A história de toda a região de Alcobaça está inevitavelmente ligada à presença da Ordem de Cister e à edificação, na confluência dos rios Alcoa e Baça, de um dos maiores mosteiros cistercienses do mundo.
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Junto à Igreja da Srª da Luz, 11.04.2015 - Começava uma Rota de Cister |
Nos passados dias 9 e 27 de Março, tinha-me deslocado já aos coutos de Alcobaça, com amigos caminheiros (na primeira daquelas datas também com a minha companheira das fragas e pragas da vida), com vista a desenharmos aquela que viria a ser a actividade de Abril dos Caminheiros Gaspar Correia ... actividade que hoje se concretizou. Desenvolvendo-se na freguesia de
Coz, que em tempos integrou os coutos de Alcobaça, o percurso resultou daquelas duas idas ao terreno, com vista a aproveitar o mais possível troços florestados e a incluir algum património de interesse histórico e religioso.
A caminhada iniciou-se junto à capela de
Nossa Senhora da Luz, próximo de
Castanheira e rumou à
Fonte Santa, atravessando explorações de argilas, onde existem algumas lagoas com diferentes cores e habitadas por patos bravos. A
Fonte Santa é uma fonte de mergulho situada no fundo de um vale coberto de densa vegetação e onde, segundo a lenda, apareceu Nossa Senhora da Luz, há cerca de quatrocentos anos; as suas águas teriam propriedades medicinais.
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Na fonte Santa, e através do túnel de vegetação que se lhe seguiu |
Através de um estreito e frondoso túnel de vegetação fechada, chegámos às imediações do
Rio de Cós, cujas encostas depois ziguezagueámos, ora pela margem esquerda, ora pela margem direita, até atingirmos a crista de escarpa sobranceira aos pomares de pereiras e à povoação de
Cós, donde sobressai o respectivo mosteiro, que havíamos de visitar no final da caminhada.
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Através dos belos campos e pomares nas encostas do Rio de Cós |
Na escarpa, chegámos à Ermida do Bom Jesus do Calvário, fundada no séc. XVII por um monge de Alcobaça e mais conhecida por
Capela de Stª Rita. Por ali almoçámos, admirando o vale que se estende para poente.
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Na escarpa sobranceira à Castanheira, Cós e Póvoa |
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Cós e o seu Mosteiro, da escarpa |
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Capela de Santa Rita, ou do Bom Jesus do Calvário |
Rumo a sudoeste, descemos da escarpa para a povoação da
Póvoa, que atravessámos. Atravessado também uma última vez o
Rio de Cós, era agora hora de subir ao
Cabeço da Póvoa, que dos seus 111 metros de altitude permite ver o mar, destacando-se, mais a sudoeste, a baía de
S. Martinho do Porto.
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Entrada em Póvoa, pequena povoação entre a escarpa que ladeia o Rio de Cós e o Cabeço da Póvoa |
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Vista do Cabeço da Póvoa para poente: ao fundo ... o mar |
A caminhada terminou na estrada
Maiorga - Cós.
Cós é uma povoação muito antiga, cujo nome foi atribuído aos fenícios, que a terão fundado em meados do século VII a.C.; foi uma das vilas dos Coutos de Alcobaça. O
Mosteiro de Santa Maria de Cós pertencia à Ordem de Cister e começou por ser um recolhimento para viúvas, tendo evoluído para um mosteiro de monjas, já existente em 1241.
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Mosteiro
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de Cós
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À data da sua fundação tinha uma organização autónoma, vindo a filiar-se, mais tarde, e a depender, do Mosteiro de Alcobaça. E em
Alcobaça, a actividade não poderia terminar ... sem uma pequena prova de doçaria conventual ... para despedida das rotas das monjas de Cister...
J.
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O Rio Alcoa ... |
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... e o belo Mosteiro de Alcobaça |
Pessoalmente ... brevemente deverei voltar a passar por
Alcobaça. Outras "fragas" ... outros rumos ... outros Caminhos...
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