quarta-feira, 17 de agosto de 2011

De Vale de Espinho à raia, ao nascer do Sol

Integrada nas festas de verão de Vale de Espinho, participei hoje numa bela caminhada iniciada antes do nascer do Sol, que levou os participantes a recordar locais ligados à história, às vivências e ao labor das gentes da aldeia.
A caminhada contou com a participação de 19 naturais e amigos de Vale de Espinho, que partiram das Eiras pouco depois das 6 da manhã, direitos à velha ponte do Côa. O grupo dirigiu-se à Lomba, na Serra da Malcata, subindo ao longo do Nabo da Crasta (ou Cresta) e do Ribeiro do Meio. Já ao longo da raia, os participantes subiram ao talefe do Cabeço do Clérigo (ou do "Crelo", na gíria popular), de onde apreciaram a espectacular panorâmica sobre Pesqueiro e terras de Valverde, com a Marvana a fechar o horizonte a sudoeste e a Serra das Mesas a leste.


De Vale de Espinho à raia ao nascer do Sol, 17.08.2011

Regressando à Lomba, a caminhada seguiu depois ao longo do limite dos concelhos do Sabugal e de Penamacor até ao talefe da Moira, não sem que antes se tenha feito uma paragem para uma saborosa merenda de pão, chouriça e queijo, à vista de Vale de Espinho e frente à Serra de Aldeia Velha. Contornando o Cabeço da Pelada, o grupo desceu depois em direcção ao Moinho do Rato, onde atravessou o Côa pelo velho pontão das poldras. E pouco depois das 11 horas deu-se o regresso, fazendo-se a foto de grupo na Fonte Grande, verdadeiro ícone de Vale de Espinho.




Foi sem dúvida uma bela jornada e uma iniciativa a repetir. Diversos participantes recordaram locais onde não iam há largos anos. Nalgumas memórias estavam ainda presentes histórias e vivências de há décadas atrás, histórias de labor e de luta pela vida, entre as quais claro que também as ligadas ao contrabando que marcou gerações por toda a raia.

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