domingo, 21 de outubro de 2018

Sabugal ... nos meandros do Côa

Cumprido o objectivo principal do evento a que chamei "Xalmas ... às portas do céu" ... o domingo completaria um fim de semana fabuloso. Fabuloso em termos meteorológicos ...
Sabugal (extremo sul da praia fluvial), 21.Out.2018, 9h15
fabuloso pela continuação da partilha e fortalecimento de amizades ... fabuloso pelos sons, brilhos e cores do percurso que escolhi. Mais curto, mais fácil e propositadamente do lado de cá da raia, optei por um percurso misto: a cidade do Sabugal e o PR1 - Meandros do Côa.
Às nove da manhã estávamos a partir do estacionamento junto aos Bombeiros, rumo ao Côa e ao extremo sul da praia fluvial. Os reflexos - nomeadamente do Castelo das Cinco Quinas - logo começaram a maravilhar os meus seguidores, ao longo do passeio fluvial, passando sob a velha ponte da EN 233 e cruzando o Côa pela nova ponte pedonal.
Ao longo da praia fluvial e passeio
ribeirinho do Sabugal: reflexos, côr ... vida!
Voltámos a cruzar o Côa na nova ponte, mas regressando logo a seguir à margem esquerda pelo velho pontão das poldras. Acaba a zona urbana; a seguir à Ribeira da Paiã embrenhamo-nos em denso carvalhal, até à entrada das Quintas de S. Bartolomeu, para depois descer de novo até ao rio. Nos Moinhos dos Margaridos, abandonados há décadas, a tranquilidade é total; o som das águas quase parece levar-nos à inexorável passagem do tempo.

Pontão de poldras paralelo à nova ponte do Sabugal (EN 233-3)
Entre as Quintas de S. Bartolomeu e o Côa ... ou um paraíso a poucos quilómetros da cidade
O Côa no sítio dos Moinhos dos Margaridos: destas cores e brilhos ressaltam memórias perdidas no tempo
O trilho ladeia agora o rio, sempre coberto por uma floresta exuberante de enormes freixos, amieiros, salgueiros, carvalhos e castanheiros. Sucedem-se açudes e moinhos abandonados. Não tivemos essa sorte, mas não é raro sermos surpreendidos pelas brincadeiras das lontras ou pelo esvoaçar apressado dos patos-reais. Junto ao moinho do Delfim regressamos à margem direita, iniciando o regresso.

Sons e cores do Côa, entre o Moinho do Delfim e os Moinhos da Volta
Moinhos da Volta
E encaminhamo-nos para o Sabugal
A seguir aos Moinhos da Volta, o vale alarga-se e a paisagem humaniza-se um pouco, revelando um belo mosaico de hortas e pastagens, que anunciam o regresso ao Sabugal. E ao meio dia estávamos a entrar na cidade, nas traseiras das Piscinas Municipais. A caminho do Castelo, passámos pela vetusta Igreja da Misericórdia e pela Igreja de S. João, rumo à Praça da República, e entrando no Largo do Castelo pelas escadarias metálicas a norte da Câmara Municipal.

Sabugal: Igreja românica da Misericórdia
E a Igreja Matriz, a Igreja de S. João
E com a subida ao Castelo do Sabugal ... estava a acabar um fabuloso fim de semana raiano!
No Largo do Castelo, a presença judaica na Raia Sabugalense claro que foi referida ... ou não se situasse ali a Casa da Memória Judaica. Embora o almoço estivesse já próximo, a maioria dos "meus" caminheiros visitou aquele memorial e o vetusto Castelo das Cinco Quinas.

Castelo de cinco quinas, só há um em Portugal ... fica nas margens do Côa, na vila do Sabugal
À vista do Castelo, o almoço e o encerramento desta festa da amizade e da vida ao ar livre foi no Restaurante Mira Côa, o meu restaurante de referência no Sabugal. Depois ... depois seguia-se o que nunca queremos nestes encontros: Porto, Coimbra, Covilhã, Santarém e Lisboa tinham sido as cidades de origem dos meus mais de 30 "convidados" ... e as cidades de destino findas as actividades.  Só eu e a minha estrela continuamos em terras da Raia. Ficaram as vivências e as memórias!
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