segunda-feira, 29 de abril de 2019

De Vale de Espinho a Santiago ... pelo Caminho das Estrelas (1)

Na ansiedade da contagem decrescente, num misto de emoção da partida e de saudade antecipada … o dia '0' chegou no passado dia 24 de Abril! Numa tarde chuvosa e fria, o autocarro deixou-nos no Sabugal … e pouco depois estávamos em Vale de Espinho. Dois Irmãos que o Universo ligou estavam preparados para partir para mais um Caminho das Estrelas … um Caminho que levava as memórias de um filho de Vale de Espinho … pai daquela que se viria a sentar comigo nos bancos da velha Faculdade de Ciências de Lisboa, há quase meio século ... e a construir a Vida comigo.
As seis da manhã tinham batido há pouco no velho campanário de Vale de Espinho quando saímos … "Ao Teu Encontro".
Foi no jardim da eternidade que senti que o meu Caminho começou. Dali saímos "rente ao rio" … e dali subimos "ao secreto mundo dos deuses".
De Vale de Espinho aos vinhedos do Douro
Lamego, 29 de Abril
Num Caminho que se antevia fisicamente exigente, a primeira etapa foi logo de uns duros 46 km. O Caminho de Santiago começa onde cada um o definir, mas esta foi a nossa única etapa não homologada como rota jacobeia, entre as terras do Côa e a Guarda. Quadrazais, Torre, Cardeal, Rendo, Vila do Touro, por trilhos e caminhos que conheço como meus ... e passava já do meio dia quando procurámos reforço alimentar na Pega, na EN 233, Sabugal - Guarda.
O Côa Na Ponte Nova de Vale de Espinho e em
Quadrazais (Espírito Santo), 25.Abr.2019
Travessia do Côa pelo pontão das poldras de Rocamador, entre Rendo e Vila do Touro
Pega, um modesto Café à beira da estrada ... e logo no primeiro dia Santiago nos mostra a sua bondade. Só havia pão ... mas pão de centeio ... ainda quente. "Com manteiga sabia bem", diz a Paula ... e logo a Nanda, do Café, vai buscar manteiga à vizinha! Dois copos de um branco fresquinho e aquele pão já nos davam energias para o resto da etapa ... mas a Nanda ainda nos oferece um saco de bolos parecidos com os de toda a gente. "Levem o resto do pão, eu ofereço" ... e, agradecidos, lá seguimos rumo a Adão. Ainda nos faltavam 20 km para a Guarda.
Com a Nanda, do Café da Pega ... as
nossas primeiras histórias do Caminho...
16h40 - A Guarda ao fundo, vista de pouco antes do Barracão, antiga Estação da CP agora em recuperação
O dia amanhecera cinzento, mas só na aproximação à Guarda começaram a cair alguns aguaceiros ... que na subida para a cidade se tornaram penosos, acompanhados de um vento cortante. A Paula queixava-se que já não sentia os lábios...! Mas lá chegámos ao centro histórico da vetusta cidade ... ao encontro das primeiras e desejadas setas amarelas. Estávamos na Via Portugal Nascente.

Um pequeno mas belo arco-íris brindava-nos no final da 1ª etapa,
já na Guarda. Próximo da Torre dos Ferreiros e da Sé ... já
víamos setas amarelas!
Sé Catedral da Guarda, a cidade dos "5 F's": Forte, Fria, Formosa, Farta e Fiel
Fria estava (de manhã tinha nevado); formosa e forte também; mas quanto a farta ... na Guarda tudo estava fechado. Conseguimos felizmente jantar no "Guido's Point", junto à Torre dos Ferreiros, um acolhedor bar de petiscos e tapas, com excelente relação qualidade/preço e um óptimo atendimento. Ali nos encontrámos ainda com o Henrique Dinis, amigo da Paula radicado na Guarda ... e com ele e o seu pequeno e animado pimpolho ainda demos uma volta na cidade. Passava das dez da noite quando recolhemos à Residencial Filipe, mesmo no centro ... já que a etapa seguinte era bem mais curta.
Guarda by night, 25.Abril.2019, 21h40
Via Portugal Nascente, actualmente procedente de Évora (e futuramente de Tavira), liga a Guarda a Trancoso, por Celorico da Beira. Foram essas as duas etapas seguintes do nosso Caminho. Duas etapas fortemente marcadas pelo vale do Mondego, intersectando a larga curva que o maior rio totalmente português descreve a norte do seu berço na Serra da Estrela. Duas etapas de grande beleza natural, maioritariamente por estradões e trilhos de pé posto, passando aqui e ali por pequenas aldeias rurais, como Aldeia Viçosa e Vale de Azares ... onde alguns habitantes ficavam admirados à nossa passagem e diziam que íamos enganados 😊! A sinalização é contudo bastante razoável, tendo havido apenas um único ponto, a seguir à Necrópole de S. Gens (Celorico da Beira) em que faltavam as setas onde seriam necessárias. Mas outros Peregrinos, contudo ... nenhum.

26.Abril: Descida da Guarda para o vale do Mondego, que aqui cruzámos pela primeira vez, próximo de Aldeia Viçosa
Aldeia Viçosa: Igreja e Café Mondego, acolhedor
ponto de descanso antes de uma boa subida
Já a poente do vale do Mondego. Para lá do vale, a nascente, as serranias de onde viéramos
Depois de uma subida ... há sempre uma descida. Descida para a aldeia de Rapa e para a Ribeira da Cabeça Alta
Na aldeia de Vale de Azares, uma simpática aldeã, ao ouvir-nos dizer que íamos para Santiago, retorquiu prontamente: "é já ali, é aquela capelinha ali em cima" ...
Capela de Santiago em Vale de Azares, 26.Abril, 14h00
e realmente a capelinha que domina aquela aldeia é uma Capela de Santiago. Mas Santiago de Compostela, bem ... para ela íamos seguramente enganados. "Há tempos andaram aí a pintar umas coisas amarelas, não me digam que é isso" ... ainda acrescentou. Contou-nos também que em tempos a aldeia se chamava Vale das Flores e nela vivia um fidalgo cujo filho, chegando à idade de “colher” amores, arranjou uma namorada num lugar no fundo do vale, onde ia todos os dias. Um dia o cavalo assustou-se e caiu, batendo o jovem fidalgo com a cabeça numa pedra e morrendo de seguida. A mãe do jovem enlouqueceu de dor e a irmã precipitou-se de uma janela, tendo morte imediata. O fidalgo, pai dos jovens, mudou então o nome ao vale, que de Vale das Flores passou para Vale de Azares.
Vale das Flores seria, na realidade,
um topónimo mais apropriado...
14h45 - Celorico da Beira já estava perto ... mas ainda "assaltámos" uma horta, cujo dono nos abençoou... 😉
À entrada de Celorico, era suposto subirmos directamente para o Quartel dos Bombeiros, mas uma casa em construção baralhou-nos o esquema ... e vimo-nos no meio de terrenos bravios, na ladeira. Procurando a melhor forma de dali sair ... fomos parar a uma horta particular ... intramuros. Ao saltar o muro para finalmente chegarmos à rua ... apareceu o dono ... que se tivesse aparecido um minuto mais cedo nos teria aberto o portão. Ainda nos abençoou no nosso propósito de chegar a Santiago!...
Os nossos aposentos no Quartel dos
Bombeiros de Celorico da Beira
Ao contrário da Guarda e de várias outras corporações, que se recusam a receber Peregrinos, os Bombeiros de Celorico da Beira receberam-nos e instalaram-nos principescamente. Não havendo albergues nestas etapas, seria bom que as instituições e associações ao longo do percurso providenciassem apoio aos Peregrinos que se aventuram nestes Caminhos. Sem apoios ... seguramente que o número de Peregrinos não aumentará. Aqui fica portanto o nosso muito obrigado ao Sr. Comandante e a todo o pessoal dos Bombeiros de Celorico da Beira. Para jantar, ao chegarmos tínhamos passado por umas apelativas "Bifanas da Guidinha" ... e não nos arrependemos. Simpatia, qualidade ... e bom preço.
Ponte da Lavandeira, sobre o Mondego, 27.Abril.2019, 7h40
Quase logo a seguir a Celorico, cruzámos o Mondego pela segunda e última vez. A Ponte da Lavandeira foi destruída à passagem da 2ª invasão francesa, mas reconstruída pouco depois. E pouco depois estávamos na Necrópole de S. Gens, construída à volta do Penedo do Sino, um bloco pedunculado de granito tão notável que é provável que tenha sido alvo de veneração alquímico-esotérica. Talvez os homens pré-históricos encarassem este monólito como um monumento construído por outros humanos ancestrais, ou mesmo por deuses. Quem sabe?...

O mágico Penedo do Sino e a
Necrópole de S. Gens à sua volta
A jornada prosseguiu para norte, maioritariamente por belos caminhos rurais e ao longo de paisagens magníficas. Dos aguaceiros do primeiro dia, tínhamos agora passado para dias de Sol e muita luz, que perdurariam quase até ao Campo das Estrelas. Estas duas etapas entre a Guarda e Trancoso são talvez as mais belas paisagisticamente, num Caminho que é todo ele fabuloso.

Reforço alimentar
a meio da manhã ...
... num "restaurante" natural com esta soberba panorâmica, entre Forno Telheiro e Fiães
Numa etapa de apenas 20 km, pouco depois do meio dia estávamos a entrar em Trancoso; terras do Bandarra, o sapateiro visionário. Em Trancoso, a Residencial D. Dinis faz preço especial para Peregrinos. Um bom banho ... e seguimos o conselho de um amigo para almoçar na Taberna do Bacalhau Frito, junto às muralhas e às Portas d'El Rei. Uma excelente referência.
Trancoso, Portas d'El Rei, 27.Abril.2019, 14h20
Em Trancoso, pareceu-nos mais uma vez ver Santiago a colocar boas almas no nosso Caminho.
Em Trancoso, com os elementos do Clube "Roda Miness"
Enquanto almoçávamos, um grupo de motards meteu conversa connosco, tentando saber quem éramos e os propósitos da nossa "missão". Sem que nada o fizesse prever, ofereceram-nos lembranças alusivas ao grupo ... sendo que uma delas era tão grande que só por correio seria possível o envio! E ... ainda nos queriam levar para uma festa de concertinas! Tivemos de recusar, pois o corpo pedia descanso.
Em Trancoso, entrávamos no Caminho de Torres. Esta via de peregrinação deve o seu nome a D. Diego de Torres Villarroel, que em 1737 partiu de Salamanca rumo a Santiago por terras portuguesas. O Caminho chega a Trancoso por Almeida e Pinhel ... e nós íamos percorrê-lo até Lamego e ao Douro, de onde segue para Amarante e Guimarães.
Rumo às terras do Távora, 28.Abril.2019, 7h45
Entre Trancoso e Moimenta da Beira tínhamos a etapa mais longa que nos propusemos: 48 km. Mas não necessariamente a mais difícil ... a não ser por se tratar de um dia especial. Como disse no preâmbulo que escrevi antes da partida, este Caminho dediquei-o ao meu querido Zé Malhadas (ou Malhadinhas), pai da minha companheira de uma Vida, construtora comigo do meu "ninho". A 28 de Abril de 2003 - fez 16 anos neste dia - despedia-se da vida terrena. Como diria a minha irmã Paula ... neste dia o Caminho teria muito para nos falar ... muitas experiências para sentir e vivenciar...
Rio Távora, entre Benvende e Peroferreiro, 9h30
Próximo de Peroferreiro, com três horas e meia de jornada, perguntámos a uma simpática anciã se não haveria por ali um café. Muito admirada por irmos para Santiago, a Dª Belmira fez-nos desviar quase 600 metros do Caminho ... mas levou-nos a um oásis onde pudemos descansar e reforçar os estômagos. O Restaurante e Café Cangalho, na minúscula aldeia de Peroferreiro, é deveras sui generis, um autêntico museu que expõe desde as antigas bicicletas penduradas no exterior a inúmeros instrumentos musicais, chocalhos gigantes, alfaias agrícolas de considerável dimensão ... e muito mais.
Uma hora depois estávamos em Ponte do Abade. Haviam-nos indicado uma boa padaria junto à ponte sobre o Távora ... mas o que encontrámos foi mais gente simples, sã, amiga de dar e de receber. Neste Caminho não encontrávamos Peregrinos ... mas encontrávamos as almas puras das gentes que mal sabiam que ali é Caminho de Santiago. O Sr. Belarmino pagou-nos uma rodada de um branco fresquinho divinal. De fato e camisa branca domingueira, quis-nos mostrar com orgulho a Capela de Nª Srª do Amparo ... e no fim desejou-nos Bom Caminho! "Que idade me dá?", perguntou. "80? 82?", pensámos. Mas não ... era mais novo do que eu!!! E até puxou do bilhete de identidade para o mostrar! Vidas duras, de trabalho. Exemplos vivos de uma gente simples, que dorme em paz e sem sonhos ... por quem Freud jamais teria existido nem inventado a psicanálise...
O Távora em Ponte do Abade
Com o Sr. Belarmino (à esquerda) e amigos, no Café de
Ponte do Abade e na Capela de Nª Srª do Amparo
A subida para Sernacelhe foi penosa. Contrariamente aos dias anteriores, o calor apertava. Um almoço frugal ... e voltávamos a descer, agora para Vila da Ponte e para a grande albufeira da Barragem do Vilar ... para logo voltar a subir o morro de Nª Srª das Necessidades. Foi nessa serra que, pouco antes da hora que jamais esquecerei, fiz a minha entrega e ao mesmo tempo agradecimento ao Universo. A minha irmã Paula, também ela uma dádiva do Universo, ajudou-me a gerir as emoções e as memórias.
Pelourinho de Sernancelhe (à esquerda)
e Igreja de Vila da Ponte
Em entrega ao Universo, sobre a Barragem do Vilar (Rio Távora) ... gerindo as emoções e as memórias...
Grande parte do que ainda nos faltava para Moimenta da Beira foi pela EN 226, mas o troço final por Arcozelos reservava-nos ainda uma surpresa. Uma ligeira distracção (a seta até estava lá) fez-nos seguir em frente onde era para virar à direita ... e com isso caímos em cheio na festa da Associação Arco do Céu, de Arcozelo do Cabo. Chouriço, morcela, asinhas de frango e outros petiscos, tudo nos foi oferecido, acompanhado de um bom tinto. E que tinto? Quando vi ... o meu coração saltou; o vinho, na festa a que fomos parar por acaso, era ... o "Malhadinhas"! Acasos? Fica a pergunta...
Arcozelo do Cabo, 17h50 - Na festa da ACRDAC, a que fomos parar por acaso, o vinho era ... o "Malhadinhas"...
Quase às 19h e quase com 50 km nos pés, Moimenta da Beira recebeu-nos na Residencial "Santos" ... a preço de albergue. Para jantar ... tudo fechado. Depois de muito perguntar e procurar, a salvação foi o Café Estorninho, onde a simpática Estefânia fez o melhor kebab que alguma vez comi.
29.Abril.2019, 7h20 - Novo dia ... nova etapa. Outros Peregrinos ... só as nossas sombras...
Quase com metade da extensão da anterior, a etapa Moimenta - Lamego levou-nos ao vale do Varosa, através dos belos pomares do concelho de Tarouca ... nos quais por vezes a sinalização do Caminho de Torres falha. Sem GPS, seria por vezes difícil a orientação a seguir. Mas a meio da manhã estávamos em Ucanha, terra natal do célebre filólogo e etnólogo José Leite de Vasconcelos.

Através dos belos pomares das terras de Tarouca
Uma verdade inquestionável, antes de Granja Nova, concelho de Tarouca
Descida para o vale do Varosa: mais pomares e trilhos encantados
Ponte e Torre de Ucanha, com funções de defesa, ostentação e  portagem para o Mosteiro Cisterciense de Salzedas
Depois de Ucanha ... muito alcatrão, a contrastar com os belos trilhos anteriores. Mas antes da uma da tarde estávamos em Lamego. Várias tinham sido as hipóteses de alojamento, na fase de preparação do nosso Caminho. Para quem chega pelo Caminho Português Interior, o Complexo Desportivo será a melhor opção, mas para quem como nós vem do Caminho de Torres ... teríamos de subir toda a escadaria do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, para a voltar a descer para a cidade e para continuar no dia seguinte. Efectivamente, em Lamego juntam-se aqueles dois Caminhos de Santiago, vindo o Português Interior das terras de Viseu e de Castro Daire.
Seminário Maior de Lamego,
a "nossa casa" por uma tarde e noite
Por influência da Paula, foi no Seminário Maior que nos alojámos, recebidos com carinho e simpatia pela funcionária Srª Dª Lurdes e mais tarde também pelo Reitor, o Sr. Cónego Joaquim Dionísio, a quem agradecemos. Situado à nossa entrada em Lamego e sobranceiro à cidade e ao rio Balsemão, rapidamente nos dirigimos ao centro ... até porque nessa tarde tínhamos um encontro muito especial...
Foi também nessa tarde que, logo à saída do Seminário ... vimos aquele que seria o único Peregrino com que nos cruzámos em Portugal. Francês, estava à espera de três companheiros que estavam para trás ... queixando-se de alguma falta de sinalização no Caminho de Torres.
Ao fundo o Castelo de Lamego
Santuário de Nossa Senhora dos Remédios
Sé Catedral de Lamego
Em Lamego, com os amigos Zé Rey e Marie, que fizeram quase 160 km para nos dar um abraço ... e não só
Emigrado em França e de há muito apaixonado como eu pela zona raiana do Sabugal, o Zé Rey foi ter connosco desde Castro de Campia, com a sua estrela e netos ... e levando-nos uma fabulosa merenda ... para eu transportar às costas nos dias seguintes... 😀🤣. Obrigado Zé Rey e Maria! Vocês foram maravilhosos! A amizade não tem preço ... e este nosso encontro foi inesquecível.
Até Lamego, tínhamos percorrido 164 km em 5 dias ... com quase 4000 metros de desníveis acumulados. Sabíamos que este era um Caminho durinho ... e estávamos a comprová-lo. Agora,  até à Galiza, a nossa "estrada" era o Caminho Português Interior; até ao Douro, contudo, o Caminho de Torres ainda coincide com aquele. Um jantar ligeiro na recomendável Pizzaria "O Grotto" ... e no dia seguinte partiríamos bem cedo. Ao pedir a conta do jantar ... tivemos a grata surpresa de ouvir a simpática Dª São dizer-nos ... que as sopas eram por conta dela...! Santiago continuava connosco!
Clique para ver o álbum completo
(Escrito em casa, depois do Caminho, ao longo dos dias 14, 15 e 16 de Maio)       
Continua

4 comentários:

disse...

Descrição simplesmente bela, clara, fotos de um verdadeiro profissional. Simbiose perfeita, equipa perfeita. Parabéns. João J. Fonseca.

Zé Rey disse...

Amigo Zé Carlos, só mesmo tu para relatares estes "passos" dados por vós.
É sempre um enorme prazer ler-te.
Venham mais.
Um grande abraço amigo.

João Mendes disse...

Como seu seguidor no Wikiloc não podia deixar de passar por aqui para lhe dar os meus parabéns pela suas belas caminhadas e pelos seus textos sempre muito humanos e bem elaborados. Em 2017 fiz o caminho Francês e em 2018 iniciei o CPI que tive de abandonar devido a doença dos meus pais, dos quais permaneço cuidando. Anseio para que um dia as suas trilhas inspiradoras possam sentir o peso dos meus passos. Forte abraço.

Raul Fernando Gomes Branco disse...

Maravilhosa reportagem! É sempre com imensa satisfação que acompanho as tuas reportagens, onde aprendo muito e fico a conhecer melhor o meu país! Obrigado Callixto. Vou seguir a próxima reportagem...