sábado, 23 de janeiro de 2016

Caminhos do Tejo e do Trancão

23.01.2016, 7:42 - Parque de
S. João da Talha
A "maratona" Bobadela - Santarém, em Novembro passado, e a permanente atracção pelos Caminhos de Fátima e de Santiago, aliada a outros pequenos percursos ribeirinhos do Tejo e do Trancão, há muito que tinham criado o desejo de fazer uma caminhada tipo prospecção, partindo da porta de casa, à procura de alternativas numa ligação do Trancão e da Bobadela às terras de Alverca e de Alhandra. Lançado o desafio com apenas algumas horas de antecedência ... apenas um companheiro teve a possibilidade de responder à chamada. E assim, às sete e meia da manhã, estávamos a partir do estacionamento do Pingo Doce da Bobadela para uma "maratona" de quase 40 km, quase toda feita a uma excelente média superior aos 6 km/h, que só no fim decaiu, devido à muita lama na várzea do Trancão.

Portela da Azóia ... e o Sol nasce sobre o Tejo
8:05h - A várzea de Loures, vista do alto da Portela da Azóia
Uma caminhada deste tipo tem, forçosamente, uma elevada componente urbana. A primeira saída off road foi junto ao Parque Urbano de Santa Iria da Azóia e ao Cemitério da mesma vila. Debruçados sobre o vale da Ribeira de Alpriate, algumas descidas são, ali, classificadas pelos adeptos do BTT como as "descidas maradas". Como não somos "marados" ... prosseguimos para leste, rumo aos bairros de Manjões e Salvação, para depois atravessar a Póvoa de Santa Iria rumo ao Tejo.

Traseiras do Parque de Santa Iria: uma descida marada...
Panorâmica para o vale da Ribeira de Alpriate
Póvoa de Santa Iria e o Tejo: embarcações avieiras
Passadiço ribeirinho da Póvoa de Santa Iria: à esquerda, o Mouchão da Póvoa
Pelos chamados trilho do Tejo e trilho da Verdelha, às dez horas estávamos junto ao Museu do Ar e à estação ferroviária de Alverca. Só aí fizemos uma primeira e curta paragem.

Alverca, 10:00h
Na Póvoa, já tínhamos entrado no Caminho do Tejo, ou seja o troço comum dos Caminhos de Fátima e de Santiago. Seguíamos, portanto, as setas azuis e amarelas ... as setas que me parecem atrair e conduzir...! E entre Alverca e Alhandra, o Caminho atravessa ainda zonas meio rurais, embora no meio de toda a industrialização que caracteriza aquela zona. Já perto de Alhandra, não parece contudo ser possível fugir à Estrada Nacional 10, na rotunda que constituiu, pouco depois das dez e meia da manhã, o nosso ponto de inflexão para o retorno a casa. Estávamos praticamente com 19 km percorridos, à excelente média de 6,4 km/h em movimento.

Campos, entre Alverca e Alhandra
Nos Caminhos de Fátima e de Santiago ... sempre!
Estrada Nacional 10, de retorno a Alverca
O início do retorno foi urbano: Nacional 10 até Alverca, travessia de Alverca, rumo à Central de Cervejas, para passar por baixo da auto-estrada A1 entre o Forte da Casa e a Póvoa de Santa Iria, junto a um "famoso" e velho viaduto ... que não leva a lado nenhum. Exemplo de como se gasta dinheiro neste país...

No passadiço sobre os
acessos na EN10 à A1
Vai uma
cerveja?...
Sobre o Forte da Casa e o Tejo
"Miradouro" sobre a A1 e Vialonga
Um viaduto ... para lado nenhum...!
Pouco depois deste insólito viaduto, estávamos de novo nos Caminhos de Fátima e Santiago, agora contudo em sentido contrário. Voltávamos a caminhos rurais, rumo a Alpriate e à várzea do Trancão.

Verdes são os campos...
Uma guarda de honra natural...
Pico da Aguieira ao fundo. Junto à Quinta do Monteiro Mor, já na várzea do Trancão
Várzea do Trancão. Unhos ao fundo.
Sempre atreita à formação de lamas, na várzea do Trancão ... parecíamos por vezes que estávamos num estranho bailado. O piso ... era mousse de chocolate...! Os 30 km já palmilhados e o novo elemento escorregadio ... reduziu a média. Mas também não estávamos ali para bater records...

Várzea do Trancão, rumo a Sacavém ... mas para regressar ao ponto de partida, na Bobadela
Às duas da tarde estávamos a iniciar a subida para o Bairro da Bela Vista e para a Bobadela. A "maratona" estava a terminar. E com ela ... 37 km percorridos em pouco mais de seis horas e meia!
Obrigado pela bela companhia, Zé Magro!



O Trancão, no seu troço final antes de Sacavém, visto da subida para a Bobadela
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