamos, veados e javalis se deram a conhecer
Passeio em "combóio" eléctrico pela Tapada, durante o qual,
E para terminar esta bela tarde, tivemos ainda uma sessão de apresentação às aves de rapina da Tapada, nocturnas e diurnas. Naturalmente, uma sessão de falcoaria tinha de ser ao ar livre ... mas no final já estávamos todos bastante enregelados ... se calhar as próprias aves inclusive.
E com esta bela exibição, demos por finda a primeira actividade do 40º ano do Grupo de Caminheiros Gaspar Correia

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