A Cruzada de um Peregrino sem passaporte (7)

De Santiago de Compostela a Jerusalém, em busca do Santo Graal interior
QUINTA-FEIRA, 24 DE AGOSTO DE 2034 - VIA TOLOSANA
                              Escucha el rumor de los pasos en el tiempo. Desde el siglo IX ... un tiempo tras otro tiempo.
                              Abre los ojos y siéntete acompañado por caballeros, monjes y brujas.
                              Mira hacia a lo alto. Descubre la majestad del Pirineo.
                              Déjate llevar por las historias de un camino, el primer camino europeo.
(Adaptado de "Camino de Santiago por Aragón - Donde tú eres la estrella")                                     
 
Um mês depois de sair de Santiago de Compostela, estava em Somport, o summus portus já referido no Liber Sancti Jacobi como importante ponto de travessia dos Pirenéus para viajantes, comerciantes e peregrinos. Domingo, 13 de agosto ... a minha Cruzada entrou em França, em terras occitanas.
Col de Somport, 13.08.2034, 07h35 - Ia começar um mergulho na vertente francesa...
Como referi na crónica anterior, o Caminho Aragonês, que muitos consideram que começa em Somport, na realidade tem a sua origem numa das mais importantes rotas de peregrinação medievais: o Caminho de Arles, ou Via Tolosana, usado por peregrinos do sul de França e de Itália. Esta via era a única das quatro rotas de peregrinação que era percorrida por peregrinos em ambas as direcções, no sentido de Compostela ... ou no sentido de Roma. Após a queda de Jerusalém, Roma e Santiago eram os dois locais de peregrinação mais importantes da Cristandade. A Via Tolosana foi muito frequentada no auge da civilização occitana e só declinou quando da perseguição dos cátaros.
Borce,13.08.2034, 15h05 - Uma acolhedora povoação no vale d'Aspe, destacando-se a velha Capela de Santiago
As primeiras três etapas em França conduziram-me a Oloron Sainte-Marie, descendo o Gave d'Aspe, atravessando gargantas, florestas e pequenas mas deliciosas povoações pirenaicas, como Borce e Accous. Em França, os albergues para peregrinos chamam-se gîtes d'étape. Alguns são propriedade do município, outros são privados, ou de associações. Não há albergues exclusivos para peregrinos, e é aconselhável reservar previamente. Mas, se notei diferença quanto ao número de peregrinos antes de Puente La Reina e no Caminho Aragonês ... depois de Somport a redução foi ainda mais substancial.
Descendo o vale d'Aspe entre Accous e Sarrance, 14.08.2034, 14h50
Em Sarrance ... fui o único peregrino no alojamento do Mosteiro de Notre-Dame-de-la-Pierre. A minha Cruzada, o meu plano de Caminho ... foi o centro das atenções do dia, para os premonstratenses e monges que gerem a Abadia. O padre Pierre, acerca dos meus Caminhos de Santiago, disse-me: "Tu ès un bon pelegrin "; mas acrescentou logo que, se estou "en camin entà la Tèrra Santa " ... "prumèr que cau èster romeu " (primeiro tenho de ser romeiro). O padre Pierre de Jurançon, fiel às suas amadas terras de Béarn, falava-me em bom occitan, na variante do gascão bearnês. E foi ali, naquele jantar comunitário em que eu era o único peregrino, com dois padres e a hospitaleira voluntária que me havia recebido ... que decidi que a minha Cruzada vai descer a Itália, não vai pelos Balcãs. Estou-me a afastar lentamente de Santiago de Compostela ... mas a aproximar-me de Roma. Lentamente ... vou deixando de estar no Caminho en sens inverse; lentamente ... começo a ser romeiro!...
E no dia seguinte estava em Oloron Sainte-Marie, 15.08.2034, 16h15
Oloron Sainte-Marie situa-se na confluência da Gave d'Aspe e da Gave d'Ossau, importante cruzamento de caminhos desde a antiguidade. A Catedral Românica é Património Mundial da UNESCO, mas também é imperdível a Igreja de Notre-Dame, próximo do Relais du Bastet, onde me alojei juntamente com três peregrinos bascos, ali chegados de comboio e autocarro, via Pau, para começarem o Caminho de Santiago no dia seguinte, rumo a Somport e pelo Caminho Aragonês.
16.08.2034,13h40 ... longe de tudo...
Bosque de Laring, próximo de Lacommande,
E cruzo a Gave de Pau, às portas da cidade do mesmo nome, 16.08.2034, 15h45
Nos dias 16 e 17, contornei a cidade de Pau a norte. Os Pirenéus estavam a ficar para trás ... as etapas começavam a ter menos desníveis. Os pés agradecem. Os trilhos pedregosos e inclinados começavam a deixar marcas. Desde
Retalhos da vida
de um peregrino...
Lescar (arredores de Pau), tenho feito todas as etapas de sandálias; a mochila vai um pouco mais cheia, com as botas (mas muito pouco mais pesada), mas os pés arejam e são mais fáceis de "restaurar", mesmo durante as etapas... 😀
No dia 18, à 37ª etapa ... completei os primeiros mil quilómetros desta "aventura" ... e o Universo premiou-me! No meio do campo, próximo da pequena aldeia de Auriébat, encontra-se o Refuge Pélerin Le Planté, um refúgio abençoado por uma daquelas almas luminosas a que costumo chamar "anjos do Caminho". Com a sabedoria que os anos lhe conferiram (e que não quis revelar...), Anne-Marie Arnauld é a guardiã daquele "santuário". Uma mulher que transborda energia e Amor fraternal, que se manifesta no caloroso acolhimento que oferece aos peregrinos. Vai às compras de bicicleta, desde que se tenha combinado prepara um jantar especial para aqueles a que carinhosamente chama filhos ... e, como se tudo isto não bastasse, presenteia-nos logo à chegada com um ritual de puro deleite: um escalda-pés com argila, um autêntico bálsamo para o corpo e para a alma!
Entre Vidouze e Lahitte-Toupière, 18.08.2034, 11h05 - Não podia ter surgido melhor envolvimento para a zona em que completava os primeiros mil quilómetros desta Cruzada sem passaporte...
As ninfas do Adour, em Maubourguet, 18.08.2034, 13h45
A Anne-Marie prepara o jantar, no Refuge Pélerin Le Planté
Naquele recanto de paz do Le Planté, juntaram-se cinco almas: a Eva e a Hana, duas peregrinas checas idas de Toulouse, este "jovem" octogenário com mais de mil quilómetros nos pés, e os nossos anfitriões, a Anne-Marie e o seu filho Damien, acolhendo-nos com a generosidade que só os corações hospitaleiros conhecem. No final do jantar, chamei a minha estrelita raiana por videochamada. Os olhos dela brilhavam com a luz da saudade que também me aquecia a alma. Mostrei-lhe os meus companheiros, parte do meu "ninho" para aquele final de dia. "Estás feliz", sussurrou com um toque de melancolia. Naquele instante, senti a sombra da distância no olhar dela, a saudade que nos unia e a solidão que nos separava. Não consegui conter umas lágrimas. Eu tinha contado à Anne-Marie o nosso casamento de mais de 60 anos, o nosso eterno namoro, desde "meninos". Naquela chamada ao final do jantar, ouvia dizer-me ... "Vous êtes d'une pureté d'âme incroyable, toi et ta Lala. Vous avez votre place au Ciel, sans aucun doute."
No dia seguinte, 19 de agosto, estava em Marciac, 11h40, já no departamento de Gers
De longe, podia guiar-me pela torre neogótica da Colegiata de Notre-Dame-de-l'Assomption. Construída no Séc. XIV, foi destruída em 1579 pelos calvinistas e reconstruída em 1869. Da fase gótica, foi preservada a fachada ocidental, policromada, que com vestígios românicos representa o Juízo Final.
Desde Oloron Sainte-Marie, cruzar-me com outros peregrinos passou a ser cada vez mais raro. A Eva e a Hana, no Refuge Le Planté, foram das poucas excepções. No dia seguinte, na Grange de Garac, próximo de Saint-Christaud ... fui o único peregrino. A Grange de Garac é um alojamento do tipo Chambre d'hôtes, turístico, mas com um quarto para peregrinos e a preço peregrino; só dá é para três ... e é preciso que dois sejam casal 😂. Mas eu fui o único peregrino, como disse 😀. Tal como em vários Gîtes ou Refuges, há um preço só para dormida e outro para meia pensão, que nesses casos tenho adoptado. O almoço é normalmente ligeiro ... o jantar convém que seja mais completo. "Come, não andes a passar fome ", diz-me muitas vezes a minha "andorinha" ao telefone...
Através de uma zona eminentemente rural, entre Pouylebon e Montesquiou, 20.08.2034, 09h05
Igreja e Torre helicoidal, Barran, 20.08.2034, 15h10
E a caminho de Auch, na manhã do 40º dia de Caminho, 21.08.2034, 10h15
E ao 40º dia de Cruzada entrei em Auch, a minha primeira grande cidade francesa, nas margens do Gers, capital da região histórica da Gasconha e terra natal de D'Artagnan. A cidade é dominada pela Catedral de Sainte-Marie, a última das grandes basílicas góticas francesas, concluída em meados do Séc. XVII. Entre os seus tesouros conta-se o órgão barroco, as cadeiras do coro, esculpidas em carvalho em 1522, e os vitrais, com especial relevo para o de Santiago Peregrino.

A imponente Catedral de Sainte-Marie, em Auch, 21.08.2034, 12h10
Pont de la Treille, sobre o rio Gers, Auch, 15h05.
O nome da ponte deriva de uma antiga pérgola (treille) que existiria ao longo ou nas entradas da ponte.
No centro histórico de Auch, junto à Catedral, chamou-me a atenção um grupo de seis peregrinos, quatro rapazes e duas raparigas, com as vieiras nas mochilas, com aspecto de acabados de chegar. Também eles me viram ... e mais uma vez a minha "bandeira" do Caminho de Jerusalém lhes causou admiração. Eram holandeses, que tinham chegado de autocarro para iniciarem o Caminho de Santiago! Porquê a partir de Auch, perguntei. "'Cause we have no time to start in Arles, as we would like to...", respondeu o Daan com um sorriso ... e fazendo soar na minha cabeça o alerta de que ainda me falta quase um mês para chegar a Arles. Entretanto foram-se registar na casa paroquial, adstrita à Catedral, que faz acolhimento de peregrinos. Eu tinha optado por reservar lugar no Gîte d'étape La Croisée de Saint-Cricq, uma quinta também com alojamento para peregrinos, 5,5 km depois de Auch.
Castelo de Montégut, 22.08.2034, 07h35
Os 90 km seguintes, entre Auch e Toulouse, dividi-os em três etapas, mergulhando na "terra das mil quintas" ... mas que é também a terra do foie gras e do Armagnac, ao longo de um cenário bucólico, salpicado de campos verdejantes e de castelos que dominam as colinas, como os de Montégut e de Gimont.
Com a Aurélie e o Andréas, no Gîte Le Grangé,
um oásis de acolhimento peregrino, 22.08.2034
Mas estas etapas também me proporcionaram uma bela fusão de paisagem e música. Creio que ouvi a discografia completa dos velhinhos Nadau, o mais célebre grupo folk desta bela Occitânia, um verdadeiro deleite para os sentidos, que continuou durante o convívio e jantar no Gîte Le Grangé, próximo de Giscaro. Apesar de ser o único peregrino, encontrei na Aurélie e no Andréas - eles próprios peregrinos - e no riquíssimo historial do lugar, um oásis de acolhimento e de cultura.
O rio Save próximo de L'Isle-Jourdain, 23.08.2034, 10h45. Olá Ola... 😂
À entrada da bonita cidade de L'Isle-Jourdain, ontem de manhã, uma jovem peregrina pediu-me para lhe tirar uma foto junto ao Save. Claro que me dispus logo. "Hi, I'm José, and you?", perguntei; "I'm Ola, from Poland ". Achei graça ao nome ... disse-lhe que, se nos cruzássemos em Portugal ou em Espanha, lhe diria "Olá Ola"...😂. Mas fiquei a saber que "Ola" na Polónia é diminutivo de Aleksandra! Em bom inglês (melhor que o meu... 😄) e com a vivacidade típica da juventude, disse-me que tinha começado o Caminho anteontem em Toulouse; "but I'm just walking to Somport or perhaps Jaca ", acrescentou. Ficou encantada com o meu projecto ... e com a minha idade, em que não acreditava.
Ponte medieval sobre o Save e Torre da Colegiata
de Saint-Martin, L'Isle-Jourdain, 12h05
L'Isle-Jourdain tem um belíssimo casco histórico, dominado pela Colegiata de Saint-Martin. Sentado num bar ... surgiu-me a Sophia no écrã do telemóvel! Eu estava a petiscar um almoço ligeiro ... ela a tomar o "café da manhã" em São Luiz do Paraitinga, no interior de S. Paulo, de onde a família emigrou para a grande cidade nos anos 40 do século passado, na sequência do declínio do ciclo do café.
Pequeno jardim alusivo ao Hospital dos Antonianos, à entrada de Pujaudran
E deu-me uma novidade: é capaz de voltar à Europa em outubro, talvez mesmo para mais um Caminho de Santiago.
À entrada de Pujaudran, uma cruz de ferro e um pequeno jardim lembram a localização de um estabelecimento dos Hospitalários de Santo António Abade, construído em 1304 e posteriormente destruído pelos huguenotes. O escudo de Pujaudran incorpora aliás o bordão e a vieira de peregrino de Santiago.
Forêt de Bouconne, imensa mancha verde quase às portas de Toulouse, 23.08.2034, 16h30
Na grande floresta de Bouconne, atravessada por uma grande rede de caminhos florestais, entrei no departamento de Haute-Garonne. Os carvalhos dominam, mas também há castanheiros e freixos. E em final de etapa ... mais um marco em termos de acolhimento peregrino: a Maison Saint-Jacques, na pitoresca cidadezinha de Léguevin, é sem dúvida dos melhores alojamentos peregrinos nesta Cruzada.
Entre Pibrac e Colomiers, 24.08.2034, 08h40 ... a caminho de Toulouse
Hoje saí cedo de Léguevin. Queria chegar cedo a Toulouse, com tempo para a cidade, para me intalar e para ultimar esta crónica, que já vai em 12 dias, desde que entrei em França. Todos os dias alinhavo a escrita, escolho fotos, revejo, altero ... dá trabalho mas também dá muito gozo. Faz parte da Cruzada!
E assim, ao meio-dia de 24 de agosto ... estava prestes a atravessar o Garona, em Toulouse
Entrar em Toulouse foi uma sensação forte. Toulouse é a quarta maior cidade de França. Como ponto de convergência de rotas que levam a Santiago de Compostela, Toulouse foi
um importante centro de peregrinação durante toda a Idade Média, em que desenvolveu hospitais, albergues e outros serviços para atender às necessidades dos peregrinos. Toulouse abriga um dos maiores edifícios românicos de França, a Basílica de Saint-Sernin. E embora a Via Tolosana faça parte do Caminho de Arles (para Santiago) ... ao chegar hoje a Toulouse senti que terminei o meu Caminho en sens inverse; amanhã ... sinto que é aqui que vou começar a caminhar para oriente ... rumo a Roma ... rumo a Jerusalém!
Mas antes de atravessar o Garona, não podia deixar de passar pelo Hôtel Dieu Saint-Jacques
O Hôtel Dieu Saint-Jacques, entre a Pont Saint-Pierre e a Pont-Neuf, é um monumental edifício,
classificado como Património Mundial da UNESCO, que foi hospital e albergue de peregrinos, fundado por volta de 1130. Deixou de ser hospital em 1987, desde então abriga o centro administrativo hospitalar universitário e um museu de história da medicina. De lá trouxe um belo carimbo na credencial ... a segunda, claro, e já vai estando preenchida! Trouxe nada menos de 10 credenciais.
Atravessado o Garona, estava no coração da "Cidade Rosa": Basílica de Saint-Sernin e Place du Capitole, 15h05
Toulouse é apelidada a "Cidade Rosa", devido aos tijolos de terracota usados na construção de muitos dos seus edifícios históricos, que conferem à cidade um tom rosado único, especialmente quando banhados pela luz do sol. A utilização destes tijolos remonta à época romana, mas foi durante a Idade Média e o Renascimento que se tornaram particularmente populares em Toulouse. Alguns dos edifícios mais emblemáticos da cidade, como o Capitólio e a Basílica de Saint-Sernin, são construídos com estes tijolos rosados, contribuindo para a beleza e o charme característicos de Toulouse.
Em Toulouse optei pelo Petite Auberge de Saint-Sernin. Basicamente é um alojamento tipo Pousada de Juventude, mas a localização privilegiada, no casco histórico e perto da Catedral, faz com que seja escolhido também por peregrinos. Ficámos três numa camarata de quatro, eu e dois irmãos franceses de Rouen, que se intitulam a si próprios os "JJ", já que se chamam Jean e Jacques. Respectivamente com 59 e 62 anos, são peregrinos veteranos. Entre muitos outros Caminhos, em 2030 fizeram o Caminho Francês desde Paris, pela Via Turonensis, em cerca de dois meses e meio; este ano ... começam amanhã a Via Tolosana. "Si on avait le temps, on changerait nos plans tout de suite et on t'accompagnerait à Jérusalem", disseram-me, brincando. E seriam bem-vindos, parecem-me bons companheiros. Fui jantar com eles e, junto ao Garona, o Céu brindou-nos com um magnífico pôr-do-Sol.
A roda gigante e a cúpula da Capela de Saint-Joseph de la Grave, num magnífico pôr do Sol sobre o Garona
Amanhã despontará a aurora de um novo dia, e com ela, como em todas as manhãs que a precederam, recomeçarei a minha Cruzada ... a minha busca do Santo Graal, guiado por uma misteriosa força interior. Mas a cada passo que dou ... a incerteza e o receio tecem sombras no meu pensamento.
A saudade acompanha-me nesta peregrinação! Arles é agora a próxima meta ... a uns vinte dias de distância. A Terra Santa, ainda tão longínqua, vejo-a envolta num véu de mistério e de anseio...
Que o Céu me conceda a força e a coragem para continuar este Caminho ... e que a luz do Graal ilumine também a minha amada, a minha pequena estrela que ficou no "ninho" ... vendo e sentindo este cavaleiro dos Sonhos ... apenas nas viagens astrais do sonho.
A Cruzada de um Peregrino sem passaporte: 43 dias, 1183 km, 20800m de desníveis acumulados.
Veja aqui as etapas desde Santiago. Pode aceder ao mapa de cada uma delas clicando em cada etapa.
Publicado em 10.11.2024 ... ao viajar na grande Máquina do Tempo e dos Sonhos...
A maioria das personagens são ficcionadas. Qualquer semelhança com pessoas ou eventos reais é mera coincidência.
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2 comentários:

Anónimo disse...

Muito bom, como sempre. Muito trabalho de pesquisa, muita informação e um belo trabalho de ficção.
A continuação de um bom caminho e que não te falte a criatividade.

José Carlos Callixto disse...

Obrigado, Graça. Já sei que a anónima és tu 😊
Ainda bem que estás a gostar.