sábado, 12 de novembro de 2022

Lagoa de Óbidos, do Gronho ao Vau ... com magusto caminheiro

A penúltima actividade do ano dos Caminheiros Gaspar Correia estava agendada para a Lagoa de Óbidos, o mais extenso ecossistema lagunar da costa portuguesa, onde diversas espécies de aves aquáticas e principalmente de moluscos bivalves encontram um habitat privilegiado.

Entre a rocha do Gronho e a Aberta, 12.Nov.2022, 09h50
Na margem sul da Lagoa, frente à Foz do Arelho, começava a 355ª Actividade do GCGC
Num sábado em pleno verão de S. Martinho, pouco depois das nove e meia da manhã, mais de 60 "gasparitos" estavam no fim da estrada do Bom Sucesso, quase na "aberta" da
Amoreira de Óbidos, 1.08.1971
Lagoa de Óbidos para o mar e frente à Foz do Arelho. Na viagem para lá, ao passar na Amoreira de Óbidos ... vieram-me à memória dois "indígenas" (eu e outro🤪) ... acampados numa horta, depois de uma tentativa infrutífera de chegarmos a Peniche à boleia, para depois irmos para as Berlengas. A estória passou-se ... há mais de meio século ... nos "anos loucos" do início das minhas "aventuras" de ar livre...😁
Chegados à praia do Gronho e após o desentorpecimento e o café, as "tropas" caminheiras iniciaram o "trilho do mar", no sentido noroeste - sudeste. Seriam 12 km de prazer, como as organizadores chamaram à actividade, quase sempre com a paisagem espectacular da Lagoa e a ajuda preciosa de um céu azul a condizer com o azul das águas.
As tradicionais cabanas dos "varinos", pescadores da Lagoa de Óbidos
Quase logo no início do percurso, tivemos oportunidade de ver as típicas cabanas onde antigamente os pescadores da Lagoa habitavam durante os meses da faina. Actualmente, as cabanas servem de guarida a alguns instrumentos e artes da pesca, como o "galricho", utilizado preferencialmente para a captura da enguia. Junto a uma das cabanas, ouvimos da boca de um pescador e filho de pescadores algumas histórias ligadas à pesca e à Vida daquelas populações.
O nosso percurso passou depois pela aldeia da Lapinha, seguindo ao longo da margem da lagoa até à Ponta do Espichel, Caneiro e Bico dos Corvos. O almoço foi junto ao Covão dos Musaranhos, no extremo sul da lagoa. A parte final da caminhada, rumo à aldeia do Vau, atravessou eucaliptais e campos agrícolas, no único troço com alguns desníveis desta bela jornada outonal.
Imagens da margem poente da Lagoa, entre a aldeia da Lapinha e a Vala do Ameal
Entre a Vala do Ameal e o Vau ... e no Vau, 15h10, em fim de caminhada ... "12 km de prazer"
Clique no mapa para ampliar ou aqui para ver no Wikiloc

No Vau terminou a caminhada ... mas não terminou a actividade. Ontem foi dia de S. Martinho ... e a actividade de Novembro inclui sempre magusto. Por isso ... o autocarro levou-nos do Vau de regresso ao ponto de origem, junto à "aberta" da Lagoa ... para um belo magusto e convívio no "Merkado", um aprazível espaço de restauração ali situado e onde, das castanhas à jeropiga, passando pelos queijos, saladas, enchidos, picanha e outras iguarias ... terminámos em cheio este sábado de verão ... de S. Martinho.
Na "aberta" da Lagoa em fim de tarde e no Bar / Restaurente "Merkado" para o magusto caminheiro, entre as 16h e as 18h30

2 comentários:

José vaz disse...

Magnífica reportagem, muito bem ilustrada, de uma excelente atividade!

Hortensia Mendes disse...

Foi realmente um dia memorável, com um número significativo de participantes e com um sol esplendoroso ,além de um repasto digno de rainhas e de réis.