sábado, 2 de novembro de 2024

Ruta du contrabandu, Fóios - Ellas ... e magusto em Vale de Espinho

Por altura do dia de Todos-os-Santos e dos Magustos Raianos, as aldeias geminadas de Fóios (Sabugal) e Ellas (Cáceres, Extremadura) têm organizado todos os anos uma caminhada de intercâmbio e convívio transfronteiriço, reconstituindo velhas rotas de contrabando. Como arraiano "adoptado" ... todos os anos tenho participado nessa festa raiana, juntamente com outros amigos fojeiros e, de uma maneira geral, amigos das caminhadas do concelho do Sabugal e até de outros concelhos raianos. Este ano, para minha grande surpresa, em 160 participantes (maioritariamente das Ellas, mas não só) ... fui o único português a participar na Ruta du Contrabandu. Sim, contrabandu ... não é gralha ... é escrito em lagarteiro, o dialecto das Ellas.
Alvorecer nas Ellas, 02.11.2024, 07h05, sobre a encosta extremeña da Sierra de Gata
A logística levou-me a sair cedo de Vale de Espinho, por forma a deixar o T-ROC nas Ellas, o que me permitiu assistir ao nascer do dia naquele belo pueblo extremeño. Depois, a organização tinha três autocarros para transportar os participantes para o início da caminhada, nos Fóios, de onde partimos pelas 9h30, a bom ritmo. Foram 17 km de convívio e de maravilha, num dia esplendoroso de Sol.
O grupo à partida dos Fóios, 08h40 ... 159 espanhóis e 1 português... 😂
(Foto: Fernando Cordero)
Vídeo que fiz ao longo da Ruta du contrabandu, uma bela jornada de convívio
O facto de ter sido o único português a participar nesta edição da ruta ... fez com que o Canal Extremadura me tenha querido entrevistar, à semelhança dos organizadores da actividade... 😂
Em ameno convívio, depois da entrevista para o Canal Extremadura
(Fotos: Fernando Cordero)
A caminhada terminou com um saboroso e bem servido almoço, nas Ellas. E a festa continuava à tarde ... mas em Vale de Espinho também havia magusto e convívio, pelo que entre a minha aldeia adoptiva e nuestros hermanos ... claro que tinha de voltar, neste sábado bem preenchido 😊
Magusto da ADAVE, Associação dos Amigos de Vale de Espinho, 02.11.2024, 17h05

sábado, 19 de outubro de 2024

De Sol a Sol, na 18ª Marcha dos Fortes

A "Marcha dos Fortes" é uma organização do Clube "Ar Livre" e das Câmaras de Loures, Mafra, Arruda dos Vinhos e Sobral de Monte Agraço. Já tinha participado em 3 edições, em 2007, 2014 e 2019. Hoje foi a 18ª edição ...
e às sete da manhã, ainda noite escura, lá estava a partir da Malveira, para uma "Marcha dos Fortes" pela primeira vez circular.
Ao contrário das anteriores edições em que participei, e além de ser circular, a nova modalidade da Marcha é de semi autonomia, ou seja, a organização fornece o track GPS do percurso, de qualquer modo marcado com fitas que no final a organização volta a retirar. Quer dizer ... muitas fitas foram retiradas antes do final do evento, provavelmente por algum coleccionador de fitas...
Durante pelo menos uma boa meia hora caminhámos no escuro, a maioria com frontais. O dia começou a clarear pelas 07h30, com umas cores de aurora espectaculares. Aliás, o dia esteve o ideal para caminhar: pouco Sol, nem frio nem calor, sem chuva nem vento. Não se pode desejar melhor. E por isso ... tudo correu impecavelmente bem.
Partida da Malveira às 07h00 e sequência do espectacular alvorecer, 19.10.2024
1º posto de controlo e abastecimento, perto de
Enxara dos Cavaleiros, com 10 km nos pés
Belos trilhos entre a Enxara dos Cavaleiros e a Cachoeira, onde os participantes tiveram um completo almoço
A vida ainda se renova, nestes campos...
E do Parque do Cabeço de Montachique (3º reabastecimento) chegamos à Charneca, terra natal de Beatriz Costa
De Sol a Sol, regressámos à Malveira ... já merecia aquele branquinho... 😂
Clique no mapa para ampliar ou aqui para ver no Wikiloc
Foi sem dúvida uma jornada de Sol a Sol, percorrida no meu caso em 10 horas e 50 minutos, como ficou registado no "Diploma" desta minha 4ª Marcha dos Fortes. Gostei desta modalidade "livre", em que cada um faz ao ritmo que pode e quer, com a única obrigação de passar pelos quatro postos de controlo dentro dos horários definidos pela organização.
Em relação às anteriores edições da Marcha ... fizeram falta as "tropas anglo-lusas". A recriação histórica a que estava habituado e de que estava à espera foi sempre bem interessante e animada. E sendo a "Marcha dos Fortes" identificada não pelo eventual vigor dos participantes, mas sim pelo facto de interligar alguns dos Fortes das Linhas de Torres Vedras, e portanto das Invasões Francesas, a referida recriação fez falta.