terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Meia volta à Várzea do Trancão ... em velocidade de cruzeiro...

Passeios matinais pelos bairros dormitórios da Bobadela e arredores, particularmente este ano tenho feito muitos ... quase sempre à vista ou incluindo mesmo o Caminho dos Peregrinos, na várzea do Trancão.
O Trancão em Sacavém, 03.12.2019, 9h48
Mas do lado de lá do rio tinha feito uma única caminhada, há quase três anos, que por ter incluído o Cabeço da Aguieira não pôde acompanhar sempre a margem direita do Trancão. Hoje, com um Sol magnífico, percorri quase 19 km em menos de quatro horas ... o que, tendo em conta que algumas passagens não foram fáceis ... não me parece mau 😊.
Bobadela, Sacavém, EN 250, viro para Unhos ... e saio para as margens; 3,5 km em meia hora dá uma média de ... façam as contas 😜
Subindo a margem direita do Trancão, rumo à Quinta da Boiça
Na caminhada de há quase três anos, não tinha conseguido acompanhar a margem sem ir ao alcatrão da estrada de Unhos. Hoje ... encontrei o caminho. Pouco depois da Quinta do Moinho Ruivo, logo após sair da EN 250 para Unhos, há um acesso aos terrenos ribeirinhos. Não pelo trilho assinalado nas cartas, como ainda procurei, mas uns metros mais a poente, embora numa área alagadiça que, em Invernos muito chuvosos ... estará provavelmente debaixo de água. Algumas valas pareciam também inviabilizar a passagem ... mas cheguei à Quinta da Boiça sem ir à estrada. Do outro lado do rio ... passava a minha bem conhecida paisagem das colinas da Parreirinha, Bela Vista e Fraternidade.
A vida corre devagar,
na Quinta da Boiça...
Ao longo da fértil várzea do Trancão, entre a Quinta da Boiça e Unhos
Tal como há três anos, atravessar a Quinta da Boiça não ofereceu nenhuma dificuldade. Os únicos seres que vi foram cavalos e cães, todos nos seus devidos aposentos. Às 10h35 estava em frente de Unhos, com 7 km percorridos em 1 hora e 7 minutos. Mas a partir dali sabia que ia desacelerar ... se conseguisse passar por onde eu queria. E por onde eu queria era, claro ... junto ao rio; as cartas indicam um trilho mesmo encostado à margem ... e desta vez o trilho existia mesmo, embora muito pouco utilizado, pelo meio de um canavial quase fechado e que me cobria por completo.

O trilho segue junto ao rio ... pelo meio deste canavial imenso
Unhos vai ficando para trás, dando lugar ao Cabeço da Aguieira ... visto do meio da Várzea do Trancão
O objectivo seguinte era a Ponte do Américo, a única união entre as terras de Unhos e o Bairro do Olival Queimado, em terras do Tojal. Mas ainda antes, a proximidade do trilho em relação à margem permitiu-me fotografar a foz da Ribeira de Loures no Trancão. Mas apesar deste ser o "pai" e aquela a "filha" ... a ribeira de Loures traz mais água que o Trancão.
Foz da Ribeira de Loures (vinda da esquerda, com mais água) no Trancão (vindo de cima)
Há vida nas margens da
Ribeira de Loures ...
... porque a água trouxe verde ... trouxe vida
Cruzada a Ponte do Américo (sobre a ribeira de Loures), quis também verificar a eventual possibilidade de passar o Trancão mais a sul do que a enorme volta que nos obriga a ir até ao Bairro do Tazim, quase à entrada da Granja. As cartas aqui mostram trilhos ... mas não mostram ligação ... e confirmei que não existe. Valeu de qualquer modo a possibilidade de acompanhar a margem.

Em terras de S. Julião do Tojal, acompanhando
o Trancão ... pelo meio de novo canavial
Regresso à margem esquerda do Trancão
Ao meio dia estava no ponto mais ao norte do percurso, com 12 km percorridos. Faltavam quase 7 km ... e eu queria estar em casa à uma, habitual hora a que almoçamos 😕. Não seria impossível, afinal tinha feito os primeiros 7 km também em pouco mais de uma hora ... só que agora tinha a "montanha" à minha frente, a íngreme subida da Quinta do Monteiro Mor para a Portela da Azóia e Vale de Figueira. Agora estava no Caminho dos Peregrinos ... podia ser que os céus me ajudassem a subir.
Um Peregrino no Caminho dos Peregrinos
E ... da várzea há que subir a "montanha", para os bairros da Portela da Azóia ou de Vale de Figueira
Relativamente indeciso sobre qual a melhor via para subir rápido - como se eu não as conhecesse... - fiz contudo mal os cálculos... 😋. Optei por subir por um caminho de pinhal que já atravessei várias vezes ... mas iniciei a subida cedo demais; o caminho ... estava do lado de lá de duas vedações de arame!
Uma passei-a ... a outra era alta e arriscada; continuei a subir mais ou menos a corta mato ... devagar ... e às duas por três dei comigo nas traseiras de um espaço comercial, ou industrial ... com um enorme portão fechado. Avancei, na esperança de ver alguém a quem pedir que mo abrisse ... mas o Universo fez melhor do que isso: pendurada num preguinho ao lado do portão ... estava a chave do grosso cadeado que o fechava! Portão aberto ... chave no sítio ... e não vi ninguém até sair daquele espaço, já entre a Portela e Vale de Figueira. Mas ... faltavam 7 minutos para a uma quando passei o portão 😨. O meu júnior saía à uma ... e pelo telefone pedi-lhe para me "resgatar" em Vale de Figueira. E assim foi ... com apenas 12 minutos de atraso estava sentado à mesa em casa. Não fiquei sem almoço... 😂😜

1 comentário:

Raul Fernando Gomes Branco disse...

Gostei! Também em tempos por aí fiz várias caminhadas, e que belos tempos!