A agenda - tanto a familiar como a de ar livre - não é elástica … pelo que a minha assiduidade no grupo
Novos Trilhos já teve melhores dias. A última vez tinha sido
há quase 5 meses …
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Cabo Raso, 22.Fev.2020, 9h05 - Briefing inicial |
e antes dessa, em Setembro, tinha havido um hiato de mais de um ano… 😔. Este sábado de Carnaval, contudo, proporcionou-me participar na primeira etapa de um ciclo de caminhadas entre o
Cabo Raso, em Cascais, e o
Cabo Carvoeiro, Peniche. Cabo Raso, Guincho, Praia do Abano, Praia do Rio Touro, Cabo da Roca … a primeira etapa deste projecto era sem dúvida a mais difícil, mais dura e mais técnica. Só aliciantes, portanto… 😜
Após o habitual
briefing ao grupo, pouco passava das 9h quando começámos a marcha no
Cabo Raso, rumo aos Fortes da
Crismina e do
Guincho. Até à
Praia do Abano ... era o "aquecimento" para o que viria depois...
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No "aquecimento" inicial, entre o Cabo Raso e a Praia do Guincho |
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Forte do Guincho, 10h00 - Quase na Praia do Abano ... e quase a começar a "aventura" |
São muitas as ribeiras que descem da vertente ocidental da
Serra de Sintra, rumo ao Atlântico. Ao longo do tempo geológico, as linhas de água escavaram profundos vales nestas falésias abruptas do "fim da Europa" continental. Avançar o mais possível junto ao mar ... significa portanto um permanente sobe e desce, por trilhos estreitos e pedregosos, muitas vezes pelo meio do tojo esfoliante.
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Lá em cima, a Peninha como que vigia a progressão destes intrépidos caminheiros... |
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Ribeira do Arneiro, Arroio da Pedreira, Ribeira do Assobio ... sucedem-se os primeiros vales ... por fragas e pragas... |
Entre a
Ponta do Assobio e a
Baía do Terramoto, esperámos por um grupo retardatário ... que foi atrás de um explorador de
caches... 😊. O mar estendia-se aos nossos pés ... e seguiam-se as ruínas do
Guincho Velho e a respectiva praia ... à qual descemos até às ondas que voam com vento...
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Da Baía do Terramoto à Pirolita, passando pela Praia do Guincho Velho, ou do Rio Touro |
Parte deste litoral já o havia feito
há 4 anos. Com alguns trilhos coincidentes, mas nessa altura fomos maioritariamente mais por cima; menos desnível ... ou teria ficado sem a minha estrelita arraiana, que nessa altura o fez...; agora, em apenas 13 km de caminhada, os desníveis acumulados viriam a somar mais de 800 metros, tanto descendentes como ascendentes! E como era preciso repor energias, o almoço foi a montante da
Ponta do Rebolo ... para quase logo a seguir, passados o
Vale Madeira e o
Vale de Ordes, irmos admirar o já mais próximo
Cabo da Roca da
Ponta do Espinhaço.
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Cabo da Roca, da Ponta do Espinhaço. Já faltava "pouco"... |
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Ponta do Espinhaço ... homenagem a
quem ficou eternamente nestas arribas... |
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E a jornada prossegue para norte ... sempre com o mar a caminho do poente |
Faltavam-nos as
Arribas Direitas (que de direitas pouco têm...) ... e faltava-nos descer e subir dois vales, o da
Enseada do Assentiz e a
Malhada do Louriçal ... já sempre com o
Cabo da Roca à vista!
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E o Cabo vai-se aproximando ... por entre o azul do céu e do mar e o verde das arribas e dos vales |
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Malhada do Louriçal e Pedras da Azóia |
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E antes das três e meia terminamos a última subida, rumo ao destino almejado ... o ponto mais ocidental da Europa |
Esta caminhada foi bem um teste de resistência. Treze quilómetros ... que valem por 3 ou 4 vezes mais. Mas até a "Belotinha", uma simpática cadelita de uma família participante, terminou heroicamente ... bem como o Samuel, o mais jovem elemento do grupo de três dezenas de caminheiros "insanos"... 😜
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