Penúltimo dia da actividade de verão com os Caminheiros. Amanhã regressamos a Lisboa ... depois de hoje ter levado parte do grupo a conhecer dois dos mais fabulosos percursos que já fiz em terras do
Gerês /
Xurés luso-galaico: o
Trilho da Cumeada (que percorri em Maio passado) e o
vale das
Sombras (trilhado em Outubro de 2010).
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3.08.2011, 7:15h - Fronteira da Portela do Homem |
Pela hora portuguesa, pouco passava das sete da manhã já estávamos na
Portela do Homem, prontos para iniciar a "grande aventura". O dia estava magnífico. À medida que subíamos, o
Pé de Cabril ia-se impondo, bem como o vale do
Alto Homem, magnífico. Alguns dos caminheiros que me acompanharam tinham-no descido em
Junho de 2010, pelo velho estradão mineiro ... que baptizaram de "quebra-molas". Desta vez estávamos na
Encosta do Sol, saboreando as mesmas espectaculares panorâmicas que eu saboreei em Maio e seguindo o mesmo percurso que então segui.
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Vale do Alto Homem, do Trilho da Cumeada |
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Com a albufeira de Vilarinho das Furnas ao fundo |
O local onde acampei, em Maio, foi ponto de passagem obrigatório. As enigmáticas formas graníticas que me protegeram naquela noite passada a solo, na imensidão serrana, lá estavam a enquadrar a albufeira de
Vilarinho das Furnas, ao fundo. E ali nos entregámos também à serra...
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Albufeira de Vilarinho das Furnas ao fundo, por entre as formas graníticas onde acampei em Maio
(comparar com as fotos dessa "aventura" em autonomia) |
Encosta do Sol acima, a manhã foi correndo ao sabor da "aventura". As sensações de êxtase surgiam em cada nova perspectiva, em cada nova panorâmica, ora para o vale do Homem, ora para a vertente galega. Por volta do meio dia e meia hora, detivemo-nos para almoçar e retemperar forças, à vista do
Outeiro da Meda e do
Pico do Sobreiro. Uma vaca solitária ensinou-nos um trilho um pouco mais curto do que aquele que eu segui em Maio. Acima dos 1400 metros de altitude, o nosso rumo era a
Amoreira, com o Sobreiro e o
Pico dos Carris a guiar-nos.
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A minha valente "cabrita montesa" admira o vale do Alto Homem! |
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As sensações de êxtase surgiam em cada nova perspectiva... |
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... enquanto seguíamos pela Cumeada da Encosta do Sol |
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Vale do Alto Homem |
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12:30h - À vista do Outeiro da Meda, com
o Sobreiro ao fundo |
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E quase quase na Amoreira... |
A ida até aos
Carris esteve sempre na mente, como hipótese ... mas algumas pernas e algumas "máquinas" pediam já a descida. Às duas da tarde estávamos assim na
Amoreira, prontos para iniciar a descida para o fabuloso
vale das Sombras. As cores do Outono, que me encantaram em Outubro do ano passado, não eram agora as mesmas, mas aquele vale abrupto, descendo das alturas para
Vilameá, continuava imponente. E as
Minas das Sombras lá continuavam, perdidas no tempo e contando histórias perdidas nas memórias.
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14:00h, 1360m alt. - Amoreira:
regressámos à Galiza e começa a panorâmica sobre o fabuloso vale das Sombras |
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Descendo o vale das Sombras |
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Ruínas das Minas das Sombras |
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Ruínas das Minas das Sombras ...
... e de onde viemos
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No estradão mineiro das Minas das Sombras, descendo o vale |
Abaixo já das
Minas das Sombras, acompanhámos o curso do rio de
Vilameá, tal como no ano passado, admirando a sucessão de lagoas e quedas de água que o caracterizam. Junto à
Ponte de Porta Paredes ... as águas refrescaram-nos o corpo e a sede!
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Rio de
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Vilameá
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Descemos e descemos... |
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... a partir destas paisagens assombrosas |
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Piscinas naturais
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no rio de Vilameá
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Cascatas no rio de Vilameá |
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Ponte de
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Porta Paredes
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E continuamos a descer, agora à esquerda do rio de Vilameá |
E às seis da tarde, com quase 21 km percorridos desde a
Portela do Homem, estávamos a entrar em
Vilameá, terminando esta fabulosa caminhada. O autocarro esperava-nos para um curto transbordo para
Lobios ... e para amanhã regressarmos a Lisboa, no fim desta actividade de verão de 2011!
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3.08.2011, 18:00h - Vilameá ... no fim de mais uma "aventura" caminheira |
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