sábado, 12 de março de 2016

Via romana de Valhascos, PR4 Sardoal

Valhascos (Sardoal), 12 de Março de 2016, 10:00h
Para comemorar o seu 31º aniversário, o Grupo de Caminheiros Gaspar Correia escolheu o concelho do Sardoal, mais concretamente o percurso circular PR4, Via Romana, na freguesia de Valhascos.
Como habitualmente de autocarro desde a capital, às 10 horas estávamos a começar o trilho, passando junto à Igreja de Nª Senhora da Graça, do início do século passado. Por terrenos acidentados, encaminhámo-nos até à Fonte da Queixoperra. As águas destas fontes são, desde longa data, afamadas por serem curativas, próprias para diferentes maleitas; foram procuradas inclusive pela realeza, como a rainha D. Leonor e o rei D. Fernando. Encaminhámo-nos depois para as margens da Ribeira do Travesso, onde a presença de javalis é notória, pela quantidade visível de espojadouros.

Igreja de Nossa Senhora da Graça, Valhascos
Rumo às margens da
Ribeira do Travesso
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O percurso seguiu depois na direcção do Casal da Graça, uma das mais interessantes estações arqueológicas do Concelho do Sardoal. Ali se encontram vestígios medianamente bem conservados de diferentes épocas, nomeadamente a eira onde almoçámos, achados de cerâmica do período romano e uma extensa calçada de aproximadamente 700 metros do período medieval.

Calçada medieval (via "romana" de Valhascos)

Casal da Graça: o local
do aprazível almoço
Mais adiante, passámos à Fonte dos Mouros. Também conhecida por Fonte da Torneira, conta a lenda que foi construída numa noite pelos mouros, que enquanto a construíam iam dizendo: "o galo canta, canta o amarelo. O galo canta, canta o pedrês; dá-me pedras, a duas e a três. O galo canta, canta o preto; com esse já não me meto". Nesta ladainha ... não terão conseguido colocar a última pedra, por várias vezes colocada mas que caiu sempre, testemunhando que o galo preto dá azar...

À saída do Casal da Graça
Fonte dos Mouros
Continuando, deparámos com a Capela de S. Bartolomeu, edifício de pedra tosca que se julga datado do século XVII, possivelmente associado ao Caminho de Santiago. Mas ... tínhamos o 31º aniversário do Grupo para comemorar. Antes das 4 da tarde estávamos de regresso a Valhascos, ao longo de um extenso campo de oliveiras seculares.

Capela de São Bartolomeu
Regresso a Valhascos, ao longo de um olival secular
Valhascos, de regresso
A comemoração do aniversário do grupo foi no restaurante do Parque Urbano de Abrantes, ou Parque de S. Lourenço, um belo espaço verde e de lazer às portas da cidade. E assim se passou mais um belo sábado, com o convívio da minha mais antiga "família" caminheira.

Parque de S. Lourenço, o
Parque Urbano de Abrantes

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