Quando surgiu o projecto da "Rota dos Palácios", a ideia original era de ligar
em anel o Palácio dos Arcebispos do Tojal, o Palácio Nacional de Mafra, o
Palácio Nacional de Sintra (Palácio da Vila) e o Palácio Nacional de Queluz.
Mas a área metropolitana de Lisboa tem mais Palácios, alguns deles bem
emblemáticos, como o Palácio do Marquês (de Pombal), em Oeiras, ou mesmo o
Palácio de Belém. Mais Palácios ... permitiriam alargar o anel ... aumentar as
etapas do projecto ... alimentar a paixão comum dos participantes, o
pedestrianismo, embora com uma relativa componente urbana, que não é possível
excluir neste anel, junto à "capital do império" e na própria capital.
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Subida de Sintra para S. Pedro, 12.Março.2023, 8h30
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E assim, cumpridas a
primeira
e a
segunda
etapas da rota, pouco depois das oito da manhã do penúltimo domingo de inverno
dez "palacianos" estavam a partir de
Sintra para a terceira etapa
da "Rota dos Palácios", que já não era destinada a Queluz, mas sim ao
Palácio do Marquês, em
Oeiras ... mas via
Cascais e o seu
Palácio dos Duques de Palmela, com o troço final portanto à beira mar.
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O Palácio da Pena, visto do Miradouro da Vigia
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Igreja de Santa Maria e Cruz de Santa Eufémia
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Panorâmica do Miradouro de Santa Eufémia para sudeste; ao fundo
o Tejo
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Deixando
Sintra para trás, na primeira parte da travessia rumámos às
Ermidas de Santa Maria e de Santa Eufémia. A neblina com que o dia acordara já
se dissipara, pelo que no
Miradouro de Santa Eufémia as
panorâmicas abriam-se desde a Ponte 25 de Abril e o Cristo Rei, a sudeste, ao
Palácio da Pena, a noroeste, seguindo depois o caminho que bordeja o
limite sul do Parque da Pena, junto à Cruz Alta e até ao cruzamento entre a
Tapada do Mouco e a Tapada do Saldanha.
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Às 10h45 estávamos junto à Barragem do Rio da Mula
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Do
Rio da Mula seguimos para a
Quinta do Pisão, deixando
gradualmente a Serra de Sintra para trás. O dia parecia já de Primavera, com
bom Sol, algum calor e os campos alegremente floridos. Rumo a Cascais, o Rio
da Mula vai mudando de nome, passando a ser a Ribeira dos Marmeleiros e depois
a
Ribeira das Vinhas, cujo trilho já tinha percorrido com o Grupo
Gaspar Correia e com os Novos Trilhos.
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Travessia da Quinta do Pisão, rumo a sul, num belo dia de Sol e
calor
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Ao longo do vale e do trilho da Ribeira das Vinhas, entre o
Pisão e Cascais
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Uns minutos antes das duas horas da tarde entramos em Cascais,
junto ao Mercado
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Em
Cascais estávamos com quase 19 km percorridos; faltavam 13. E
Cascais e as praias estavam pejadas de gente ávida de Sol e calor, apesar de
estarmos ainda no inverno. À saída para o Estoril, lá estava o
Palácio dos Duques de Palmela, sobre o promontório rochoso que separa Cascais do
Monte Estoril. O
palácio desperta especial atenção pela cobertura de telha negra com múltiplas
águas.
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Nas ruas de Cascais, às duas da tarde de um domingo de Sol de
Inverno
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O
paredão marginal
da costa do
Estoril foi o nosso "trilho" até ao destino,
Oeiras.
A última vez que o tinha percorrido, em
Junho de 2019 ... foi de noite, de Cascais ao Terreiro do Paço ... em que resolvi
continuar a solo até casa; desta vez o carro estava em Oeiras ... pelo que
resolvi terminar lá 😂
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Há vida e dinâmica, no litoral de Cascais a
S. Pedro do Estoril
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Cruz da Ponta da Rana, erigida em memória do naufrágio de duas
naus vindas da Índia, em princípios do século XVII
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Forte de S. Julião da Barra, 16h35 ... estávamos quase no
objectivo desta terceira etapa da Rota dos Palácios
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E com o Forte de
S. Julião da Barra ... estávamos em
Oeiras. Na minha meninice - para aí entre há
uns 55 e 65 anos atrás 😲 - tantas vezes frequentava a praia de
Santo Amaro, o Jardim de Oeiras ... as minhas origens maternas são ali.
Depois ... o "rapaz pacato" do
blog retrospectivo
cresceu... 😂
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Praia de Santo Amaro de Oeiras ... a "minha" praia de há 6
décadas atrás...
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Atravessando o Jardim de Oeiras, ao longo da Ribeira da Laje
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E chegamos ao Largo do Marquês de Pombal às 17h25, com 32 km
percorridos
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A terceira etapa da "Rota dos Palácios" estava concluída. Mas não podíamos
deixar de entrar, claro, pelo menos nos Jardins do
Palácio do Marquês. E embora Carcavelos pertença ao Concelho de Cascais e não ao Concelho de
Oeiras ... também não podíamos deixar de ligar esta etapa da "Rota" ao
Vinho de Carcavelos, a mais pequena região demarcada portuguesa, cuja tradição remonta ao
Marquês de Pombal ... e de que o meu bisavô Manoel Rodrigues Pinho foi um dos
primeiros produtores.
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e a Fonte e Cascata dos Poetas
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O
brinde final nesta jornada de pedestrianismo e amizade foi ... com
Vinho de Carcavelos. Não o do meu bisavô Manoel Rodrigues Pinho ... mas o actual
Villa de Oeiras
que o "mano" Zé Manel fez questão de levar. Com um bom queijinho "queimoso",
umas bolachinhas, frutos secos, chocolate ... soube a néctar dos deuses...
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Um vinho com mais de 100 anos ...
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... e um brinde com o actual "Villa |
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Oeiras", oferta dos "manos" Zé M'nel e Dina |
A próxima etapa da rota será quando e ligará Oeiras a que Palácio(s)? O Tempo
e o Universo o dirão... Entretanto, para o "rapaz pacato" do
blog retrospectivo, e não só ... há outros destinos no horizonte do "
ano especial" de 2023...
… 𝑺𝑰𝑪 𝑴𝑽𝑵𝑫𝑽𝑺 𝑪𝑹𝑬𝑨𝑻𝑽𝑺 𝑬𝑺𝑻 …
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