Em 29 e 30 de Março último, andarilhámos pela raia alentejana,
em terras do Pulo do Lobo e Minas de S. Domingos ... numa actividade que, como então descrito ... teve um acidente de percurso. Logo nessa altura, ficou no imaginário dos organizadores e dos participantes ... um regresso ao
Além Tejo, desta vez às terras da
Serra de Ossa e da cidade de
Évora.
E assim foi: reunidos quase 30 "exploradores" às portas de
Évora, deslocámo-nos para a Serra, mais concretamente para as imediações do
Hotel Convento de S. Paulo, onde começávamos a caminhada. Erguido em 1182 por eremitas desejosos de oração e bem-estar, a meia encosta da Serra d’Ossa, entre Estremoz e Redondo, o Convento de São Paulo terá acolhido, ao longo dos séculos, importantes figuras como D. Sebastião, D. João IV e D. Catarina de Bragança.
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Começamos a subida da Serra ...
... com Évora Monte no horizonte
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Alto de S. Gens, |
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Cume da Serra de Ossa (653m alt.) |
Do vértice de
S. Gens, onde se terá situado um povoado pré e proto histórico, seguimos para norte, descendo a cumeada do
Outeiro da Cerca, para o vale da
Ribeira do Castelo e o
Monte da Azenha.
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Descida da cumeada do Outeiro da Cerca |
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Travessia da Ribeira do Castelo |
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A caminho do Monte da Azenha |
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... e do local do almoço! |
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Não é todos os dias que se almoça com estes verdes... (Foto: Carlos Teixeira) |
Após o almoço, subimos ao
Monte da Igreja do Canal - infelizmente abandonada e em ruínas - para depois entrarmos em frondoso e magnífico sobreiral, ao longo do vale da
Ribeira da Água Santa, e, já para sul, rumo às
Cortes e ao geodésico da
Pia do Lobo.
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Igreja do Canal ... em ruínas |
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Na terra dos cogumelos... |
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Ao longo do sobreiral da Água Santa |
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Depois, a caminho da Pia do Lobo, já grassa o eucalipto... |
De novo à vista das antenas do alto de S. Gens, descemos para a estrada
Redondo -
Estremoz, vindos agora de poente. Ainda quase 200 metros de altitude abaixo de nós ... lá estava de novo o velho/novo
Convento de S. Paulo, onde tínhamos começado e onde iríamos terminar este belo percurso serrano.
O percurso, circular, totalizou 22 km. Há já algum tempo que a minha "pequena arraiana" não ultrapassava as duas dezenas de quilómetros, pelo que esta jornada pela
Serra de Ossa teve também para nós esse bom sabor.
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Estava terminada a primeira
caminhada em terras do Além Tejo |
E, uma vez regressados a Évora, o jantar e noite estavam reservados para o espaço dos antigos celeiros da EPAC, Sede do
Grupo de Cantares de Évora. Para mim e para a minha "pequena", foi um regresso ao local onde, há quase 5 anos, festejámos com a nossa "família" Gaspar Correia o 25º Aniversário do Grupo. Tal como nessa altura ... voltou a ser fabuloso!
Seguindo a água da Prata...
Domingo, segundo dia ... segunda caminhada. Necessariamente mais curta e mais às portas de Évora, percorremos os trilhos ligados ao Aqueduto de Évora, o
Aqueduto da Água da Prata, obra de engenharia hidráulica renascentista com o objectivo de abastecer a cidade de Évora com água. Inaugurado em 1537, foi edificado no reinado de D. João III e projectado e construído pelo arquitecto régio Francisco de Arruda.
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26.Out., 9:40h - Vai começar o trilho da Água da Prata, Évora |
O nome do aqueduto está ligado às águas cristalinas e puras da
Fonte da Prata, onde inicia ... apesar de por vezes se remontar o dito nome à sua onerosa construção (terá custado muitas pratas).
O percurso escolhido iniciou-se na
Quinta dos Pelados, entre Évora e a auto-estrada A6, começando a seguir o aqueduto junto às nascentes de Metrogos.
O percurso é de rara beleza, atravessando zonas de belo sobreiral e encontrando-se nesta altura, quase em cada recanto, miríades de cogumelos "gigantes" ... belos "tartulhos", como se designam nas "minhas" terras da raia Sabugalense.
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Por entre os cogumelos, o verde e a água da prata, com os campos do Além Tejo no horizonte |
Sobre a
Ribeira do Pombal, a "água da prata" segue em "cano alto", como se chama esse troço do aqueduto, sempre entre frondosa vegetação, a proteger-nos do Sol do verão tardio que entrou no Outono.
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"Verdes são os campos"... |
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Quinta do Manizola |
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(Foto: Luís Peixoto) |
E o grupo terminou este belo percurso na freguesia do
Bacelo, às portas de Évora, onde previamente havíamos deixado os carros.
E para terminar este espectacular fim de semana de regresso ao Além Tejo ... nada melhor que um belo ensopado de borrego, na
Cozinha de Santo Humberto...
J
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Não poderia haver melhor
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final da actividade...J
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1 comentário:
Mais uma vez, belos percursos, excelentes fotos e descrições a condizer :-). Parabéns!
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