Depois da pequena/grande caminhada da
"Coba" Grande e das Guisias, a passada 2ª feira, 26 de Março, foi dia de mais uma caminhada pela
Serra da Malcata, dando a conhecer a um amigo, natural de Vale de Espinho, com quem tinha feito um mês antes a
Quinta do Major, mais alguns dos encantos daquela serra. De
Quadrazais seguimos assim o Côa até ao Espírito Santo, para depois subirmos ao
Fojo, passarmos a
Lomba, descermos ao
Espigal para beber a sua bela água, voltarmos a subir à torre de vigia da
Machoca, e descermos até à aldeia de
Malcata.
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O Rio Côa no Espírito Santo, Quadrazais, 26.03.2012 |
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Casa abrigo do Fojo ... mais uma ao abandono... |
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Espigal, Serra da Malcata |
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Torre de vigia da Machoca |
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Machoca (1072m alt.) |
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Barragem do Sabugal, vista da Machoca |
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E descemos para a aldeia de Malcata |
Mas se os encantos da Serra da Malcata cativam em cada passeio que se dá, na aldeia de Malcata fomos partilhar esses encantos com quem a conhece palmo a palmo e a canta e encanta magistralmente:
José Corceiro Lucas ... um homem grande!
"Este homem grande nasceu em Malcata e até aos 18 anos percorreu os vales e montes da serra que rodeiam a aldeia. Foi para terras de França trabalhar, mas sempre com tempo para aprender. A pintura e a música transformaram a vida de José. Depois de umas dezenas de anos em França, regressou a Malcata e aos caminhos, montes e vales da serra. Os ares puros e limpos da serra da Malcata e as recordações de infância levaram este malcatanho a entranhar-se todos os dias a caminhadas que tão bem têm feito à sua saúde. Pelo amanhecer ou pelo anoitecer, só ou na companhia da sua esposa, José Lucas, de lanterna na mão e dois bastões, deixa-se diluir por meio de pinheiros e carquejas e nunca se mostra saturado de andar. E foi numa noite de luar, na companhia da sua esposa, que José Lucas cativou uma raposa." (José Nunes Martins, in Malcata.net)
Pois o amigo José Lucas brindou-nos com uma espectacular sessão de viola, percorrendo não só os encantos da Malcata, mas também a música clássica, o fado de Coimbra e de Lisboa, numa rara exibição de sensibilidade e saber.
E foi já com o dia a declinar que regressámos a Quadrazais. Os acordes magistrais que trazíamos, ainda frescos, aliaram-se às cores espectaculares do pôr do Sol, quase nos fazendo esquecer os 9 km que separam as duas aldeias.
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O Côa no Moinho da Mursa, Quadrazais, 26.03.2012 |
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E o dia declina... |
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