Nove dias depois do começo do ano, os Caminheiros Gaspar Correia foram a "família" com quem iniciei as "fragas" de 2016.
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Corroios, 9 de Janeiro de 2016, 8:45h |
E iniciei-as por uma curta actividade na margem sul do
Tejo, em zona muito urbanizada e industrializada, mas onde os elementos naturais não se perderam. Antes das nove da manhã estávamos assim junto ao Sapal e ao
Moinho de Maré de Corroios, não muito longe da Escola e Base Naval do
Alfeite. Mas esta zona foi outrora refúgio de bem estar desde o reinado de D. Pedro IV. Aqui existiam
sete quintas - Piedade, Outeiro, Romeira, Alfeite, Quintinha, Antelmo e Bomba - onde se cultivava a vinha, o olival, pomares diversos e lavradio com hortaliça, legumes e cereais. O ditado popular de "
estar nas sete quintas" alude precisamente ao privilégio de bem estar que esta zona permitia aos seus proprietários. Uma das principais figuras históricas que parece ter encontrado nas sete quintas um dos seus passatempos preferidos, a caça, foi o infante D. Francisco, filho de D. Pedro II; outro monarca que vinha caçar para o Alfeite foi o rei D. Carlos. Para além de coelhos, perdizes ou galinholas, não faltavam os patos reais, galinhas de água, narcejas, maçaricos e tarambolas.
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Sapal de Corroios |
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Vestígios do Aqueduto da antiga Quinta da Bomba |
Das Sete Quintas rumámos à
Ponta dos Corvos, inicialmente ao longo da periferia das instalações da Marinha e depois frente já ao
Tejo, com uma Lisboa coberta de nuvens negras que pouco depois despejariam também as suas águas na língua de terra que palmilhávamos.
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Junto ao Alfeite, com Lisboa ao fundo |
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Rumo à Ponta dos Corvos |
Situada ao fundo do chamado
Mar da Palha, entre o
Alfeite e o
Seixal, a
Ponta dos Corvos é uma pequena praia interior muito procurada por adeptos do
windsurf. O tempo, hoje, não estava contudo propício às actividades aquáticas ... pelo que rapidamente se seguiu a travessia da baía do Seixal.
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Ponta dos Corvos - cais de embarque para o Seixal |
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Moinhos de Maré da Torre e da Passagem, Ponta dos Corvos |
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Travessia para o Seixal ... |
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... e a Ponta dos Corvos vista já do Seixal |
No
Seixal o autocarro esperava-nos de novo. Mas, moradores próximos ... também ali nos esperavam três familiares bem próximos do autor destas linhas...
J. Mas esta actividade caminheira era constituída por duas partes, a segunda no concelho do
Barreiro, na
Mata da Machada.
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Mata da Machada, 12:25h |
A
Quinta da Machada pertencia ao “Convento de Nossa Senhora da Luz da Ordem de Cristo”. Situa-se entre
Coina,
Palhais e
Santo António da Charneca, ao longo da
Vala do Vale de Zebro. Sendo a única área florestal de razoável dimensão do Concelho do
Barreiro, a mata é considerada o pulmão da cidade e um local privilegiado para actividades de recreio e lazer. Dispõe de parques de merendas e diversos fontanários, para além de um Centro de Educação Ambiental.
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Pelos trilhos pedestres da Mata da Machada |
Percorremos cerca de 8,5 km no interior da
Mata da Machada, o que a somar aos 5,5 km da manhã totalizariam 14 km desta primeira actividade pedestre de 2016. Terminada a boa hora para um dia de inverno que mesmo assim não foi demasiado chuvoso, antes das quatro horas estávamos de regresso.
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